quarta-feira, outubro 31, 2007

Os conselhos da avózinha
Na minha família sempre houve imensas ideias em torno dos perigos para a saúde das baixas de temperatura no Inverno. Era preciso andar agasalhado, mas andar agasalhado demais também não era aconselhável, uma vez que uma pessoa supostamente se arriscava a apanhar uma bruta constipação. Logo não me lembro de complementarmos o casacão com luvas, cachecóis ou meias grossas.
Pelos vistos afinal não passa de um mito: segundo os peritos em virulogia as constipações não advêm do frio nem das correntes de ar. Senão os verdadeiros “Vikings” que vão ao banho de Inverno, em buracos no gelo se for preciso, apanhariam constipações enormes e constantes, o que não é o caso. Aliás afirmam até que quase nunca estão constipados.
Então porque é que se está mais constipado de Inverno do que de Verão?
A explicação é simples: de Inverno, porque está mais frio lá fora, estamos mais dentro de casa, criando um maior potencial para contágios.
A solução também está logo à vista: alho! Porque o alho para além de fortalecer o sistema imunitário afasta as companhias ;-)

terça-feira, outubro 30, 2007

Curiosidades
Reparem bem no vosso ou vossa cara-metade… ou pensem no namorado ou namorada que tiveram anteriormente. Notam alguma coisa em particular? Não me estou, é claro, a referir à barba por fazer ou o ar estremunhado…
Ok, deixemo-nos de mistérios: estou a falar de uma tendência engraçada sobre a qual li recentemente - e sobre a qual não fazia ideia. Segundo um estudo da Universidade de Abardeen, na Escócia, nós temos tendência a sentir-nos atraídos por parceiros com mais ou menos o mesmo peso que nós. Ou seja: já não vamos só pela posição social e a aparência em geral mas agora também pelo que indica a balança, ou melhor, o peso que o outro aparenta a olho nú (já que não seria propriamente um afrodisíaco pedir ao ou à potencial namorado/a que se ponha em cima da balança…). Se se trata de dois lingrinhas ou duas pessoas de peso mediano, tudo bem; mas os entendidos ficaram imediatamente preocupados e alarmados com as consequências para os mais obesos, uma vez que a obesidade nos pais aumenta o risco dos filhos desenvolverem este problema.
Os cientistas são sempre tão negativos, pá!…

segunda-feira, outubro 29, 2007

Stress laboral
Se pensam que o que vos stressa no trabalho são as tarefas em si, talvez estejam um pouco enganados. O grande problema, segundo o que li num artigo recentemente, são os mails!… E nem me refiro aos mails com parvoíces que mandamos uns aos outros, mas somente a mails directamente relacionados com trabalho. Pelo que li, parece que só em 2006 foram mandados 6 triliões (6.000.000.000.000.000! Olhem só a quantidade de zeros! Só isso me dá stress…) de mails relacionados com trabalho a nível mundial. E não é raro um empregado passar entre 49 minutos e uma hora por dia a ler e a responder a mails – inclusive nas férias.
Segundo um estudo recente conjunto das universidades de Glasgow e Paisley entre 177 funcionários, 34% destes sentiam-se cada vez mais stressados pela corrente interminável de mails que recebem diariamente, que os interrompe durante o dia de trabalho e exige resposta quase imediata. Em contrapartida 38% achavam que os mails não os incomodavam grandemente, já que não se sentiam na obrigação de responder logo e como tal podiam estar descansados.
A explicação biológica para este stress é provavelmente que o cérebro fica cansado com tantas interrupções, e uma pessoa fica cada vez mais distraida por cada mail que recebe e, por conseguinte, menos produtiva.
Uma solução seria talvez minimar o número de vezes que se vai verificar se se tem mail – e desactivar aquele marcador que acusa a recepção de mails.
- “Pling.”
- …
- “Não ouvi nada…”

domingo, outubro 28, 2007

Passa para cá a malagueta!
Quem não experimentou já vir do dentista com a boca toda dormente da anestesia? Não tem graça nenhuma aquela sensação de ter perdido o controle dos músculos e poder a qualquer momento começar a babar-se, fazer caretas ou falar como quem acabou de ter um aneurisma. Ora bem, tenho boas notícias: foi recentemente descoberto que a malagueta é um óptimo anastésico dos nervos, que transmitem ao cérebro a sensação de dor, e que esta se limita precisamente a anestesiar os nervos sem influenciar os músculos.
Hmmm… Espero que resulte e que saibam o que estão a fazer, se substituirem a anestesia normal por extracto de malagueta… porque na minha experiência há qualquer coisa aqui que não faz sentido: da primeira vez que utilizei malagueta fresca na comida, levei por acaso a mão aos olhos e aquilo ardeu e doeu imenso, o que recorreu minutos mais tarde quando já me tinha esquecido do sucedido e por azar voltei a levar a mão aos olhos…
(Foto: www.toubab.dk/?page_id=6)

