quinta-feira, janeiro 31, 2008

MacBook Air
Se um dia tiver um computador portátil há-de ser um Mac! São um bocadinho mais caros, mas têm um design inovador, giro e muitas funções fixes. Vejam-me só por exemplo o mais novo modelo, o MacBook Air, acabadinho de sair: tem 1,9 centímetros de espessura onde é mais espesso e é por agora o computador mais finhinho do mundo.Também quero ter um!...

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Ilusões gustativas
Isto nada a propósito do post de ontem!... Aprecio vinho tinto, mas não sou de modo nenhum uma perita. E para vos dizer a verdade, há vinhos de que gosto e outros de que desgosto, mas creio que nem era capaz de conseguir distinguir um vinho caro de um economicamente mais acessível, se de antemão não soubesse qual era qual.
Entretanto a ciência acabou de revelar, que as pupilas gustativas, pelo menos de alguns, tendem a ser snobs; nomeadamente segundo um estudo recentemente levado a cabo em conjunto pela Stanford Graduate School of Business e o Institute of Technology da Califórnia, em que testaram as opiniões de um grupo de pessoas que provaram exactamente o mesmo vinho, mas a quem informaram níveis de preços diferentes. E o que os cientistas puderam observar num monitor foi que havia mais actividade nos centros do cérebro que registam prazer naquelas pessoas que souberam que era um vinho caro. Por outras palavras: o vinho supostamente caro desencadeou supostamente mais prazer.
Estranho, não é? Porque em princípio até um vinho caro pode saber a zurrapa…
(foto: AusInLA @ flickr.com)

terça-feira, janeiro 29, 2008

Se conduzir, não beba
Apesar de campanhas consecutivas de prevenção à condução com alcoolémia no sangue, há sempre alguém que não se importa e dá largas à inconsciência e põe quer a sua vida quer as dos outros em perigo, pondo-se ao volante depois de ter estado nos copos.
O que não seja talvez exactamente o caso à segunda de um homem neo-zelandês de 52 anos de idade da cidade de Dargaville, que segundo a Ritzau recentemente tinha perdido a carta de condução por conduzir bêbado e voltou a ser apanhado a conduzir tudo menos sóbrio pela rua fora… na sua máquina de cortar relva!... Ou será? É que o Código da Estrada, que me lembre, não faz menção a máquinas de cortar relva… e apesar disso depois desta última “transgressão” a polícia não só lhe confiscou a máquina de cortar relva, como o acusou de condução irresponsável, condução sob a influência de alcoól - e condução sem carta de condução (?!).

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Boatos
A propósito da repentina (e, do ponto de vista de alguns, disparatada até...) conversa de ontem sobre diagnósticos menos agradáveis, cheira-me a que alguém anda deliberadamente a tentar denegrir a imagem do urso polar Knut da forma mais imatura e primitiva que há, fazendo alegações infundadas e chamando-lhe nomes. O porquê talvez nem seja complicado: pura e simples “dor de cotovelo”, por receber menos atenção do que este urso, que desde que nasceu tem os olhos do mundo sobre si e durante bastante tempo foi uma mascote no Jardim Zoológico de Berlim, onde reside.
Há já muito tempo, pelo menos desde o seu primeiro aniversário, que não lia nada nos jornais sobre o Knut, que entretanto já se tornou um urso adulto e como tal, deixou de ter aquela graça especial de cria. Por isso qual não foi o meu espanto, quando há dias vinha em vários jornais uma notícia em que um zoólogo qualquer chamado Peter Arras, que não conhecia de lado nenhum e que deve ter tirado o seu diploma de uma máquina de jogos, acusava o Knut de se ter tornado um psicopata impotente e hiperactivo.
O sr. Arras afirma que o Knut nunca se conseguirá acasalar com uma fêmea da sua espécie, uma vez que demasiado convívio lhe terá prejudicado o desenvolvimento e o terá tornado num psicopata.
Já agora gostava que provasse esse postulado: é que um psicopata (também chamado “sociopata”) segundo a Wikipedia por definição é uma criatura sem escrúpulos e pesos de consciência caracterizada pelo comportamento impulsivo, desprezo por normas sociais, indiferença aos direitos e sentimentos alheios, tendência a mentir compulsivamente, baixa tolerância à frustração, com rompantes de agressividade e violência e incapacidade de assumir culpa, ou de aprender com punições. E eu só quero ver alguém por muito zoólogo que seja, provar estas caracteristicas num urso!...
E para terminar: se há qualquer partícula de verdade em que a companhia humana foi tão prejudicial ao urso polar Knut ao ponto de o tornar desagradável, dá que pensar, não dá?...
(foto: fruehlingsstern)

domingo, janeiro 27, 2008

“It’s been a hard days night”
Para os amantes da música dos Beatles uma novidade: abre Sexta-feira dia 1 de Fevereiro um novo hotel neles inspirado na sua cidade natal, Liverpool. O Hard Days Night Hotel é um hotel de 4 estrelas (ha ha, será de propósito por terem sido 4 os membros da banda?) com 110 quartos e 2 penthousesuites, apelidadas Lennon e McCartney, e está situado na vizinhança do Cavern Club, onde os Beatles começaram por dar concertos.Não é difícil adivinhar qual será o tipo de música de fundo que irão escolher para esta nova atracção turística em Liverpool.Uma estadia de luxo para dois no Deluxe Room no fim-de-semana da inauguração custa 510 libras e inclui champanhe, um jantar de 3 pratos no restaurante Blake, concerto de música dos Beatles com uma banda que os interpreta na perfeição, pequeno almoço inglês completo e uma pequena lembrança.

