segunda-feira, dezembro 31, 2007

Noite de fim de ano
O champanhe já está a postos no frigorífico e faltam pouquíssimas horas para eu estar a chorar ao som do ”Happy New Year” dos Abba com fogo de artifício como pano de fundo…Feliz Ano Novo!!!!!!! E até 2008!
(fotos: dmmaus @flickr.com e javevol2 @flickr.com)

domingo, dezembro 30, 2007

Generalizações científicas
Às vezes a ciência tem uma imaginação incrível. As coisas que se pesquisam continuam a espantar-me vez após vez, mas o que me surpreende talvez ainda mais são as conclusões a que se chega com base em estudos e resultados diversos. E como são referidas posteriormente em diversas publicações.
Há dias li uma notícia sobre um estudo científico que me despertou a atenção, quanto mais não seja por vir com uma foto do Brad Pitt ao lado. Dizia no cabeçalho que “pais sexys têm filhos sexys”. E dizia que um grupo de cientistas britânicos tinha demonstrado de uma vez por todas o óbvio, nomeadamente que pais atraentes têm filhos atraentes.
E daí?…
Aí é que a notícia, a meu ver, se tornou irreverente: porque o tal estudo se referia ao que acontece entre os mosquitos da fruta, em que os machos que mais rapidamente fazem as fêmeas engravidar eram os que vinham a ter “filhos” com a mesmíssima tendência. E nem mais uma palavra sobre o Brad Pitt.
Ora se este tipo de resultado pudesse ser generalizado e aplicado a outras espécies, por exemplo à nossa, poder-se-ia discutir, se será mesmo uma questão de sex-appeal hereditário, ou se o que os filhos “herdam” dos pais é mais uma mentalidade de mulherengos...

sábado, dezembro 29, 2007

Asseio ou quê?…
Pronto e é desta que vão pensar que sou uma neurótica com a mania das limpezas, lavadora compulsiva de mãos etc. e tal; mas não, nem por isso: lá isso de lavar as mãos a toda a hora já vos confessei que pratico, mas só faço limpezas uma vez por semana – ou pelo menos foi o que fiz até aqui...
... é que li há dias uma lista com o top 3 da presença bacteriana, segundo o site digg.com. E aqui fica para vossa informação (e, se forem um nadinha como eu, também para vosso horror):
- o lava-loiças (tipicamente mais de meio milhão de bacterias por cada 2,5 cm. de cano)
- os lavabos no avião (onde se detectam com regularidade bactérias do tipo coli no lavatório)
- a máquina de lavar e a roupa acabada de sair de lá (onde o mesmo tipo de bactérias parecem sobreviver à lavagem normal).
...
...
Só um momento: vou desinfectar o meu lava-loiças e dar uma lavagem de 90 graus à roupa que tinha acabado de lavar a 60. E se tivesse um bilhete de avião para uma viagem mais longa em que por motivos óbvios não pudesse evitar ter de usar o lavabo, cancelava-o já.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Lava as mãos!
Confesso que sou talvez um bocado obsessiva em relação à lavagem de mãos; não sou por exemplo capaz de ter dado um aperto de mão e deixar de lavar as mãos logo em seguida. Ou de comer sem saber que tenho as mãos limpas. E já aqui me referi à importância da higiene manual para se evitar constipações, o que está mais do que comprovado cientificamente e toda a gente devia já saber e seguir. Mas aparentemente não é o caso: ou não haveriam instruções afixadas em todas as casas-de-banho onde trabalho, apesar de ser um hospital e ser de espantar isto ser necessário entre pessoal de saúde (!). Nem viriam artigos nos jornais sobre o tema vez após vez.
E para ninguém ficar em dúvida, volto a repetir: lavem bem as mãos! Das pontas dos dedos até ao pulso, de ambos os lados e sem esquecer entre os dedos. Se se o fizer consequentemente e como deve de ser (os peritos dizem que as mãos não podem estar bem lavadas se se demorou menos de 15 segundos entre o ensaboar e o enxaguar) evita-se o mais possível ser contagiado com coisas desagradáveis como constipações, gripes etc. e tal.
~ Com os cumprimentos de quem - incrivelmente e sem saber como - passou o Natal todo (mas é que foi todo mesmo!) constipada :-P ~