sábado, outubro 27, 2007

Mais Aqua
Quem não se lembra daquela banda horrível dinamarquesa (que alguns intitulam a maior banda dinamarquesa de pop de sempre, mas tudo é relativo...), os Aqua, que nos anos 90 tiveram sucesso com o grandessíssimo mas terrível êxito “Barbie Girl”? Aliás, li recentemente que essa música foi galardoada como uma das piores músicas pop de sempre. Enfim... passado uns tempos foram cada um para seu lado e já se pensava que o público podia ficar em paz.
Mas, infelizmente, dizem os boatos que alguém (que merece uma boa sova) convenceu a banda a voltar a juntar-se para editar um CD e fazer uma digressão. Portanto preparem-se: daqui a nada vão começar a passar constantemente ”pérolas” da música pop tipo “Barbie Girl” na rádio. Mas não se assustem: não ficaram encurralados num “vórtice“ temporal nos anos 90: é só mais uma das bandas sem talento que nunca deviam ter existido sequer que precisou de dinheiro e se reagrupou por uns tempos.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Problema resolvido
Como é raro usar ketchup, ainda não me tinha apercebido de que havia um problema com as garrafas de ketchup (a que daqui para diante me referirei como “o problema das garrafas de ketchup”). Segundo dizem é bastante difícil espremer as últimas gotas, digamos, acabando por se desperdiçar vários mililitros de ketchup, que ou ficam no fundo da garrafa ou acabam por “espirrar” para a roupa, deixando nódoas chatas. É portanto este o tal problema das garrafas de ketchup.
E tão depressa me familiarizei com ele como com a sua solução, pois, segundo li, um grupo de engenheiros dos institutos de Freising e Estugarda na Alemanha, talvez mais chateados do que os demais com o dito desperdício, acabou de inventar uma garrafa de plástico mais apropriada em cooperação com a universidade de Munique: ionizando diversos gases em vácuo, cria-se uma camada finíssima (de 20 nanómetros ou menos ) de um material anti-aderente tipo um plasma, que rejeita mais o ketchup do que plástico normal. Calculam que por agora já seja possível desperdiçar menos de metade deste produto, limitando o problema das garrafas de ketchup.
E o que dirão a Heinz e os outros fabricantes, que vivem de vender ketchup a este progresso, que, parecendo que não, potencialmente lhes vai diminuir as vendas? A ver vamos se estarão do lado do consumidor...

quinta-feira, outubro 25, 2007

Para trás e para diante, vira o disco e toca o mesmo
Eu de novas tecnologias só sei o muito básico. Mas uma vez por outra espanta-me não termos avançado mais do que é o caso: os aviões voam à mesma velocidade do que há 50 anos atrás, os carros ainda são um veículo completamente terrestre, não voam, e veículos anfíbios continuam em fase experimental. E não avisto nenhuma das perspectivas apresentadas em filmes de ficção científica como o “Espaço 1999” no futuro mais próximo.
No entanto reconheço que ninguém sonhava talvez ver a Internet ou os telemóveis como lugar comum há 10 ou 15 anos atrás. Nem se pensaria talvez que viria a acontecer uma autêntica explosão no campo dos canais de televisão ao dispor de cada um. Se tivéssemos televisor cá em casa (o que não é o caso, por opção – ok, ok, estamos em 2007, já sei!...), teríamos acesso a um mínimo de 38-40 canais. É um sinal ou consequência de que certas coisas se desenvolveram imenso.
Entretanto o progresso tem custos e há quem fale na tragédia de, com tanta oferta, não termos já em comum o que vemos na televisão e por conseguinte vivermos em mundos culturais muitíssimo diferentes.
Sempre dois passos à frente, Bill Gates não quis deixar de se pronunciar ou participar nesta questão e já arranjou solução – e mais um mercado: a Microsoft está a projectar integrar uma espécie de Messenger nos televisores, combinando ver televisão com “conversas virtuais” com os amigos; recuperando assim a possibilidade de ganharmos o mesmo sentido de comunidade de antigamente. Tipo:
- “estou a ver futebol na Eurosport. E tu?
- “está a dar um documentário interessante na RTP2.
Segundo percebi, a ideia é até poder estar a ver o mesmo programa em simultâneo e ver o que o amigo do outro lado da “linha” viu anteriormente, sincronizando desta forma os hábitos televisivos.
Francamente, parece perda de tempo tudo o que se alcançou nos últimos anos e mais valia termo-nos ficado pelos dois canais.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Procura-se: superherói leitor de tio Patinhas
Nestes anos em que a mão de obra qualificada é mais escassa, as firmas têm usado métodos alternativos para aliciar empregados a mudar-se exactamente para a sua empresa: headhunting com diversos bonus, salários chorudos, cursos de especialização pagos e outras ofertas do género.
Há dias li sobre um método se possível ainda mais alternativo de recruta: a Intelecom Danmark A/S, uma firma de informática e telecomunicações pôs um anúncio na revista semanal do tio Patinhas. Acharam que o perfil perfeito para o seu novo empregado seria encontrado entre os leitores assíduos da banda desenhada em questão. ”Talvez não seja fácil de acreditar, mas há muitos adultos que lêem o tio Patinhas”, disse o chefe de Marketing. E como procuravam um empregado com imaginação e iniciativa, tinham a certeza que iam encontrar estas qualidades entre os fãs do Pato Donald. Prometiam não carrões ou bons acordos de reforma mas uma fatiota de superherói com capa e tudo…
?
?!...
E o salário vem em notas de Monopólio?...
Devem pensar que quem lê banda desenhada é totó ou quê?