sábado, janeiro 26, 2008

Microondas de mesa
E como as coisas nunca andam devida og logicamente coordenadas, um dia le-se que andamos e nos mexemos menos do que devíamos e no dia seguinte que acabou de ser inventado um microondas de mesa, que nos permite poupar uns quantos passos.Esta maravilha é tão pequena (25 x 25 x 30 centímetros) que se pode ter em qualquer lado e para mais é relativamente acessível, uma vez que só custa a módica quantia de 129,95 dólares na Skymall.
Hmmm… mais exercício ou uma solução fácil? É uma escolha difícil.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Não te contentes com 10.000!
Conhecem aqueles aparelhos que parecem pequenos relógios digitais ou cronómetros e que contam passos (creio que o nome técnico é pedómetro)? Não tenho um, mas se calhar devia ter. Porque não faço ideia de quantos passos dou por dia e se chego sequer à proximidade do que é recomendado para manter o peso: para uma mulher da minha idade 12.000 passos diariamente, nem menos (e a mesma quantidade se aplica ao sexo oposto, por isso não se fiquem a rir!…). Pelo menos é o que é afirmado num estudo internacional levado a cabo recentemente por cientistas dos Estados Unidos, Canadá, Suécia e França entre 3127 adultos saudáveis entre os 19 e os 94 anos, que apetrecharam com um Yamax/Keep Walking LS200 (com o da foto), que aparentemente é um pedómetro de confiança.
É pá, adeuzinho; eu não tenho tempo para aqui estar sentada; tenho de palmilhar para trás e para diante para alcançar a média. E já só tenho 16-17 horas antes de me ir deitar.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

OU ?
A Guerra das Hospedeiras de Bordo
Mas não vamos mais longe - e nem uma palavra depreciativa sequer sobre a Tailândia. Estreou recentemente na televisão tailandesa “A guerra das hospedeiras de bordo”, uma série televisiva (soap opera), sobre um piloto de aviação supostamente todo janota (pela descrição que li alto e bonitão) por quem todas as hospedeiras se apaixonam, criando conflitos graves a bordo. Enquanto que o público estava colado aos ecrãs na noite da estreia e em termos de audiências a série imediatamente se tornou um sucesso, a companhia aérea Thai Airways e o sindicato das hospedeiras, sentindo-se ofendidos pelo teor da série em relação à sua profissão, dirigiram-se à administração do canal em questão e ao Ministério da Cultura em Bangkok para os persuadir a tirar a série do ar (ha ha, tirar uma série sobre hospedeiras do ar... estão a ver o trocadilho?... Anyway...). Isto por várias razões a meu ver razoáveis:
1) apesar de ser um homem casado e pai de filhos, o tal piloto da série anda a ”divertir-se” com uma das hospedeiras, o que não é nada bom exemplo e é capaz até de confirmar alguns preconceitos que por aí hajam em relação a estas profissionais do ar; e
2) na série as outras hospedeiras ficam tão ciumentas por causa do romance que há cenas de bofetada em pleno ar a 10 quilómetros de altitude, o que talvez também não aumente em nada a credibilidade do pessoal de bordo aos olhos dos dos passageiros em termos de segurança.
Depois de protestos renhidos, a vontade das hospedeiras vai ser parcialmente feita: o producer da série concordou em exercer alguma censura alongando as saias dos uniformes das “hospedeiras” e cortando nas cenas de pancadaria no ar.

Uma porta-voz das hospedeiras da Thai Airways viu-se na necessidade e obrigação de desmentir a várias agências noticiosas de renome que se tratassem de realidades o que é descrito na série: „as mulheres não andam à pancada, elas só discutem”.
...
A sério? Olhem que eu já vi várias mulheres a rebolar pelo chão aos puxões de cabelos, mas ok...

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Ambições personificadas
Como falávamos há dias, é lugar comum os pais terem ambições tremendas para os filhos e querer fazer deles ginastas ou músicos exímios, pressiona-los para que tirem cursos universitários de prestígio, casem e tenham filhos etc. Menos habitual talvez é ter-se ambições para os animais de estimação e na maior parte dos casos não passa do ”rola, salta, apanha, finge-te morto”.Entretanto há quem prefira ser sui generis e destacar-se, o que parece ser o caso da senhora Tongsai Bamrungthai, dona do sapo a que chamou Nong Oui (nas fotos) e que está a dar que falar na cidade de Pattaya, na Tailândia, onde se tornou atracção. Isto porque a dona afirma conseguir comunicar com o sapo e ter tido sucesso em fazê-lo brincar com os filhos e aprender truques e proezas mais avançados como pilotar uma mota (ok, é uma mota de brinquedo, mas enfim...) e fazer surf (não nas ondas do Pacífico ou Indico, mas numa pequena prancha fixada entre um carrinho de brinquedo e uma garrafa de plástico). E as ditas proezas parecem até ter sido verificadas e confirmadas pela agência de notícias Reuters, que costuma ser de confiança.
Não sei porquê, isto faz-me lembrar dos circos de pulgas amestradas da banda desenhada…
E agora não me sai da cabeça aquela irritante música infantil: “eu vi um sapo, um grande sapo...”. Que nervos, pá!...
(fotos: Sukree Sukplang/Reuters)

terça-feira, janeiro 22, 2008

O Padrinho
Adoro ir ao cinema e vejo de preferência filmes tremendamente comerciais como as comédias românticas que Hollywood nos proporciona com regularidade. E apesar de viver as emoções dos personagens, quando saio do escurinho sei que passei hora a meia a ver uma obra de ficção. Há certas pessoas porém que parecem ter mais dificuldade em distinguir a fantasia da realidade e de se identificarem demasiado com as histórias ou procedimentos que vêm nos filmes e até são capazes de os copiar.Isto a propósito de quê? Bem, vocês lembram-se de certeza daquela cena clássica do Padrinho, em que um oponente é intimidado a fazer qualquer coisa que já não me recorda, através de ameaças e de lhe porem na cama a cabeça lacerada de um cavalo, se bem me lembro, o que, se fosse real, teria sido bastante macabro.
Ora bem, li há dias uma notícia que me fez lembrar esta cena cinematográfica clássica: sobre um marido americano que foi enganado pela mulher e que enviou a cabeça lacerada de uma vaca ao amante da mulher (um ponto pela originalidade: afinal de contas não usou a cabeça do mesmo tipo de animal que já tinha sido usado no Padrinho). O homem foi julgado e vai ter como pena de fazer serviço social. Mas a Ritzau fez questão de salientar que mesmo assim o fim foi feliz, uma vez que o marido ciumento acabou por se reconciliar com a mulher.
Como é que ela se atreveu a voltar para ele depois da macabra cena de ciúmes é que eu não percebo... ALERTA-PSICOPATA!.... HELLO!!!