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Memória de chimpanzé
É engraçado como certas expressões e dizeres são criados, vão de boca em boca e em menos de nada se tornam lugar comum, ideias pré-estabelecidas que ninguém questiona e com que ninguém discorda. Por exemplo o conceito da memória de elefante ser infalível. Quem sabe se é este o caso? E se o for, quem é que se deu conta de que o era?
Não lido com elefantes no meu dia-a-dia, logo não posso contribuir com factos qualificados que provem ou disprovem este dogma. Mas posso-vos em contrapartida dizer em relação à memória, que nesta área, os chimpanzés (nome científico: Pan troglodytes) são claramente superiores. Segundo a publicação Current Biology, crias de chimpanzés de 5 anos de idade têm uma memória superior até à dos seres humanos.
Portanto cuidadinho: não façam malandrices aos chimpanzés da próxima vez que forem ao Jardim Zoológico, ou arriscam-se a uma vingança terrível anos e anos depois de terem sido marotos para eles e de já se terem esquecido da marotice em questão e do gozo que tiveram com ela na altura.
(Foto: Malene Thyssen)

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Prendinhas!
Este ano também não recebi prendas de Natal parvas como as há aos montes por aí. Li por exemplo que a Associação Protectora dos Animais da Nova Zelândia tinha editado um
CD de Natal para cães, em que o grupo The Underdogs tocava o número “Silent Night” numa frequência tão alta, que só mesmo os cães é que a conseguem ouvir. O CD traz também supostamente um video, em que 14 cães e modelos estão trajados de Pai Natal.
Não, não, este ano tive como já é costume imensas prendas giras: o meu perfume favorito - duas vezes :-) - o mais recente livro de cozinha do Jamie Oliver, mais um perfume, um filme, um dvd com os melhores videoclips dos Duran Duran, um livro e uma caixa de chocolates. E as prendas do meu irmão e cunhada, que ainda vêm a caminho, são sempre excelentes.
E vocês? Ficaram satisfeitos?

terça-feira, dezembro 25, 2007


BOAS FESTAS PARA TODOS OS QUE AQUI VIERAM
ESPREITAR DURANTE O ANO!

(fotos: emblita @flickr.com)

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Consoada
E para vos aguçar o apetite, uma foto do jantar tradicional de consoada dinamarquês (acima): lombo de porco lentamente assado no forno, com batatas cozidas e molho, couve roxa e batatinhas caramelizadas. Claro que quem me conhece já sabe que o que eu acho o melhor de tudo é a sobremesa (foto abaixo): arroz com amêndoas e nata batida e molho quente de cerejas a acompanhar – nham nham! :-P
(fotos: jeaneem @flickr.com e twishart @flickr.com)

domingo, dezembro 23, 2007

A árvore de Natal
Hoje, depois de um pequeno-almoço demorado prestes a começar, vamos buscar a árvore de Natal. E como dita a tradição, vamos nós todos em grupo procurá-la entre fileiras e fileiras, entre centenas delas numa plantagem no meio do bosque. Como tem de ser perfeita, a árvore a ser cortada e levada para casa vai ser escolhida a dedo, seguindo critérios rigorosíssimos em relação à espécie de abeto, tamanho, forma, densidade dos ramos, cor, etc, etc, etc; ou seja: um processo que por mim demoraria uma questão minutos, vai demorar pelo menos uma hora com tanta gente a dar opiniões.
(fotos: najok.dk)

sábado, dezembro 22, 2007

Finalmente férias!
Há já meses que andava a precisar de férias e por conseguinte a fazer contagem decrescente para as mesmas :-) E seguindo a tradição se não milenária, pelo menos dos últimos 16 anos, viémos passar uns dias a casa dos meus sogros, que vivem bastante mais a norte do que nós numa zona de floresta de abetos abundante e onde normalmente estão uns grauzitos a menos; ou seja: vamos ser tremendamente mimados, vamos dar uns belos passeios e com alguma sorte vamos ter neve este Natal.
Já com a “bloguice” vai ser mais complicado, porque o acesso à net aqui está mais limitado e com tanta actividade natalícia e tanta gente cá em casa (sogros, cunhados, o nosso sobrinho - e um cão) o tempo vai ser escasso para a escrita. Logo se vê…
… se entretanto não nos falarmos: FELIZ NATAL E BOAS FESTAS, pessoal!
(foto: charlotoframboise @flickr.com)

