EducarEducar os filhos é uma tarefa difícil e não há um guião à priori que uma
pessoa possa seguir. Para além de que não há dois miúdos iguais e cada um
requer ser tratado de maneira adequada a si. Ainda assim há princípios que se
aplicam a todos. Há por exemplo coisas que deviam de ser proibidas de dizer a
uma criança, porque influenciam a maneira como encaram o mundo e si próprias. Por exemplo: “tem cuidado, vê lá se te magoas”
(porque só lhes abala a confiança em si próprias e as suas capacidades e as
torna mais inseguras); ou “tu pões-me louco” (nenhuma criança é responsável
pelo bem-estar emocional dos pais); ou “não faças x” (é melhor indicar o comportamento
específico desejado, por exemplo “senta-te e espera um bocadinho”); ou “para de
chorar, não é motivo para chorar” (mais vale confortar a criança do que invalidar
a sua dôr); ou “eu bem te avisei” (nunca ajudou ninguém e é a maneira certa de fazer
com que um filho deixe de fazer confidências em relação a situações difíceis de
futuro); ou uma das mesmo terríveis “quando o teu pai chegar, vais ver!” Todos erramos e não há ninguém
perfeito. Mas pai que cai em si e nem sequer o admite para com o seu filho, nem
tenta fazer melhor para a próxima, não está a fazer bem. Está apenas a nutrir a sua própria imagem como
infalível.