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Ambições precoces
Já tinha ouvido dizer que os pais hoje em dia se estão a tornar cada vez mais ambiciosos em relação aos filhos – fala-se de começar o mais cedo possível na escola, no jardim-escola já se ensina o alfabeto, etc. e tal. Há dias porém ia caindo da cadeira quando ouvi nas notícias, que agora há pais que vão fazer cursos nocturnos para aprender que técnicas aplicar para ensinar matemática do nível da 4a. classe aos bebés de poucos meses. Ouviram bem: aos BEBÉS! Querem nomeadamente aproveitar o facto de os cérebros dos recém-nascidos serem tão maleáveis e plásticos e por isso fáceis de formar.
O programa de matemática para bebés tem 6 módulos: começa com a simples contagem apartir dos 3 meses de idade, passando à adição e aos 7 meses dizem já ser possível ensiná-los a fazer contas mais avançadas com percentagens e equações simples.
...
Não percebo nada de pedagogia infantil, mas coitados dos bebés! Não será exigir demais deles e causar-lhes stress desnecessário cedo demais? Afinal, quando mais na vida é que terão possibilidade de ser crianças despreocupadas? Talvez fosse mais pedagogicamente correcto que os pais, que nos dias que correm já não têm tempo de sobra para a família, que passassem mais tempo com os filhos sem fazer nada de especial senão brincar e falar tipo gugu da da. Não sei...

domingo, janeiro 20, 2008

Numa nuvem de perfume
Alguma vez experimentaram entrar num local ou passar por uma pessoa com um cheiro tão forte a perfume que parecia ter-se banhado nele? E de ter pensado: “mas será que ela não se dá conta do cheiro forte e intenso que irradia?”, imediatamente seguido de uma tentativa desesperada de conseguir uma lufada de ar fresco?
Ora bem, segundo uma pesquisa levada a cabo na Universidade de Tel Aviv, em Israel, a explicação pode ser bastante simples: pode ser que a dita senhora na realidade tenha uma depressão. Se não estão a ver logo a ligação, eu passo a explicar: segundo o Dr. Yehuda Shoenfeld a depressão causa a perda do olfacto nas mulheres, o que faz com que compensem borrifando litradas de perfume sobre si sem dar por nada.
Portanto em termos de solução, a meu ver das duas uma: ou se lhes trata a depressão, ou se lhes tira a garrafinha de Chanel Nº5.

sábado, janeiro 19, 2008

Mais longividade
Há muito, muito tempo, falei-vos aqui de, pelo menos segundo as estatísticas, como atingir maior longividade. Nestas coisas há opiniões com que todos os peritos concordam – por exemplo que é aconselhável fazer exercício um x de tempo por semana, deixar de fumar, beber menos álcool, manter uma alimentação saudável, ter relações e interesses saudáveis, etc. Mas por vezes estão em desacordo em relação aos detalhes; por exemplo se meia-hora de exercício diário traz melhores efeitos para a saúde do que quinze minutes diários. Se vale a pena comer menos fruta do que a recomendada, ou se toda a que se ingere conta de forma positiva na mesma. E se é preferível viver uma vida recatada de parcimónia, compostura e prudência, ou na realidade é melhor para a saúde viver bem e estar alegre, como sugerem alguns estudos.
Mas o que me espantou recentemente foi ler que a abstemia absoluta parece ser prejudicial à saúde. E que as máximas 14 unidades semanais aconselhadas em relação à ingestão de álcool, pelo menos no caso das mulheres, ao mesmo tempo parecem ser o que é necessário beber para manter uma saúde de ferro (ah, ok, entre 1 e 14 unidades, seja feita justiça). Ou seja: foi demonstrado por um grupo de cientistas da altamente conceituada universidade de Cambridge, num estudo publicado na publicação PloS Medicine, que não é bom beber alcoól demais - nem de menos, uma vez que segundo eles, o álcool tem um efeito profiláctico em relação às doenças cardio-vasculares. A palavra-chave parece portanto ser: moderação.
E esta, hein? Olha... já agora um brinde à vossa saúde!
(foto: André Karwath aka)

sexta-feira, janeiro 18, 2008

No futuro
Sempre contemplei o trabalho dos cientistas que têm como a sua área de pesquisa o futuro com um certo fascínio. Onde é que vão buscar as suas predições? Analisam tendências, ou usam a sua imaginação? Às vezes estou tentada a pensar que se trata mais do último caso, uma vez que muitas das previsões de que tenho ouvido falar me parecem bastante fantásticas e longe do dia-a-dia da vida corrente.
Como é o caso de um artigo que li há dias. O cabeçalho diz tudo: ”O futuro é sexo com robôs”. David Levy, um perito britânico em inteligência artificial (um termo que não tenho facilidade em compreender, já que o que é artificial só é tão inteligente como quem o programa… ou não?…) afirmou recentemente ao jornal Houston Chronicle e no seu novo livro acabadinho de lançar “Love and Sex With Robots: The Evolution of Human-Robot Relationships”, que lá para 2050 entre 20 e 50 % de nós faremos sexo com robôs e alguns até contrairão matrimónio com robôs. Isto porque nessa altura os robôs não só se assemelharão a nós na aparência, mas terão também sentimentos semelhantes, se bem que artificiais. Ou seja: estes “humanoides“ vão poder simular sentimentos e reacções humanas tão fielmente, que nem conseguiremos notar a diferença e nos veremos inclinados a tratá-los como seres humanos.
Querem apostar? E notem por favor a palavra s-i-m-u-l-a-r... qual é a graça disso?
(foto: AP)