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Not to be continued…
Mas o problema da impotência – ou melhor a solução para o mesmo, parece depender do começo que se tem na vida. Passo a explicar: um grupo de cientistas chegou recentemente à conclusão que a alimentação da mãe durante a gravidez e amamentação afecta grandemente os gostos e preferências dos filhos. Ou seja: se a mãe enquanto amamentou comeu fruta e vegetais em grandes doses, o gosto mais amargo destes produtos alimentares passou para o leite, introduzindo estes sabores na dieta da criança desde o começo, prevenindo as maiores esquisitices e habituando a criança a que a fruta faz parte da sua alimentação. E facilitando portanto que esta se mantenha na sua dieta na idade adulta. Estão a ver a ligação?…
E termina aqui esta pequena série de posts sobre disfunções sexuais masculinas.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Peixe e fruta q.b.
Entretanto se os ditos senhores que gastam tanto dinheiro em Viagra em Dezembro levassem uma dieta mais salutar, nada disso seria necessário, estão a ver?...
Pois é: está cientificamente provado que comer peixes gordos (ou, na pior das hipóteses, ingerir óleo de fígado de bacalhau com gorduras do tipo omega3) e fruta ad libitum estimula a potência de uma forma saudável e natural, aliviando necessariamente ao mesmo tempo a carteira e evitando o embaraço de ter de ir à farmácia buscar medicamentos contra a impotência; é que encher o carrinho das compras de fruta e peixe não levanta de certeza as suspeitas a ninguém... ;-)

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Em Dezembro tudo se vende
Até há dias atrás pensava que só se vendia mais lingeri, mais artigos de perfumaria, mais livros, mais gadgets de luxo, mais telemóveis topo de gama, etc. e tal durante o mês que antecipa o Natal – porque só é Natal uma vez por ano e a prendinha debaixo da árvore tem de ser de qualidade. Fiquei portanto surpreendida ao ler que o consumismo também atinge outros tipos de produtos neste mês festivo, nomeadamente artigos de prevenção e de assistência sexual... ou seja: preservativos e Viagra.

Não acreditam? Em relação ao último, quem o proferiu foi o chefe de comunicação da companhia farmacêutica Pfizer, que afirmou que as vendas de Viagra aumentam 15% em Dezembro. E segundo os representantes dos maiores supermercados vendem-se 20% preservativos em Dezembro do que em qualquer outro mês do ano.
Segundo os peritos na questão, a psicologia do assunto é bastante simples: quem não tem namorado imagina que lhe vai aparecer um debaixo da árvore de Natal... em sentido figurado, é claro: com tantas festas de Natal e estando tanto frio lá fora, esperam conhecer alguém e vir a aconchegar-se com o dito cujo ou dita cuja, sem ter problemas com a gravidade nem com uma gravidez “mal atempada” (olha que trocadilho engraçado… nunca tinha pensado neste…).

terça-feira, dezembro 18, 2007

Desta é que encontrei a prenda ideal!
Li há dias que uma firma americana, a Lifestyle Pets, desenvolveu a prenda para quem já tem tudo e tem “papel”: um “Ashera”. Um “Ashera” é um cruzamento de um gato selvagem africano, o serval, som um leopardo asiático e com um gato doméstico normalíssimo. Tem mais ou menos o tamanho do ultimo, é às pintas como o leopardo e às riscas, é um bicho extremamente carinhoso e inteligente de bom temperamento e fácil de cuidar. E por ser exótico e raro (só se produzem 100 por ano) já atingiu uma popularidade inegualável entre os americanos com contas bancárias chorudas.
O felino é transportado num carro com ar condicionado durante a entrega, já traz cartão de segurança social, vacinas, um chip de localização, protectores para as unhas afiadas e um hotline para contacto veterinário.
Os únicos senãos (ou será “senões”?) é que não sou propriamente milionária e um “Ashera” custa a módica quantia de entre € 15.000 e 23.000.
Ou seja: lá se foi mais uma ideia de prenda para mim… mas que fique inspirado quem quiser e puder.
…um gato normal custará quanto?