terça-feira, outubro 23, 2007

Cuidado com o GPS reptíleo
Fiquei um pouco assustada há dias ao ler que os crocodilos são criaturas inteligentes. É que não sei se gosto muito da ideia de um bicho potencialmente tão perigoso e com uma boca tão grande e com tantos dentes aguçados seja mais esperto do que um pombo (que por definição tem um cérebro pequeno e portanto é estúpido) ou uma minhoca (cérebro ainda mais minúsculo, etc).
Segundo foi observado por um grupo de investigadores da universidade de Queensland na Austrália, os crocodilos parecem ter uma espécie de sistema de navegação ”satellite”, tipo GPS, que lhes permite guiar-se até onde querem chegar com toda a facilidade. À semelhança dos pássaros migratórios, que todos os anos viajam milhares de quilómetros e voltam ao mesmo poiso, descobriu-se que os crocodilos retirados dos seus charcos habituais e transportados por ar para áreas remotas a centenas de quilómetros longe das zones turísticas são capazes de os voltar a localizar numa questão de semanas.
Ufa! Felizmente por enquanto não há crocodilos à solta onde vivo!...
(foto: ianmichaelthomas @flickr.com)

segunda-feira, outubro 22, 2007

Que chatiiiiiiice!…
Nestes anos falasse tanto de stress no trabalho, que uma pessoa até fica com a impressão de que é o único problema que afecta o mundo laboral e a generalidade da população. Se formos a ver cientificamente, até nem é verdade, porque o diagnóstico exige a presença de sintomas físicos e psicológicos tremendamente raros e extremos. Portanto pode-se dizer que temos quase todos muito que fazer, mas só uma pequena percentagem é que sofre de stress.
Ainda assim há lugar para correcções: li há dias que nem sequer é verdade que quase todos temos demasiado para fazer e desafios às montanhas. Muitas pessoas, mais precisamente 10 % da força laboral, supostamente sofrem de aborrecimento, de fastio crónico por falta de desafios. Acreditam nisto?! Dizem que é por causa de tédio que uma pessoa passa o tempo a desempenhar tarefas extra-laborais como conversas telefónicas com os amigos, e-mails privados e coisas do género. Segundo Philippe Rothlin e Peter Werder, os dois autores suiços do livro recentemente publicado, ”Diagnosis Boreout: how a lack challenge at work can make you ill” (”Diagnóstico Fastio: como a falta de desafios no emprego vos pode fazer doentes”), que inventaram o diagnóstico de “boreout” (trad.: ”tédio”), dá tanto prestígio uma pessoa poder queixar-se de stress, que é tabu dizer o contrário, que se está enfastiado e não se tem o suficiente que fazer no emprego.
Várias perguntas “simples” ajudam a fazer o diagnóstico e evitar ou solucionar o tédio crónico:
- Porque é que estás enfastiado?
- Esse tédio resulta de não teres o suficiente para fazer, seres qualificado demais para as tarefas que tens ou teres o emprego errado?
Digam o que disserem, ok, talvez não tenha stress, mas tenho mais do que suficiente entre mãos…
(foto: Kiki-Follettosa @flickr.com)

domingo, outubro 21, 2007

Endurance
Lembram-se das aulas de Educação Física no liceu? Pelo menos no meu liceu metade das vezes acabávamos por passar uma hora inteira a correr, uma disciplina de atletismo chamada “endurance”, que sempre desconfiei ser uma maneira subtil de o professor se assegurar uma horita livre no horário, enquanto corriamos às voltas. E foi graças ao ”endurance” que ganhei um pó colossal à corrida – e às tarefas que involvam ter de aguentar muito tempo a fazer qualquer coisa física repetitiva.
Portanto imaginam talvez o que me chamou à atenção, quando há dias li no jornal o seguinte cabeçalho:

Endurance car kissing contest (competição de endurance de beijos ao automóvel)

Era sobre uma mulher chinesa, Zhang Cunying de 27 anos, que ganhou um carro praticamente de graça depois de vencer uma competição em que o beijou durante mais de 24 horas. Foi o Centro Comercial Xizhimen Jiamao em Beijing que lançou o convite e pôs 6 Chevrolets à disposição e deu a oportunidade a quem aguentasse beijá-los durante mais tempo de os comprar por um yuan (menos de 1 €). Os concorrentes tinham somente direito a uma pausa de 10 minutos de 7 em 7 horas.
Claro que a competição atraiu bastantes pessoas, mas das 400 que se candidataram só foram escolhidas 120, já que cada carro só tinha 20 lugares especificados para ser beijado. Depois de 24 horas ainda haviam 28 concorrentes e portanto o Centro Comercial introduziu novas regras para acabar o jogo mais depressa: os concorrentes para além dos beijos tinham de estar apoiados só numa perna com as mãos atrás das costas.
A vencedora ao fim de 27 horas e 40 minutos mal se podia aguentar em pé. E deu graças às suas aulas de dança que a prepararam especialmente para a tarefa em termos de flexibilidade. E à fé que teve em ganhar.
Cada maluco sua mania....