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Ao som de harpas
E termos a tendência de tratar os nossos animais de estimação como se fossem seres humanos como nós, alimentando-os como reis para depois os termos de por de dieta como nós, é uma coisa; proporcionar-lhes condições de vida cheias de stress – como as nossas – é outra. E aí é preciso pensar no que fazer para lhes proporcionar o melhor tratamento possível: uma viagem de quinze dias às Bahamas? Um belo banho de imersão com óleos cheirosos, pétalas de rosas, velas e um cálice de vinho tinto? Massagens?
Nada disso. Um estudo americano publicado na Livescience demonstrou que os animais adoooooooooooooram e que reagem tal como nós à música clássica: reduz o stress, diminui o ritmo de respiração e o pulso, fortalece o sistema imunitário, diminui a ansiedade e as dores, dissolve as infiltrações musculares, melhora a digestão e o sono e tem um efeito profiláctico em relação ao cancro.
Portanto se o Bobi começar a parecer-se com o dono, mostrando sinais de stress, o melhor a fazer é portanto po-lo a ouvir a 9a. Sinfonia de Beethoven.
(foto: swisherpens.com)

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Dieta pós-natalícia
Pois não são só as pessoas que têm a tendência a comer demais durante o mês de festas; pelo menos na Dinamarca as pessoas são tão solidárias com os seus animais de estimação, atribuindo-lhes as mesmas vontades e necessidades que nós, que acabam por lhes dar demasiado de comer em Dezembro, entre extra petiscos, comida tradicional de Natal (mais rica em gordura e açúcares do que a cozinha normal) e porções extraordinariamente grandes, para os mimar “porque afinal de contas os animais também têm de sentir que é Natal”. Resultado: 40 % dos animais de estimação, particularmente cães e gatos, acabam por ficar tão gordos, que, tal como os seus donos, também precisam de fazer dieta em Janeiro.
Claro que a indústria farmacêutica topou imediatamente este problema e os vastos mercados que se abrem, se conseguirem desenvolver medicamentos de emagrecimento para os bichos.
Não tarda vêm aí de certeza campanhas de publicidade dos ginásios: traga o seu cão e a primeira aula de aeróbica é gratis…
Foto: Katrine Damkjær

terça-feira, janeiro 15, 2008

Esquisitice geneticamente determinada
Ha!, está cientificamente provado que, se tenho algumas esquisitices alimentares – como já aqui expus, gosto de quase tudo, mas detesto por exemplo favas, iscas e diospiros de todo o coração – a culpa nem sequer é minha: está tudo ou quase nos genes (isto apesar da minha mãe adorar favas, iscas e diospiros; isso não vem à questão). Um estudo britânico demonstrou recentemente, que 78% da oposição e má-vontade contra o saborear coisas novas é decidido pelos genes. Um grupo de cientistas da London University College levou a cabo a maior pesquisa de sempre sobre o que determina as esquisitices alimentares das crianças; estudaram os hábitos alimentares de 5.390 pares de gémeos entre os 8 e os 11 anos de idade. E chegaram à conclusão que a neofobia (medo de alimentos novos – até há um termo para isto, vejam só!...) das crianças começa aos 2 anos de idade, quando as crianças começam a ser mais móveis por conta própria, e diz-se que serve a função muito básica de nos proteger de comer de tudo e mais alguma coisa (por exemplo coisas venenosas ou prejudiciais), assegurando a nossa sobrevivência.
Um excelente alibi para continuar a evitar comer favas, iscas e diospiros :-D
(foto: titanium22 @flickr.com)

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Liberdade de expressão
Ou o mundo se tornou mais caricato e absurdo desde que comecei a escrever este blogue (ooops... não no sentido de o mundo se ter tornado mais absurdo por causa dele!... Ok, admito, talvez um pequeno nada... mas, como sabem, não sou eu que invento os eventos sobre os quais tenho escrito; muitos deles são até creditados às grandes agências de notícias. Ponto final.) ou então o facto de ter começado a escrever tem vindo a despertar a minha atenção para os ângulos mais estranhos do que se passa por aí.
Uma introdução bastante longa para antecipar o que vos vou contar já de seguida – mais uma daquelas notícias de levar as mãos à cabeça – várias vezes: Dawn Herb, uma mulher americana de 31 anos da Pennsylvania foi recentemente ilibada pelo tribunal de ter falado condescendentemente à sua sanita. Sim, eu disse SANITA, aquele apetrecho indispensável de casa-de-banho. Passo a explicar: quando a sua sanita entupiu e se encheu de água e transbordou, Dawn exaltou-se e bradou contra a sanita “Mas és atrasada mental ou quê? Passa-me a porcaria da esfregona, pá!” Um dos seus vizinhos, um polícia, ouviu a “conversa” e não gostou e admoestou-a a falar mais delicadamente com a sanita (?!) e também ele levou uma “ensaboadela”, uma descompostura do mesmo género, vá. O polícia levou-a a tribunal (afinal de contas isto passou-se nos E.U.A.), mas o veredito do juiz foi claro: apesar de vulgar e ofensiva, a linguagem da mulher ainda assim era aceitável aos olhos da lei.
Ora, viva a liberdade de expressão! E abaixo os vizinhos cuscos e metediços! Francamente!...