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Bolo Rei
Vai uma fatia? Este Bolo Rei foi feito ontem, é caseiro, confeccionado com carinho e praticamente sem corantes nem conservantes e com muita coisa boa: nozes, amêndoas, pinhões, uma diversidade de frutas cristalizadas e vinho do porto q.b.
Já é tradição: todos os anos faço cinco – quatro deles para oferecer a apreciadores dinamarqueses. Uma prenda de Boas Festas à portuguesa :-)
(foto: vida de praia)

domingo, dezembro 16, 2007

Conversas pseudo-científicas
Ontem aproveitámos o bom tempo para ir dar um passeio à beira-mar. Reparámos que o sol estava bastante mais baixo no céu do que nos meses de Verão. O que, como da outra vez, deu azo a especulações:
- (ele): “daqui a seis meses estamos ali” (apontando para um lugar a um ângulo de 180 graus em relação à nossa posição actual, do outro lado do sol).
- (eu): “sim, porque a Terra revolve à volta do sol numa órbita elíptica e está tanto frio neste momento, porque estamos exactamente na ponta da elipse e portanto mais longe do sol; daqui a seis meses devemos estar na ponta oposta”.
- (ele): “mas daqui a seis meses faz bem mais calor do que agora, por isso não pode ser...Ambos com ar intrigado mudamos de assunto:
- (eu): “não é engraçado que apesar de a Terra se movimentar em volta do sol e do seu próprio eixo rapidíssimo, não sentirmos nada? Imagina se fosse como estar num carrossel e uma pessoa ficasse tonta... porque será que não acontece?

Novamente ambos com ar de quem não é uma enciclopédia itinerante e nova mudança de assunto:
- (ele): “gostava de ir à Lua um dia.
- (eu): “boa! Mas vais sem mim.
- (ele): “então porquê?
- (eu): “porque não me apetece passar anos e anos nessa viagem.
- (ele): “anos e anos? Não, nem pensar: uma nave espacial vai a 40.000 quilómetros por hora e punha-nos lá em 7 horas.
- (eu): ”sete horas?!! O quê?! Demora tanto tempo a chegar à Lua como ir daqui a Oslo de carro? ‘tás a gozar...
- (ele): “não, juro-te.

É tão divertido filosofar sobre o que não se sabe, multiplicando a fantasia pela ignorância.
Às vezes penso que não aprendi rigorosamente nada na escola...
(fotos: Wikipedia)

sábado, dezembro 15, 2007

Energias verdes
A mim a energia solar sempre me fez imensa confusão; não o facto em si de ser possível capturar e até acumular energia solar, mas mais a questão de o que fazer no Inverno em que o sol é escasso e podem passar vários dias em que o céu está tão nublado, que poucos são os raios de sol que trespassam as nuvens (imagino eu). Será que alguém tem somente energia solar, ou é preciso um reforço, um plano de emergência, pelas razões que descrevia anteriormente, tal como os barcos à vela que têm um motor suplementar para o caso de não haver vento nenhum?
Voltei a pensar nesta questão há dias quando li sobre uma invenção vinda da Universidade de Tecnologia de Taiwan: uma cadeira de rodas a energia solar. Segundo os inventores a cadeira pode andar 12 quilómetros por cada bateria solar, enquanto que as de baterias eléctricas só andam 7 quilómetros por cada bateria. Para além desta vantagem aparentemente evidente, a energia solar custa menos dinheiro.
É tudo muito bonito e viva o ambiente. Mas voltamos à minha pergunta: e se se acabar o sol, se de repente o céu se encher de nuvens, ou se escurecer de repente e não dér para regarregar a bateria solar? Não nos arriscamos a que um deficiente páre num cruzamento ou noutro sítio chato do género?