sábado, outubro 20, 2007

Caridade engarrafada
Na Dinamarca há já vários anos que existe um sistema bastante bem organizado e automatizado de devolução de garrafas e latas para reuso: quando se compram certas bebidas engarrafadas ou enlatadas paga-se um x extra, que é devolvido à entrega das embalagens vazias. Não são propriamente fortunas, mas ainda assim é um incentivo à devolução das garrafas, que são esterilizadas e voltam a ser usadas várias vezes, antes de passarem à reciclagem.
Segundo Business.dk alguém teve a ideia genial de aproveitar o facto de que grande parte das garrafas e latas voltam à origem para apoiar obras de caridade, por exemplo a UNICEF, de uma forma simples e que só se sente muito ligeiramente na carteira: apartir de agora vai nomeadamente ser possivel a título de experiência escolher entre carregar num botão para „caridade“ ou no botão normal para refusão nos contentores automáticos de entrega das embalagens de bebidas.
Gostei mesmo do conceito e espero que resulte.
(Foto dir.: Dag Øyvind Olsen, Newswire).

sexta-feira, outubro 19, 2007

O smiley fez anos!
Se eu escrever :-) ou :-D, sabem muito bem o que quero exprimir. Ou :-( ou até mesmo :-/.
O primeiro smiley nasceu há precisamente 25 anos e um mês, no dia 19 de Setembro de 1982 às 11.44, numa discussão académica online sobre as limitações de fazer transparecer o humor na mensagem escrita. A proposta do professor Scott E. Fahlman da Universidade de Mellon foi simplesmente um :-).
O símbolo do smiley percorreu o mundo, primeiro como um :-), que entretanto mutou várias vezes para tentar exprimir várias emoções, veio para ficar como uma maneira tremendamente expressiva e gráfica de comunicarmos nesta era global dos emails, sms e Messenger. Um ícone que toda a gente independentemente da língua ou cultura de cada qual percebe imediatamente, que deixa pouco lugar para dúvidas e revela proximidade e personalidade entre quem o usa para comunicar.
Simples e ao mesmo tempo genial. Nem consigo imaginar um dia-a-dia sem ele.
Parabéns a você, Smiley! :-*
;-)

quinta-feira, outubro 18, 2007

Comunicação
É giro pensar que o ser humano tem sempre a mania de que é superior aos animais (é o dito “animal racional”), mas que apesar da superioridade de volume cerebral, nem sequer é consequentemente mais distinto ou excelente por isso. Há muitos anos que se fala na linguagem das abelhas, que supostamente seria bastante avançada. E dos caninos e símios diz-se sempre que são extremamente inteligentes e capazes de uma aprendizagem surpreendente.
Li há dias uma notícia muito interessante sobre os últimos. Nomeadamente que um grupo de cientistas da Emory University em Atlanta, depois de ter estudado o comportamento e capacidade de comunicação dos primatas, chegou à conclusão que os chimpanzés têm uma linguagem gestual avançadíssima e discriminada. No seu artigo na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences descrevem o significado apuradíssimo de uma palma da mão esticada num ângulo específico e outros gestos usados pelos macacos entre si.
A única coisa que me ilude é como será que conseguiram interpretar a linguagem dos macacos para poder afirmá-lo com tanta certeza. Com a ajuda de um macaco bilingue?
E já agora: alguém me sabe dizer como é que os cientistas chegaram com tanta certeza à conclusão de que o chimpanzé é o único animal capaz de se reconhecer a si próprio ao espelho?...

quarta-feira, outubro 17, 2007

Ai os homens!… – parte 2
Falava há tempos das preferências femininas em relação a diversos tipos de homens com ênfase na aparência. Mas pelo que me deu a entender recentemente, a aparência não é tudo: segundo dizem a voz também desempenha um papel central no fascínio e atracção entre os sexos. Num estudo da McMaster University no Canadá foi revelado, que as mulheres preferem os homens de voz profunda e grave em relação aos de voz mais aguda e fininha, talvez por parecerem mais masculinos, robustos e maduros. E segundo um artigo publicado na Livescience.com, o cientista David Feinberg, que estudou uma tribo na Tanzânia, onde não se usa qualquer tipo de prevenção, afirma para além disso, numa tentativa mais fundamentalmente biológica de explicar a sua atracção, que os homem de voz profunda têm na sua generalidade mais filhos do que os de voz fininha.
Em contrapartida, os homens parecem preferir mulheres de voz fina e aguda, que lhes soam mais atraentes, femininas, mais novas e mais fáceis de subjugar. E eu que pensava que as mulheres mais sexy ao olhos dos homens eram aquelas com vozeirões de bagaço…

terça-feira, outubro 16, 2007

Gato por lebre
Os australianos são um povo fantástico: tão calmos e pacíficos e nada neuróticos. É rara a vez que se ouve falar da Austrália e não sai dali notícia boa. Mas confesso que há dias fiquei espantada com uma notícia de lá: então não é que, segundo a BBC, resolveram incluir o gato bravo na sua dieta para solucionar o problema que tinham no outback australiano, em que os gatos bravos se tinham reproduzido em demasia e se tinham tornado uma ameaça para a restante vida animal?