domingo, janeiro 13, 2008

A semana laboral de 4 horas
Estava há dias a ler a secção sobre carreira e negócios do Destak e o seguinte cabeçalho chamou-me à atenção: “O SONHO DA SEMANA LABORAL DE 4 HORAS”. “O quê?! Mas isso seria excelente: trabalhar só 4 horas por semana e ter o resto do tempo para fazer o que quisesse, sem que ninguém viesse com exigências, parâmetros de qualidade, e tal”, e, escapista como sou às vezes, já tinha levitado um ou dois centímetros e desenvolvido um sorriso de orelha a orelha, quando voltei a olhar para o artigo; caí logo. Porque notei que o artigo se referia ao novo guru de Sillicon Valley. E eu só percebo de computadores para uso caseiro :-S Ah, mas afinal o tipo não tinha nada a ver com computadores... ainda tenho esperança... não, não tenho: o tipo ficou milionário por ter desenvolvido uma firma que lançou uma gama de produtos alimentares para desportistas e disso percebo ainda menos :-(
Enfim, apesar de ter perdido a vontade de ler o resto, ainda assim perseverei, na esperança de que aprendesse qualquer coisita. Timothy Ferriss, o dono da tal firma, publicou o livro “The 4-Hour Workweek”, que se tornou um best-seller e o tornou um guru entre o pessoal de Informática (o que não deve ser difícil, já que são pessoas de interesses restritos...) em Sillicon Valley, na Califórnia. E o livro parece ser uma maneira fácil de fazer entrar cifões, com conselhos práticos que até eu era capaz de inventar: tirar o telefone da ficha (ou desligá-lo, uma vez que na nossa era cada vez menos são os que usam o fixo), pensar bem ao que dar prioridade e passar as tarefas e informações menos relevantes a outros (que de certeza não conseguirão ter a tal semana laboral de 4 horas, porque terão as tarefas todas para desempenhar que o chefe não quer), ao que chama “ignorância selectiva”. Contratar um mordomo e/ou assistente pessoal (que de certeza também não terão uma semana laboral de 4 horas!) para as coisas triviais como ler emails, reservar mesas nos restaurantes, dar explicações aos teus filhos ou arranjar-te um encontro amoroso. Enquanto que tu podes ir realizar os teus sonhos.Ok... vou ver se termino este post para me sentar ao computador a escrever um livro extremamente original e creio que o título vai ser “Como ter uma semana laboral de 3 horas” ou algo do género... e já ouço as caixas registadoras ;-)
(foto: *Micky @flickr.com)

sábado, janeiro 12, 2008

Torrada a jacto
Ora, por acaso adoro torradas e estava bem a precisar de uma torradeira nova... aliás de uma torradeira, ponto final, uma vez que nunca fui a felizarda detentora de uma. E se tivesse ouvido falar mais cedo da mais recente invenção no campo das torradeiras, tinha de certeza posto na lista das prendas de Natal. Trata-se de uma torradeira tremendamente rápida, uma turbo-torradeira, que faz torradas em menos de um minuto, graças às novas tecnologias de um motor a jacto e laser de nylon. O inventor, Oliver Newberry, também ele amante de uma boa torrada, fartou-de de ter de esperar pelas torradas e decidiu juntar o útil ao agradável, desenvolvendo esta maravilha de utensílio de cozinha, a que chamou “The Heinz Twin Jet Turbo Toaster”.
Não faz mal: fica para o próximo Natal. E até lá pode ser que tenham arranjado um design mais giro para a torradeira suprasónica.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Um chá e um gato, por favor!
E porquê abandonar logo o Japão, quando têm tanto para oferecer que se coaduna ao estilo e tom deste blogue? Vou falar-vos de uma nova tendência que, segundo a Reuters, já ganhou uma popularidade tremenda na metropolis de Tokyo: cafés com gatos. Só no ano passado abriram três cafés com gatos. O conceito é simples: os clientes pagam para passar tempo, fazer festinhas e brincar com um ou vários gatos, enquanto bebem um chá ou um café, lêem o jornal ou banda-desenhada ou descansam. Uma hora na companhia dos bichanos custa apenas entre 800 e 1200 yen (5 – 8€), dependendo da exclusividade do café e dos felinos.
Mas como é que este conceito poderá ter sucesso? Bem, têm de pensar que numa cidade com tantos habitantes, há muitos blocos residenciais em que não é permitido ter animais. E outra vantagem destes estabelecimentos é que alguns dos 240.000 gatos abandonados a nível do país inteiro ganham uma casa.
Seria uma excelente iniciativa em Portugal, mas talvez mais em relação aos cães que todos os anos são deixados ao abandono durante as férias grandes.
Vai um gato ao colo com o café?

quinta-feira, janeiro 10, 2008

O animal de estimação perfeito?
Voltamos à Ásia, que contribui sempre com histórias fascinantes e invenções caricatas. Ou já não se lembram dos Tamagoshis? Desta vez vamos ao Japão, onde o Pleo, um robô na forma de dinossauro, recentemente foi apresentado ao público. ”Um robô? Ok, isso não tem nada de inovador”, pensam talvez. Só que não se trata de um robô qualquer, mas sim de um especialmente criado para tornar-se o animal estimação electrónico de qualquer família e crescer se é bem tratado pelo dono… o que quer que isso queira dizer…Espero que não morra como os Tamagoshis, se não for alimentado, etc, ou haverá para aí muito choro infantil no regresso de férias, se uma pessoa se esqueceu de o levar, ou o deixou à mercê de outrém, já que ia para um hotel em que não eram permitidos animais de estimação…
Para os interessados ou apenas os curiosos espreitem só este video… o Pleo é um bocado fantasmagórico e arrepiante, não acham?

quarta-feira, janeiro 09, 2008

A felicidade é…
Lembram-se daqueles cartõezinhos tipo cromos muito inocentes com dois bonecos, uma rapariga e um rapaz, que começavam sempre com a frase: ”o amor é…” e em que este era definido pelas pequenas coisas? Ora bem, pelos vistos a felicidade também não tem nada a enganar, já que é definida pelas mesmas pequenas coisas. Uma pesquisa britânica levada a cabo por Richard Tunney demonstrou que são as pequenas alegrias, muitas delas gratuitas ou quase, e não o dinheiro, altos carrões e férias de luxo, que trazem felicidade. É verdade: compararam um grupo de pessoas que ganharam no Totoloto com um grupo que não ganhara e concluiram claramente que uma vida feliz advinha de poder passar tempo a descansar e a fazer daquelas pequenas coisas que não custam uma fortuna, como um belo banho quente, nadar, jogar jogos e ter passatempos, independentemente de terem ou não ganho no Totoloto.
Christian Bjørnskov, um cientista dinamarquês no campo da felicidade (deve ser um campo de pesquisa engraçado... enfim, foi só um aparte), não concorda completamente com o resultado deste estudo e afirma que se tratam de fugazes momentos de alegria; e que a felicidade verdadeira e estável advém do ambiente em que vivemos – ambiente no mais abrangente sentido do termo: com quem vivemos e convivemos, o companheiro ou companheira ideal, onde vivemos, se temos confiança nas pessoas que nos rodeiam e em que a polícia cumpre os seus deveres de forma satisfatória e se o emprego é gratificante. Mas nas suas sugestões de como aumentar a felicidade, acaba de certo modo por dar razão ao tal cientista britânico, propondo que se largue e aceite aquilo sobre o qual não se tem controlo e passar mais tempo a dar passeios e a dormir sonecas.
Então afinal?...