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Ralhetes
Ninguém tem já dúvidas de que bater às crianças as afecta profundamente para o resto da vida (e se alguém ainda tem dúvidas, venha já falar comigo, que eu já lhe digo...). Menos conhecido e estabelecido porém é o facto de que ralhetes consecutivos e por tudo e por nada causam o mesmo tipo de danos à auto-estima. Isso já imaginava, uma vez que detesto, odeio - abomino! - ser criticada; criticas construtivas vá lá, mas não há nada que me deixe tão insegura, frustrada e infeliz como quando alguém me aponta o dedo de forma agressiva e destrutiva.
Segundo um estudo que li recentemente, os alunos que têm mais dificuldades são os que mais são criticados e castigados e ao mesmo tempo as descomposturas impedem a aprendizagem, uma vez que enfraquecem os alicerces da confiança própria necessária à aprendizagem, criando assim um ciclo vicioso.

Para além disto há a dimensão social: segundo o mesmo estudo, as crianças que são mais criticadas pelos adultos desenvolvem expectativas negativas em relação às outras pessoas que as rodeiam, tendo portanto mais dificuldade em fazer amigos do que as crianças cujos pais e professores elogiam e tratam com carinho. E como adultos repetirão potencialmente este padrão em relação aos seus filhos, perpetuando o problema de geração em geração. E quando é que isto acaba?!...

quinta-feira, dezembro 13, 2007

“É tão fácil como roubar doces a bebés”
Vocês conhecem de certeza aquela expressão que se usa, quando se quer ilustrar o cúmulo da facilidade: que “é tão fácil como roubar doces a bebés”. Às vezes ponho-me a pensar onde irão buscar expressões destas – porque não passaria pela cabeça de ninguém, pelo menos adultos, literalmente roubar qualquer coisa a uma criança – ou passaria?…
… É que li recentemente uma notícia que me chocou um bocado: que uma empregada bancária na Alemanha sistematicamente andava a pôr ao bolso parte das quantias das poupanças que as criancinhas lhe entregavam naqueles porquinhos mealheiros. A fraude veio a ser descoberta por um pai mais vivaço que de antemão tinha contado o dinheiro que estava no mealheiro. A mulher foi presa e condenada a 6 meses de cadeia e, segundo o jornal Der Spiegel, tem de pagar €1700 para um fundo de caridade.
Desta vez espero que lhe saiam do bolso dela.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Empregos desapontantes
Se forem como eu – e pelos vistos a maioria da população – gostam de ver aquelas séries televisivas sobre advogados, médicos e tal, que criam uma imagem dessas profissões como sendo fascinantes e glamorosas. E como possivelmente não conhecem ninguém nestas profissões, não ouvem as descrições da vida real, e como tal estas percepções não são corrigidas e há para aí imensas fantasias deste género em circulação.
Mas segundo li há dias, a US News aproveitou ter de galardoar a melhor profissão do ano para galardoar também a que se valoriza mais exageradamente. Basearam-se em 2.500 conversas com diversos profissionais. No topo da lista das valorizações exageradas encontramos a publicidade e a advocacia, carreiras desejadas por muitos, mas que desapontam, quando uma pessoas começa a trabalhar nessas áreas e se apercebe do verdadeiro conteúdo das tarefas e a quantidade de horas de trabalho que exigem.
Hmmm… esta minha mente desconfiada…: ou isso, ou são profissões tremendamente fixes que os profissionais em questão querem manter só para eles, tentando criar rumores negativos para afastar a potencial competição. É que depois de ver montes de filmes e séries sobre advogados, ninguém me convence que não é fantástico levar um caso a tribunal!

terça-feira, dezembro 11, 2007

Novamente
No ano passado referi-vos uma notícia insólita sobre um condutor cego no Reino Unido que foi apanhado a ultrapassar o limite de velocidade. Há dias voltei a ler uma notícia do género sobre um episódio que teve lugar novamente no Reino Unido: Maurice Hollyfield, um senhor invisual, ou pelo menos muito pouco visual, e quase surdo de 83 anos que vai ter de voltar a ir ao exame de condução, já que é a segunda vez este ano que foi apanhado em excesso de velocidade. Desta vez ia a 135 quilómetros por hora no seu carro novo e com atrelado, numa estrada em que o limite eram os 80. Segundo o condutor, que tem um olho de vidro (imaginem!) o problema foi que confundiu o velocímetro e o medidor de rotações; porque ia a ouvir música em altos berros, uma vez que é quase surdo, supostamente ficou confuso.
É o que eu digo: mas anda tudo doido ou quê?!...
(foto: TV2)