Também lá haverá ratazanas aos biliões, certo? E baratas e percevejos? Espero entretanto para bem deles, que não solucionem todas as pragas da mesma forma…

segunda-feira, outubro 15, 2007

Despertador insensível
Gosto muito de acordar e levantar-me cedo, e nem me importo de ver o sol nascer, mas detesto ser acordada pelo despertador! Entretanto se achava que o meu despertador era mau e me tratava sem compaixão, mudei de opinião, porque o meu pelo menos deixa-me em paz quando o volto a desligar depois dele tocar incessantemente ao que sinto ser a meio da noite de Segunda-feira.É menos fácil de lidar com um novo tipo de despertador, o Nanda Clocky (nas fotos), inventado por Gauri Nanda, uma investigadora ligada ao MIT Media Laboratory em Cambridge. Motivada por ela própria ter dificuldade em levantar-se de manhã, a inventora criou um despertador com rodinhas que foge, quando uma pessoa o tenta desligar, fazendo ao mesmo tempo um ruído ensurdecedor. O som só cessa de azucrinar terrivelmente quando uma pessoa se levanta e o apanha – ou tropeça nele e o aniquila mais ou menos de propósito?…
O novo despertador já é, não sei bem a propósito de quê, um sucesso no Japão.

domingo, outubro 14, 2007

*Ai*, a consciência
Li há dias no jornal uma daquelas notícias tão espantosas e caricatas que são impossíveis de inventar. Sobre um gatuno ainda desconhecido da Nova Zelândia que entrou numa casa privada e roubou um computador, uma máquina fotográfica e uma carteira. Alguns dias mais tarde regressou e retornou o que tinha roubado, mais dois pares de luvas e uma bola de basketball comprados com o cartão de crédito da vítima. E voltou pela terceira vez para deixar € 100 como indemnização por ter partido um vidro da primeira vez que forçou a sua entrada na casa em questão.
A polícia ainda não tem pistas neste caso.
Mas como é possível?!...

sábado, outubro 13, 2007

Moda preservativa
Não é por ter ancestrais chineses muitíssimo remotos que volta, não volta me refiro à China. Mas é que da China raramente vem bom vento, e quando aparenta uma brisasinha engraçada passa logo ao bizarro, e é-me impossível ficar calada, ou impávida e serena como se não se passasse nada.
Ora a China é conhecida pela sua riqueza de recursos humanos (muita gente); por ser uma república do povo mas de democracia e abertura ao exterior praticar népia; pelos conceitos budistas e confucianos; e pela paciência de chinês. Imagino que este país longínquo oriental seja bastante exótico e em muitos aspectos diferente em termos de ideologias e maneiras de estar na vida.
Entretanto tal como no resto do mundo, também já lá chegou a SIDA. E foi na tentativa de a combater mais eficazmente que este Verão foi organizada em Beijing uma passagem de modelos sui generis: práticos como os chineses parecem ser, resolveram juntar o útil ao agradável e sensibilizar para o uso de preservativos fazendo desfilar modelos de biquini e vestidos de noite feitos quase totalmente de preservativos.
Escusado sera dizer que a passagem de modelos foi patrocinada pela maior firma de preservativos do país, que, com tanta publicidade e tantos potenciais clientes deve ter assegurado lucros no orçamento daqui até ao Ano do Macaco…

(fotos: AFP)

sexta-feira, outubro 12, 2007

Urso também tem direito à vida!
Segundo sei, o urso castanho é uma espécie em vias de extinção, mas em alguns países escandinavos e da Europa Central ainda marca presença. A questão é durante mais quanto tempo… e escolhi levantá-la por estar revoltada com a atitude de supremacia a que o ser humano se dá ao direito. Li há dias para tristeza minha, que um urso castanho foi morto a tiro por um grupo de caçadores na provincia de Jämtland na Suécia. Isto porquê? Porque os caçadores pelos vistos têm mais direito à vida do que os animais. Passo a explicar: dias antes um caçador de alces tinha sido morto e os indícios apontavam para um urso. “Não sabemos ao certo, mas cremos que foi este urso que o matou. Ainda temos de fazer testes ao ADN para vir a saber ao certo”, disse a polícia nas declarações que prestou à imprensa.
O urso foi morto a 2 quilómetros da cabana onde o tal caçador e o seu cão foram encontrados mortos e que apresentava marcas de unhadas e mordidelas. Provas da sua culpa? Nem por isso, só indícios - as marcas de unhadas e mordidelas, que em princípio podiam ser de um urso qualquer e a proximidade geométrica relativa.
Agora esqueçamos por um momento que se trata do destino de um urso e imaginemos que a notícia e a declaração eram sobre uma pessoa: “Homem suspeito de assassínio abatido a tiro a 2 quilómetros da cena de um crime. A polícia não tem a certeza que o homem abatido deveras era o assassino mas descobrirá ao certo quando fizerem testes de ADN”.
Faço-me entender?…
Não me parece nada justo terem abatido o urso: 1) sem provas fundadas e 2) uma vez que em princípio quem infringiu a paz dos bosques (habitat de muitos animais como o urso!) foi o tal caçador.
... por isso não admira que o urso na foto esteja com cara de poucos amigos...
(Foto: Polfoto)