terça-feira, janeiro 08, 2008

Confiança cega
Uma das coisas que sempre me espantou e encheu de admiração desde que vim para a Dinamarca foi a aparente confiança que as pessoas têm umas nas outras: em muitos lugares mais na província ainda há pessoas que não trancam a porta de casa a não ser que vão de viagem. E o exemplo mais flagrante é talvez o da fruta e vegetais à beira da estrada, um fenómeno que só conheço cá: no Verão se uma pessoa vai dar uma volta pelo campo e passa por uma quinta, é comum que encontre uma banquinha solitária com sacos de vários produtos agrícolas (batatas, couves, cenouras, etc.) e caixinhas de morangos acabados de apanhar e ao lado um cartaz com o preço da mercadoria e uma caixinha onde pôr o dinheiro que se dá pelo que se adquiriu. E apesar de não estar ali ninguém a controlar, as pessoas pagam o que compram. Imagino que em qualquer outro sítio do mundo quem por ali passasse levasse consigo a fruta e o dinheiro e talvez até a banquinha...
Ora bem, este fenómeno pelos vistos foi cientificamente comprovado: um grupo de cientistas acabou de demonstrar que em comparação com outras nações, os dinamarqueses têm muita confiança uns nos outros e nas outras pessoas em geral, incluindo no sistema legal, na polícia e até no governo, imaginem lá. Isto possivelmente porque desde os primórdios da nação, no tempo dos vikings, não haviam contratos escritos e uma pessoas tinha de confiar nos acordos que se faziam oralmente – dar a sua palavra bastava. Para além disso nos países com uma segurança social bem desenvolvida, a confiança parece ter boas condições para se desenvolver – não que ninguém engane ou vigarize ninguém, mas não há tanto essa necessidade, porque quase todos estão relativamente assegurados social e economicamente.
É bom, não é?

segunda-feira, janeiro 07, 2008


Anular de excessos através da consciência
Como todos os anos, as festividades natalícias e de Ano Novo foram dadas a excessos: comeu-se demais, bebeu-se demais e o exercício físico foi mínimo; tudo isto com a benção da publicidade aliciante a altos pitéus, doces tradicionais e bom vinho e licores. Entretanto chega-se a Janeiro e tudo aponta compulsivamente para que se tenha de começar imediatamente a fazer penitência pelos tais excessos cometidos em Dezembro, como já aqui abordei anteriormente: a publicidade de um dia para o outro está cheia de produtos magros, fatos de treino e todo o tipo de apetrechos engenhosos para nos “ajudar” a perder peso e voltar a viver uma vida mais saudável – ou ter a consciência pesada se o não fazemos.
É por exemplo o caso da Omron HBF-500 Body Composition Monitor, a nova balança da Omron, que para além de acusar o peso também aponta para outros detalhes desagradáveis como a percentagem de gordura corporal, de músculos e massa óssea e o Body Mass Index (BMI) e que graças a um chip queixinhas se lembra perfeitamente de quão gorda e em que má forma estavas antes da dieta que começaste assim que deram as 12 badaladas da meia noite a 31 de Dezembro.
Ou o CA4000 pro, o balão para uso próprio que permite que se meça a percentagem de alcoolémia sanguínea de meia em meia hora, prevenindo desta forma que uma pessoa chegue a ficar bêbeda – o quanto não mais porque se passa a vida a soprar no aparelho nem terá tempo para beber.
Ou o Forerunner 305, um conta-passos avançadíssimo que para além do óbvio (contar passos) também mede o pulso e calcula o uso de calorias e tem um sistema de GPS, que te permite seguir o teu circuito de corrida num mapa electrónico – tudo isto talvez para distrair uma pessoa do facto de que é extremamente duro ficar em forma...
... mas o aparelho mais... tragicómico, digamos, com que me deparei foi o cinzeiro que tosse cada vez que alguém o usa, o que inspira a pensar em pulmões de fumador, aparelhos de oxigénio e morte dolorosamente lenta por asfixiação e efectivamente “estrangula” qualquer vontade de continuar a fumar.
Tem de se sofrer pela beleza – e pela saúde também.

domingo, janeiro 06, 2008


Árvore de Natal erecta
O post de hoje, o último sobre o Natal a propósito do Dia de Reis, tem duas funções: 1) a pedido de alguns dos leitores mostrar-vos a nossa árvore de Natal perfeita e 2) gozar mais uma vez com as aplicações do Viagra no dia-a-dia. E deixem-me desde já dizer-vos que não há qualquer ligação entre a nossa árvore de Natal e Viagra. Estamos entendidos?
Ora bem, adoro dar de caras com episódios insólitos, particularmente quando vêm no jornal à laia de notícias; e por falar em notícias insólitas, deparei-me com uma recentemente que me fez rir e abanar a cabeça alternadamente. Levo-vos ao País de Gales, onde um casal, Maureen e Rey Roberts, tinham comprado uma árvore de Natal, um abeto, que pelos vistos já não era o que tinha sido, uma vez que lhe começaram logo a cair as folhas (ou lá o que se chama a caruma no singular). Maureen chateou-se com a história e propôs que comprassem uma árvore de Natal artificial. Mas o marido não foi nisso e foi consultar um amigo que lhe deu uma dica secreta: que pulverizasse uns quantos comprimidos de Viagra e os deitasse sobre o abeto. E foi o que fez. Três semanas depois o abeto ainda estava completamente erecto e sem quaisquer sinais de intimidação.
Só uma pergunta para finalizar: onde ou como é que o Ray arranjou Viagra tão depressa?...
(fotos: Vida de Praia)