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Ovelhas às cores
Ora se a lã vai ser tingida depois da tosquia, qual é o problema de uma pessoa se antecipar e o fazer antes da tosquia? Isto a propósito dos protestos de activistas dos direitos dos animais no Reino Unido, quando a Madonna recentemente se deu ao direito de tingir de cor-de-rosa, azul, amarelo e verde as suas ovelhinhas por ocasião de uma sessão de fotografias que a Vogue ia fazer da diva.
Vendo-se acusada de irresponsabilidade e de só querer publicidade à custa das suas pobres ovelhas, Madonna explicou que ela e o marido as coloriram em homenagem ao conceituado fotógrafo Cecil Beaton, que habitou a casa onde vivem nos anos 40.
Nem é por ser fã da Madonna, porque não sou. Mas eu continuo a perguntar-me: qual é o problema?!… Às vezes os activistas são mesmo histéricos...

domingo, dezembro 09, 2007

Eau de Bobi
Uma das razões pelas quais não aprecio lá muito cães é porque os acho muito mal-cheirosos: muitos têm mau hálito e todos têm aquele cheiro carregado a cão, que não é nada agradável, pelo menos ao meu narizinho sensível. Mas graças aos avanços da indústria de perfumaria, até eu – se também não achasse os cães demasiado benevolentes e fáceis de dominar – em princípio poderia arranjar um cão: é que uma firma britânica, a Mungo & Maud acabou de lançar um perfume para cães para neutralizar o tal típico cheiro a cão. Como todo o perfume com respeito por si próprio tem de ter um nome francês, este chama-se “Petite Amande”. Apartir de agora os vossos cães vão poder passar a cheirar a frutos do bosque, baunilha e nozes. O perfume canino custa a “mera” quantia de € 50 e o champô da mesma série € 20. Autênticas “pechinchas” e talvez a prenda ideal de Natal para o melhor amigo do homem – ou para quem como eu não suporte o cheiro a cão.

sábado, dezembro 08, 2007

A prenda de Natal ideal?
Li há dias um pequeno anúncio no jornal que me despertou a atenção. Isto porque apesar de ainda só ter 35 anos, já se começam a ver umas linhas fininhas à volta dos olhos, uns preliminaries discretos das rugazinhas que estão para vir. E no anúncio (na foto) diziam: “Sem rugas – Use o tratamento da MADONNA – O tratamento de oxigénio é uma maneira tremendamente eficaz de eliminar as rugas e as linhas finas na pele – SEM DOR” e ilustravam com o rosto da Madonna com uma expressão toda alegre, ou de espanto, ou, vista mais de longe, de terror (vejam por vocês próprios e notem a radiação à sua volta, ou lá o que é).
Pensei cá para mim: “Excelente! A prenda de Natal ideal! É só oxigénio e oxigénio não é prejudicial à saúde. Vamos já nessa!
Entretanto há sempre aquilo das letras miudinhas – que neste caso não eram tão miudinhas assim – e mudei logo de ideias quando li o endereço do site: http://www.purelaser.dk/.
Como é que “pure” e “laser” aparecem na mesma palavra, se não se sabe ainda ao certo se o laser a longo prazo tem efeitos colaterais? E onde é que entra o oxigénio nesta história? Maricas como sou, não vou sequer pesquisar o assunto. Lá vou eu ter de pensar noutra prenda que desejar.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Carne de crocodilo? Querias!…
E não é para criticar os australianos que vou voltar a referir-me a eles hoje – até os acho porreiros. Já vão ver...
Em Copenhaga abriu há alguns anos atrás um restaurante australiano, Reef’n’Beef, que afirma servir coisas tão exóticas como carne de canguru, avestruz e crocodilo. E talvez seja isso mesmo que lá servem, mas nunca se sabe... pelo menos em Hong Kong nem tudo o que se diz ser crocodilo o é: li nomeadamente há dias que para quem goste da sua carne de crocodilo, lá ficará desapontado, uma vez que veio ao de cima que muitas vezes não é crocodilo mas lagarto ou cobra secos. Num teste em diversos supermercados de Hong Kong, só em 8 amostras entre 24 é que se tratava de carne de crocodilo.O tipo de gato por lebre de quem se põe a comer coisas mais exóticas. É por essa e por outras (as “outras” tem que ver com o parecer-me nojento ingerir esse tipo de bichos) que nunca peço carne de crocodilo por muito simpático que seja o australiano que o sugira...
(Foto do crocodilo em terra, AFP)