quinta-feira, outubro 11, 2007

Mais um desafio daqueles...
Encontrei este no mundo dos sonhos...

O que estavas a fazer há 10 anos atrás?
Há 10 anos tinha 24 anos... Tinha começado o meu mestrado em psicologia e a preparar-me para o estágio na Primavera.


O que estavas a fazer o ano passado?
A trabalhar – tal como agora. E de certeza já a ansiar por umas fériazinhas - tal como agora (e felizmente tenho o dia livre amanhã).

5 Snacks de que eu gosto:
Gomas de sumos de fruta, sem corantes nem conservantes
Chocolate preto
Gelados de água de morango
Línguas de gato

(não sou muito gulosa…)

5 músicas cujas letras conheço de cor:
Rio, Duran Duran
Summer of ’69, Bryan Adams
Save a prayer, Duran Duran
This Love, Maroon 5
O resto das músicas dos Duran Duran até fins dos anos 80

5 coisas que nunca voltaria a vestir/calçar:
Camisolas de poliéster
Qualquer coisa de licra
Sapatos à marinheiro
Mini-saias
Perneiras

5 brinquedos de que eu gosto:
A minha bicicleta (claro!)
Computador
View Master (lembram-se deles?)
Ursos de peluche
Lego

Passo o desafio a quem o quiser aceitar :-)

quarta-feira, outubro 10, 2007


Cruzes, canhoto!…
Voltamos à China… então não é que em Shanghai agora começaram a discriminar quem utilize de preferência a mão direita? Pois é, uma firma de textéis do grupo Hengyuanxiang pôs um anúncio a pedir canhotos para as vagas que têm, uma vez que supostamente está cientificamente provado, que estes são mais criativos e inteligentes do que quem use a direita. E apontam os exemplos de Albert Einstein, Pablo Picasso e Leonardo da Vinci, todos eles canhotos.
Eu não acredito!...
Claro que me exalto por não ser canhota e não afirmo ser do mais criativo que há, antes pelo contrário. Mas como já disse aqui antes, como filha primogénita sou do mais inteligente que há, pá! E isto está cientificamente provado. Mas quais canhotos?... Aaaai!...

terça-feira, outubro 09, 2007

A doença das vacas loucas
Há já algum tempo que não se ouve falar da doença das vacas loucas, que há uns anos atrás se tornou histeria global. Toda a gente andava preocupada e a tentar lembrar-se se tinha comido um bife no Reino Unido nos anos 80, etc e tal.
Entretanto li há dias no jornal lá do hospital onde trabalho e que leva tudo para a brincadeira no típico humor negro hospitalar, que afinal não há perigo praticamente nenhum de se contrair a doença das vacas loucas. Segundo a revista Health Magazine, peritos americanos terão sugerido que é mais provável ganhar no Totoloto do que contrair esta doença. E que portanto nos preocupamos com as doenças erradas e mais valia pensarmos no que fazer para evitar a osteoporose e as doenças cardio-vasculares, que têm mais probabilidade de nos vir a afectar.
O que me pôs imediatamente a pensar:
1) Talvez ainda tenha hipótese de ganhar no Totoloto um dia, por isso talvez devesse começar a jogar.
2) Será que os tais peritos americanos estão “no bolso” de um rancheiro texano produtor latifundiário de carne de vaca?
3) Estes médicos e os seus conselhos: então alguma vez é saudável andar a preocupar-se com doenças?!

segunda-feira, outubro 08, 2007

Beijos de chocolate
Há vezes na vida em que uma pessoa enfrenta escolhas deveras difíceis. E a ciência também não ajuda. Agora chegaram à conclusão que andar aos beijinhos quando se está apaixonado é muito bom para o coração, pois faz com que bata mais vezes durante um beijo, e dá uma sensação de prazer e bem-estar, uma vez que ao mesmo tempo o cérebro reage libertando uma substância psicoactiva na corrente sanguínea.
Até aqui tudo bem. Só que um grupo de cientistas em Inglaterra descobriu recentemente, que o chocolate tem um efeito ainda mais beneficial para o humor e bem-estar. Mais precisamente duas vezes mais beneficial.
E agora? O que escolher? Beijinhos ou chocolate? Beijinhos ou chocolate? Hmmm...
E que tal beijinhos de chocolate? : P