sábado, janeiro 05, 2008

Cafeteira colorida
Outra invenção indispensável é a nova cafeteira eléctrica da Kenwood. E passo a explicar porquê: como sabem a água ferve a 100 graus celcius e é ao chegar a esse ponto de fervura que as cafeteiras costumam desligar. Se uma pessoa entretanto precisa de água a menos graus, por exemplo para fazer chá verde, que para ser ideal não deve passar dos 70 e tal - 80 graus, é preciso deixar a água voltar a arrefecer, desperdiçando tempo e energia. Ora, a firma de electrodomésticos Kenwood resolveu o problema, desenvolvendo uma cafeteira estilo camaleão, que vai mudando de cor à medida que a água aquece, começando no azul, quando a água está fria, passando pelo roxo e o cor-de-rosa e acabando no vermelho, quando a água está a ferver, possibilitando seguir o aumento de temperatura. Também é possível programar estas novas cafeteiras para desligar por exemplo aos 80 graus e esta mantém a água temperatura desejada.
Mas porque é que eu só vim a saber disto depois do Natal?!...

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Copos do amor
Tive um ou outro namorado a longa distância antes da era do Messenger e do telemóvel, portanto sei o que isso custa: as saudades, as esperas pelos encontros espaçados, os pensamentos quase obsessivos: “o que será que ele está a fazer agora?”, “será que está a pensar em mim?”, “será que ele gosta tanto de mim como eu gosto dele?”, etc., etc., etc. Claro que não seria nada boa ideia chatear o namorado com tantas perguntas consecutivas e portanto é impossível responder a todas estas questões.
Mas há uma questão para cuja resposta a ciência recentemente fez uma contribuição valiosíssima: graças a uns copos especiais inventados por dois alunos da MIT (Massachussetts Institute of Tecnology), Jackie Chia-Hsun Lee e Hyemin Chung, os ditos copos do amor (ou Lovers’ Cups) já é possível pelo menos saber quando é que o teu amado está a beber um refresco; isto porque se cada um tem um destes copos com uma célula sensível, o teu copo dá sinal de si, quando ele está a beber o dito refresco e no LED display do teu copo podes seguir o quanto já bebeu e tudo (o que já é cusquice, mas enfim...). E nesse momento podes mandar-lhe uma vibração para sinalizar que estás a “vê-lo”. Como um detalhe extra os copos começam a corar se estão a pegar neles ao mesmo tempo.
É ou não é uma invenção indispensável?

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Retrospectiva
Fui desafiada pela Marta a responder a um questionário de fim de ano. E como achei uma maneira engraçada de fazer o balanço do ano que selámos recentemente, aqui vai:

O que fizeste em 2007 que nunca tinhas feito antes?
Aprendi a andar de bicicleta!!!! Um feito espantoso, até mesmo revolucionário, pois sou uma autêntica pioneira na família :-)

Mantiveste as promessas de ano novo de 2007 e farás novas para 2008?
Como cheguei à conclusão de que é impossível cumpri-las, há muito tempo que deixei de fazer promessas de ano novo. Mas tenho alguns objectivos: fazer tudo por tudo para voltar a manter a linha e retomar o exercício físico que foi à vida quando entrei de ferias – de Verão :-S É aqui que a bicicleta me vai ser útil: assim que fizer melhor tempo, vou tentar andar de 6-7 quilómetros de bicicleta pelo menos 2-3 vezes por semana.

Que Países visitaste?
Itália (e não vai ser a última vez!), Portugal e Inglaterra (um fim-de-semana prolongado em Londres). E na Dinamarca estou quase sempre, já que cá tenho residência permanente.

O que gostarias de ter em 2008 que faltou em 2007?
Tempo – para descansar, estar com o meu amor, estar com a minha família e os meus amigos, para ir à praia, para ler, para andar de bicicleta, enfim,… mais tempo livre. E de ter possibilidade de voltar à Noruega para visitar amigos e rever lugares favoritos; já lá vai tempo demais desde a última vez!…Que data de 2007 vai ficar marcada na tua lembrança?
Dia 13 de Agosto – vocês vão ficar fartos e desculpem lá as repetições – mas foi o dia em que fui buscar a minha bicicleta à loja e a levei para casa – ou seja: he he, eu só posei para a foto ;-P O meu marido levou-a para casa e eu segui-o de carro, porque ainda tinha de aprender a andar de bicicleta.

Qual a tua maior realização do ano?
Adivinharam… sem dúvida aprender a andar de bicicleta ;-) E terminar a minha especialização.

Qual foi o teu maior fracasso?
Não me vem à ideia nenhuma experiência que se qualifique propriamente como fracasso. Passo.

Tiveste alguma doença?
Felizmente é raro estar doente, mas este Natal apanhei uma valente constipação, que ainda não me passou por completo.

Qual foi a melhor coisa que compraste?
He he he… e se eu dissesse a minha bicicleta?… Mas é verdade! :-D

Que situação mereceu comemoração?
Ok, para além do dia em que finalmente consegui ganhar equilíbrio na bicicleta sózinha, foi o dia em que finalmente recebi o diploma de especialização.

Que situação foi deprimente?
Duas: o Verão chuvosos que tivémos e que não me permitiu fazer tanta praia como é costume. E ter um colega que se qualificaria para o Prémio Nobel da Incompetência, se isso fosse digno de galardoar – o tipo irrita-me como nada jamais me irritou.

Para onde foi a maior parte do teu dinheiro?
A renda da casa – e as férias na Toscana, que nos custaram mais do que estávamos a contar.

O que te deixou realmente excitado/a?
Ver o Cristiano Ronaldo no Mundial. E descobrir que afinal não era tão desprovida de equilíbrio e que portanto me era possível aprender a andar de bicicleta com relativa facilidade.