quinta-feira, dezembro 06, 2007

O Pai Natal ”Down Under” não se vai ficar a rir
Já falta pouco tempo para a noite de Natal e nos grandes centros comerciais já se vê um ou outro Pai Natal à disposição das criancinhas com o tradicional “ho, ho, ho” e o “menino Miguel, portaste-te bem este ano?” da praxe. Quer-se dizer... em quase todo o sítio... mas na Austrália não. E querem saber porquê? Nos tempos politicamente correctos que correm a censura já chegou ao Pai Natal australiano que está proibido de dizer “ho, ho, ho”, uma vez que “ho” em inglês aparentemente é um termo pejorativo em relação à mulher, significando “pêga”, creio. Portanto em vez de “ho, ho, ho” o pai Natal na Austrália vai passar a dizer “ha, ha, ha”. O que a meu ver é pior ainda, porque poderia parecer que ele se está a rir de uma pessoa ou das prendas ridículas que se irá receber...
Mas acreditam nisto? É tremendamente idiota!... Não tarda alguém se lembra de falar em discriminação por ser um Pai e não uma Mãe Natal, em nome desta “santa” luta pela igualdade de direitos.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Um ano de vida
Hoje o Knut, a famosa cria de urso polar e estrela residente no jardim zoológico de Berlin, faz um aninho; e segundo li vai ser celebrado com pompa e circunstância com diversos festejos e os pratos favoritos: toranja, peixe e batatas cozidas. Ao contrário de antigamente, o seu tratador, Thomas Dörflein, não lhe vai porém tocar os parabéns na guitarra, apesar de o urso continuar a ser fã de música acústica. Isto porque com os seus 100 quilos e ”danadice” para a brincadeira, ainda era capaz de lhe ”massacrar” o instrumento.Parabéns, Knut!

terça-feira, dezembro 04, 2007

À italiana
Lembram-se de termos estado na Toscana 15 dias em Março? Ora bem, uma férias em beleza e vimos imenso, porque tinhamos alugado um carro. Tivémos imenso cuidado com o estacionamento, porque especialmente em Florença há bastantes restrições ao trânsito e em vários sítios só os locais é que têm direito a estacionar.
Num dos dias em que estivémos na cidade e íamos visitar museus, para evitar andarmos às voltas à procura de lugar para estacionar, pusémos o carro num parque de estacionamento subterrâneo e pagámos pelas horas em que estivémos ausentes. E pensávamos que estava tudo na melhor ordem...
... mas não é que ontem inesperadamente recebemos duas contas de €91 cada por supostas infracções ao código da estrada italiano nesse mesmo dia, mais precisamente, por supostamente termos circulado em lugares de trânsito limitado sem ter licença – uma 15 minutos depois de sairmos do parque, estando nós a caminho da saída da cidade, numa rua bastante movimentada; e outra uma hora e meia depois, quando já estávamos fora de Florença? E nas ditas contas ameaçam proceder com acção legal europeia, segundo o acordo lá não sei o quê, caso não façamos as devidas transferências bancárias nesses valores.Mas acreditam nisto? O que é que estes tipos pensam?!...
E porque é que só nos mandaram as continhas, ou a multas, ou lá o que são, a 30 de Novembro, não faço ideia, mas calculo… com o Natal à porta e os srs. guardas com prendas para comprar e talvez pouco dinheiro para gastar... uma coisa é certa: nem pensem!: Eu recuso-me a pagar!
(fotos: t.loane @flickr.com e citydodgem @flickr.com)