Eu é que não passo sem os beijinhos!(foto: ineedathis @flickr.com e corkaborka77 @flickr.com)

domingo, outubro 07, 2007

Dia ”não”
Os escandinavos são espectaculares: têm quase sempre uma solução flexível e humana para as tudo - o que é um facto conhecido e estabelecido, mas que mesmo assim não impede que às vezes espantem pela criatividade.
Como não podia deixar de ser esta veia humanista também se vai aplicando ao mercado laboral, que durante os últimos anos tem sido grandemente afectado por doenças relacionadas com o stress. Para evitar que os trabalhadores nos sectores mais expostos ponham dias de baixa por ”doença”, as entidades sindicais estão neste momento a trabalhar numa proposta original: conceder a cada trabalhador um x número de ditos dias ”não”. A ideia é que se uma pessoa acorda de manhã e não se sente minimamente motivada ou bem-disposta para ir trabalhar, liga para o emprego e diz: ”olha pá, hoje vou tirar um dia ’não’. Até amanhã”.
E porque não, se tanta gente supostamente finge que está doente para não ir trabalhar e põe baixa? A esperança é que se acabe com essa tendência, sabendo uma pessoa que tem um tal x de dias à disposição se disso precisar a qualquer momento. Mas será que resulta, ou os tais dias “não”, só virão acrescer o número de dias de falta por “doença” na sua generalidade e particularmente a quem de si já tenha uma moral mais alternativa em relação ao trabalho?…
Como podem ouvir pela minha reticência, não me tornei ainda tão flexível e humana como os escandinavos… : )

(foto: brightonsinger @flickr.com)

sábado, outubro 06, 2007

Preso por ter cão e preso por não ter
Não sei se seguiram nas notícias a expedição do navio Viking, Havhingsten (nas fotos), uma cópia fiel de um navio Viking milenário desde Roskilde, na Dinamarca, até Dublin, na Irlanda, este Verão. Os entusiastas da história Viking e da navegação seguiram de certeza.
A viagem correu acima as melhores expectativas. Mas à chegada a Dublin deu-se um mal-entendido qualquer: segundo um artigo publicado no respeitado jornal The Guardian, o ministro da Educação dinamarquês, Brian Mikkelsen, que esteve em Dublin para receber o navio, teria no seu discurso de boas vindas pedido desculpa ao povo irlandês pela conduta vergonhosa dos Vikings, e eu cito: “na Dinamarca estamos deveras orgulhosos deste navio, mas não estamos orgulhosos dos danos sofridos pelo povo irlandês à mão dos Vikings […] e o povo dinamarquês pede perdão pelos ataques, massacres e pilhagens dos Vikings na Irlanda…Enquanto que o mesmo ministro, cheio de orgulho nacional, nega ter feito tais declarações politicamente correctas e afirma que os vikings lhe teriam dado uma sova se o tivesse feito. E que não tem nada pelo que pedir desculpa, uma vez que os Vikings puseram a Dinamarca no mapa e tiveram sucesso com as suas expedições à volta do mundo. E citando o ministro: “Os Vikings fazem parte da nossa história e podemos orgulhar-nos deles. Sim, os Vikings dizimaram e massacraram aldeias e foram brutais, mas nessa altura era assim mesmo”. Uma declaraçãozita que entretanto poderia levar alguém a chamá-lo de insensível.
A meu ver um exemplo clássico do ser-se preso por ter cão e preso por não ter.Fotos: Werner Karrasch

sexta-feira, outubro 05, 2007

A saúde bate aos pontos
Em miúda nunca fui grande apreciadora de fruta e principalmente vegetais; mas entretanto amadureceram as minhas papilas gustativas e agora é só ver-me a devorar cenouras, couve-flor, brócolos e maçãs às quiladas. Portanto não tenho tanta dificuldade como outras pessoas em ingerir estes tipos de alimentos tão essenciais e ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes.
Mas parece ser uma tendência generalizada que a população não come suficiente fruta e hortaliça. E já se tentou de tudo para fazer o pessoal comer mais fruta, desde ameaças ligadas à saúde – ou falta dela – à roda dos alimentos, passando pela pirâmide alimentar e à publicidade tentando tornar aliciante este tipo de alimentos. Fala-se em reduzir o preço da fruta, que na Dinamarca, ao contrário de Portugal, está sujeita ao IVA único de 25%. Mas até aqui nada resultou ainda.
Entretanto os britânicos tiveram uma ideia genial que é capaz de pegar: apartir deste mês a seguradora Pru-Health vai dar descontos nos seguros de vida e de saúde e em contrapartida investir na fruta e nos vegetais. Graças a um novo acordo com a rede de supermercados Sainsbury’s, os clientes da seguradora quando compram fruta e vegetais no supermercado vão passar a ganhar ditos pontos de vitalidade, que abatem no custo dos seguros.
Hmmm… a ideia parece realmente excelente. Mas e se uma pessoa sair do supermercado carregada de fruta e passar pelo McDonald’s para comer um hamburger e pela tabacaria para comprar os dois maços de tabaco diários? Ou se cancelar pela quinta vez consecutiva a aula de ginástica? Recebe pontos negativos?… Se não até parece injusto, uma vez que não é só a fruta que dá saúde. E se sim isto soa-me a muita administração.
(Foto: Mr Conguito @flickr.com)