Que canções te vão sempre lembrar de 2007?
É pá, de momento não me vêm músicas nenhumas à ideia e eu que adoro ouvir música no carro todas as manhãs!… Ok, com o risco de soar ”bota de elástico” antiquadíssima, ”The Reflex” dos Duran Duran e ”Karma Chameleon” dos Culture Club. Sorry, mas a melhor música de sempre continua a ser a dos anos 80!

Comparando-te com esta época, no ano passado, estás:
I. mais feliz ou mais triste? Na mesma – já era muito feliz.
II. mais magro/a ou mais gordo/a? Definitivamente mais gorda... :-S Em Agosto tinha feito um ano de dieta, mas não sei bem como voltei à estaca zero.
III. mais rico/a ou mais pobre? Ao menos isso: um nada mais rica depois da especialização que deu direito a bónus.

O que querias ter feito mais?
Ter tido mais férias. E ter ido ao concerto dos Maroon 5 em Dezembro.

O que querias ter feito menos?
Faço minhas as palavras da Marta: ter sido menos rabujenta e ter tido menos mau feitio.

Como vais passar o reveillon?
Passei-o em casa com o meu marido. Tivémos uma noite calma e muito romântica e não faltou champanhe :-)

Apaixonaste-te em 2007?
Não, pois já estou apaixonada e muito pelo meu cara-metade desde 1991.

Qual foi o teu programa de TV favorito?
Apesar de estarmos em 2008 não tenho televisão, por isso passo... ou… não, não passo: gostei de ver os jogos da Selecção no Mundial, por razões óbvias...

Odeias alguém hoje que não odiavas há um ano?
Não posso dizer que odeie alguém, mas ganhei uma aversão favorita ao tal Mr. Incompetência.

Qual foi o melhor livro que leste?
The Devil Wears Prada, da Lauren Weisberger (e o filme também foi muito bom!) – sou tremendamente superficial nos meus hábitos quer de leitura, quer cinematográficos ;-)

Qual foi a tua maior descoberta musical?
Nenhuma? Será possível?… É pá, sinto-me como quando me esforço para me lembrar de uma anedota para contar – o meu cérebro parece completamente às escuras.

O que querias e conseguiste?
Ha ha… sim, aprender andar de bicicleta :-D E finalizar a especialização.

O que querias e não conseguiste?
Ganhar no Totoloto (mas também pudera: quem não arrisca, não petisca… ou seja: não jogo).

O que fizeste no teu aniversário?
Tive a visita dos meus sogros, alguns cunhados e sobrinho, que vieram cá a casa almoçar. E montes de telefonemas e várias atenções de familiares e amigos.

O que teria feito o teu ano infinitamente melhor?
Nunca terem contratado o Prémio Nobel da Calanzice e Incompetência!… E não ter estado chateada com a minha mãe (é uma longa história…).

Como descreverias o teu modo de vestir em 2007?
Igual aos dos outros anos: muito preto, que o preto adelgaça :-P

O que manteve a tua sanidade?
O ser capaz de deixar muita coisa passar-me ao lado. E o poder sempre falar com o meu cara-metade.

Qual o episódio da política que te deixou mais petrificada?
Hmmm… por onde começar? Talvez a proposta absurda, ridícula, IDIOTA da Câmara Municipal de Copenhaga de construir arranha-céus aqui na minha área perto da praia. Para quê???! Mas deixem estar, que ainda não foi dita a última palavra neste assunto!...

De quem sentiste falta?
Do meu pai… e da minha irmã mais nova, que raramente tenho oportunidade de ver, porque vivemos tão longe uma da outra - mas viva o Messenger! :-) – e do meu irmão, pelas mesmas razões. E dos meus amigos em Portugal, que já são poucos mas tremendamente bons.

Quem foi a pessoa mais fixe que conheceste?
Mas quem é que eu conheci só no ano passado?… Hmmm… alguns bloguistas...

Diz uma lição que aprendeste em 2007.
Que às vezes mais vale ficar calada – e outras vezes não, porque pelo menos serve para descongestionar o sistema e aliviar-se de um peso.

Resta-me passar o desafio a quem por aqui passar e tiver vontade de enveredar nele. E desculpem lá tanta conversa sobre bicicletas, pessoal. Em contrapartida desta vez foram mínimas as alusões ao Cristiano Ronaldo ;-)
(fotos: vida de praia)

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Desenvolvimento com pedalada
E começamos o novo ano com boas notícias… penso eu…: li há dias que segundo um estudo americano publicado recentemente na Proceedings of the National Academy of Science, o ser humano se está a desenvolver a uma velocidade inigualavelmente turbulenta; que a evolução da nossa espécie acelerou de forma incrível durante os últimos 5.000 anos em que os nossos genes se têm vindo a modificar 100 vezes mais rapidamente que em qualquer outro período da história da Humanidade.
Os cientistas que levaram a cabo este estudo apontam para dois factores essenciais na tentativa de explicar este fenómeno: em primeiro lugar a população mundial tem vindo a crescer e somos mais do que as mães – e quanto maior a quantidade de representantes de uma espécie, tanto maiores são as possibilidades de se darem mutações proveitosas. E para além disso com a população a aumentar, mudam-se os hábitos alimentares, o ambiente em que vivemos e aparecem muitas doenças novas, que determinam mudanças a nível genético. E é engraçado que pelos vistos no desenvolvimento genético também se nota o individualismo que caracteriza a era em que vivemos: o estudo demonstrou que as mudanças genéticas não se aplicam a toda a espécie mas são diferentes dependendo de mil e um factores como os descritos acima.
Que nos estejamos a desenvolver tudo bem; na melhor das hipóteses é bom sinal, mas talvez um pouco arrepiante não saber em que direcção é que nos estamos a desenvolver ou o que esperar do resultado final. Será que daqui a 100 anos uns desenvolveram asas (os mais stressados), outros barbatanas (isto foi em honra do sr. Jaime aficcionado de tudo aquático) e outros se assemelham mais a trogloditas neandertais?…

terça-feira, janeiro 01, 2008

FELIZ ANO NOVO!
(foto: Auntie P @flickr.com)