segunda-feira, dezembro 03, 2007

O que se sofre pela beleza
Sexta-feira vi-me forçada a pôr a minha cabecinha nas mãos de um cabeleireiro estranho. O tipo em si era estranho; mas por acaso estava-me a referir a estranho no sentido de “desconhecido”.
A minha cabeleireira habitual está de baixa e dizem que provavelmente não voltará mais – nada menos do que uma catástrofe! Depois de 2 anos e tal já me conhecia os hábitos e preferências e já sabia de cor e salteado traduzir o meu “está à vontade para fazeres o que achares por bem” para o que realmente quero dizer: “o penteado e coloração do costume, obrigada, e por favor não cortes muito”.
Quando disse ao novo que me cortasse 5 centímetros veio-me cá todo entusiasmado com ideias originais: “e que tal pelos ombros à frente e atrás a cair em bico, mas num bico inédito e diferente atrás?
Aaaaaaaaaaaaah!...
...
O penteado até ficou giro (curto demais, mas giro) e adorei o repouso na poltrona massajadora durante a lavagem e máscara capilar, mas...
... eu queeeeeeero a minha cabeleireira – buááááááááá!!!...

domingo, dezembro 02, 2007

Casamento sem preconceitos
É desta que alguns de vocês vão ficar a pensar que eu estou para aqui a inventar só para ter qualquer coisa sobre que escrever aqui na sacola. Mas juro-vos que é a verdade, verdadinha, pelo menos segundo a conceituada agência de notícias AP (Associated Press).
Já se ouviu falar de casamentos entre cônjuges muito diferentes em termos de educação, raça, economia, escalão social e etário, etc. Mas e se eu vos dissesse que também já houve um casamento entre conjuges de espécies diferentes? Pois é: recentemente um homem de 33 anos no sul da India contraiu matrimónio com um cão. Chama-se P. Selvakumar e fê-lo para tentar quebrar a maldição que pensava ter sobre si por há 15 anos atrás ter morto 2 cães que se estavam a acasalar. Logo em seguida a esse incidente ficou inexplicavelmente paralítico, surdo e mudo e foi para se livrar das suas deficiências que decidiu casar-se com a cadela rafeira de 10 anos, Selvi, a conselho de uma astróloga, que o convenceu a que essa era a única solução.
A cerimónia seguiu os rituais tradicionais Hindus: a cadela foi banhada e vestida nun sari cerimonial côr-de-laranja da praxe e adornada com uma coroa de flores ao pescoço. Depois foi levada até ao templo em Tamil Nadu, onde foi apresentada aos parentes do noivo. Este recitou solenemente os votos matrimoniais tipo “cuidarei de ti até que a morte nos separe”, após os quais foram declarados marido e mulher (ou coisa do género).
Segundo sei ninguém se desatou a rir à gargalhada ou insinuou loucura – o que teria sido a minha reacção, creio – uma vez que nas zonas campestres da India a superstição é tal que não é propriamente incomum arranjar casamentos com diversos animais para evitar ou quebrar ditas maldições.
Eu como o meu chapéu (que não uso, uma vez que desde miúda tenho aversão aos chapéus; mas isso já é outra história que não vem aqui chamada. É uma forma de expressão, ok?) se o noivo daqui a amanhã de repente começar a andar ou a falar pelos cotovelos.
(foto: AP)

sábado, dezembro 01, 2007

1 de Dezembro – primeiro embrulho
Quando me levantei hoje de manhã estava mais entusiástica do que o meu marido; não pude adiar mais que desembrulhasse a primeira prenda do seu calendário de Natal e dei-lha assim que abriu os olhos. Não porque a prenda em si fosse algo de especial, e eu até já sabia o que era, porque fui eu que, tal como com as restantes 23, a comprei e embrulhei. Mas a minha antecipação em relação à sua reacção era tal, que não me consegui conter. Não consegui mesmo.
As prendas que compro para o calendário de Natal não são grandes nem especialmente caras. Mas durante o ano tento estar atenta e vou anotando cada vez que o meu cara-metade menciona uma coisa que gostava de ter ou que tem de se lembrar de comprar. Portanto os 24 embrulhos contém pequenas surpresas, coisas que eu à partida sei que ele vai gostar.
Uma maneira divertida de fazer a contagem decrescente para a véspera de Natal para quem recebe – mas tanto ou mais para quem dá! :-)(foto: ONE by one @flickr.com e lululollylegs @flickr.com)