quinta-feira, outubro 04, 2007

”Em pulgas”
Ai, ai, ai, começamos!…: daqui a precisamente um mês faço 35 anos e quem me conhece sabe que vão ser quatro semanas passadas a pensar em aniversários, prendas, surpresas, festejos; a tentar adivinhar o que vai acontecer e quem é que se vai lembrar. A fazer listas do que comprar para a almoçarada ou jantarada da praxe. Vai ser a contagem decrescente febril, delirosa, infantil do costume. Não consigo mesmo evitá-lo…
(foto: http://clauquevaisermagrinha.blogspot.com/2007_07_01_archive.html)

quarta-feira, outubro 03, 2007

Questões éticas
Se a filosofia e a ética por um lado contribuem com ideias essenciais para o desenvolvimento do pensamento e da razão, por outro lado uma vez por outra entram no campo do ridículo. Lembro-me por exemplo de ter passado um semestre inteiro na universidade a ter de discutir o que era este fenómeno da consciência e se morcegos tinham consciência. Uma discussão que, para além de desnecessária, já na altura me pareceu completamente absurda, uma vez que é impossível verificar a veracidade dos argumentos – “ó morcego, é pá, tu tens consciência ou não?
Mas como dito, a ética também tem trazido contribuições indispensáveis, por exemplo no campo dos direitos humanos e direitos dos animais. E talvez para que ninguém se queixe que não seguem a pedalada tecnológica, agora começa-se a falar nos direitos dos robôs, cujo uso se expande cada vez mais na indústria e não só. “Será que robôs com aspecto humano ou animal deveriam ter direitos?”, por exemplo. Esta e outras questões essenciais – ou nem por isso – poderão ser discutidas em breve pelo público num site na net da tutela do Concelho Ético que abre as portas ao debate sobre a relação entre o homem e a máquina.
Podia perguntar-me muitas coisas, mas eu só me pergunto: como é estas ideias passam pela cabeça de alguém? Um filósofo acorda de manhã e enquanto está a olhar frustrado para a torradeira, que não há meio de lhe proporcionar torradas no ponto ideal, ou já no carro, que insiste em não pegar à primeira de repente pensa: ”ah, é verdade, e os direitos das máquinas?
?!...
(foto do pensador de Rodin, de marttj @flickr.com)

terça-feira, outubro 02, 2007

Terapia animal
Se ter animais, pelo que dizem, põe em risco a vida amorosa, por outro lado pode trazer benefícios fundamentais para a saúde. Há já bastante tempo que por exemplo se usam cães para estimular crianças autistas a tornar-se mais comunicativas; e jovens delinquentes reagem bem e ficam mais confiantes lidando com cavalos. Só que não se sabe ainda ao certo porquê.
Segundo a Ritzau, um grupo de cientistas dinamarqueses da universidade de Aarhus começou recentemente a investigar qual a razão porque faz tão bem à saúde lidar com animais. E que animais se coadunam melhor a ajudar quem ou que tipo de problemas.
Não faço ideia do que descobrirão, nem sei se os antigos tinham razão em que há um certo tipo de magnetismo animal que os liga aos seres humanos e através dele lhes influenciam a mente. Mas imagino que a aceitação incondicional dos bichos potencialmente é o melhor curativo para quem foi mal tratado pela vida. Já para não falar no poder que exerce para a auto-estima sentir-se útil e ter uma criatura a quem dar carinho.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Exercício faz mal ao ambiente
Sempre adorei provocadores – aquelas pessoas mais corajosas do que eu que se atrevem a expressar opiniões contrárias às da maioria, não receando perder pontos em termos de popularidade.
Recentemente li sobre um destes provocadores, Chris Goodal, candidato ao parlamento britânico pelos Verdes, que escreveu o livro “How to Live a Low-Carbon Life” (“Como viver uma vida pobre em carbono”). Neste afirmava entre outras coisas que ir de carro é melhor para o ambiente do que ir a pé – e que o globo só ganharia se se deixasse de fazer exercício, se se fizesse o menos possível, de preferência espojados no sofá, e se se comesse menos. Isto porque mexer-se, fazer exercício, gasta energia e espicaça o apetite, levando-nos a comer mais. Produtos alimentares vindos de longe, transportados por mar ou por terra, embalados e muitas vezes refrigerados ou congelados nos nossos supermercados, novamente transportados até nossa casa e novamente refrigerados até serem confeccionados, usando-se imensa energia em cada passo deste processo. Com isto tenta realçar que precisamos de remodelar a nossa indústria alimentar, que de si contribui tremendamente para o aquecimento global e libertação de gases nocivos para o ambiente.
E com isto tudo perdi a fome…