Telefone
Para quem esteja interessado numa “desintoxicação digital” e goste da Barbie, foi lançado pela firma de telefones HMD, que produz telefones para a Nokia, e a Mattel, que produz as Barbies, um telefone da Barbie, que, como todo o universo da Barbie, é muito côr-de-rosa e como “dumbphone” tem um mínimo de funções: dá para fazer e receber chamadas e sms e jogar Snake na Malibu Beach e é só, a não ser que se tenha um cartão-sim especial, que dá acesso à internet; mas aí acabava a desintoxicação digital, claro. Chega em breve a Portugal.
Quando se liga o telefone, há uma chamada não atendida do Ken, só pela graça.

Vestidos
Ainda há dias falávamos de casamentos e ontem sobre os recursos do planeta. Bem, se uma pessoa quer usar o mínimo de recursos para o seu casamento e vive num clima adequado (ou seja: onde não chove quase nunca), permitam-me que sugira um vestido de noiva como estes: ninguém diria por serem tão trabalhados, mas são feitos de papel higiénico! Até há concursos de Vestidos de Noiva de papel Higiénico e tudo – já vão para aí no 15º.

Avisos e a moralidade
Pronto lá está o António Guterres, o secretário-geral da ONU, outra vez a lançar avisos e apelos mundiais e dar lições de moral: se não é sobre a necessidade de passarmos todos a alimentar-nos de vegetais e gafanhotos, a eliminar o uso de combustíveis fósseis numa “transição justa” (traduzido: os países ocidentais serão forçados a eliminar o seu uso, de preferência ontem, enquanto que a India se continuará a mover a carvão e petróleo), a consumir menos recursos mais devagar e a viajar menos para salvar o clima do planeta, é a apontar o dedo a quem tem a culpa das ditas alterações climáticas, ao ponto de se ter obrigado o mundo ocidental “voluntariamente” a pagar para um fundo de perdas e danos de que beneficiam os países mais pobres para fazer face às catástrofes naturais. Entretanto com aquele físico não me parece que se alimente só de  cenouras e percevejos e passa a vida a viajar de cimeira em cimeira pelo mundo todo (já que na ONU parece que não ouviram ainda falar de reuniões online...). De momento está numa cimeira do Fórum das Ilhas do Pacífico, na Tonga, no sudoeste do Pacífico e, como sempre, não deve ter lá chegado a nado ou de outra forma sem emissões carbónicas. E já lançou mais um SOS: que o Oceano Pacífico está a aquecer três vezes mais rápido do que era suposto e que com isso estão sob ameaça de tempestades mais bravas e da subida do nível do mar, etc. etc., o costume. Achei graça à sua explicação pseudo-científica: supostamente os oceanos mais quentes provocam a expansão das moléculas de água, contribuindo para que o nível médio do mar aumente (entretanto quando lhe convem o problema é o gelo derreter, causando o mesmo efeito.... enfim...).
Pois eu nunca fui muito à bola com a do padre (“faz o que eu digo, não faças o que eu faço”) e acredito na liderança através do exemplo. Ou seja: quando o Guterres em vez de falar e dar lições de moral mudar a sua dieta e começar a comer minhocas, o que se tornará imediatamente aparente ao olho nú, deixar de ser consumista e de viajar tanto de avião e pegar na sua canoa sempre que queira ir a qualquer sítio, eu lá pensarei em fazer o mesmo.

Neil, the Seal
Apresento-vos o Neil, com a alcunha the Seal (trad.: a Foca); mas só porque rima, porque o Neil não é realmente uma foca mas um elefante marinho e Sea Lion não rimava. O Neil tem 3 anos e uns 600 quilos e vive na Tasmânia, uma ilha australiana e tem um dispositivo através do qual os cientistas o podem localizar. Ao contrário dos outros que nascem em colónias remotas, por motivos desconhecidos ele nasceu numa praia, já perto da civilização. E, pelo que li, convive demais com humanos, o que é preocupante, uma vez que dificulta que se porte como um elefante marinho normal e se venha a integrar com uma colónia de animais da sua espécie quando chegar à idade de se poder acasalar. Até conta no Instagram tem, com mais de cem mil seguidores. O que, se fosse humanos, dificultaria as coisas ainda mais, porque tornar-se-ia um chico-esperto armado em bom 😊

Motorizadas
O Japão está sempre à frente no que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico. Pelos vistos até lá têm turistas com malas de viagem motorizadas, desenvolvidas para uma pessoa se sentar nelas e rapidamente atravessar por exemplo o aeroporto . O que, pelo que percebi, já se tornou um problema, ao ponto de agora começarem a exigir carta de condução para as mesmas 😊
...
Mas como...?
(foto: Zhou Qiang)

Desfile de moda
Detesto desfiles de moda: aquelas modelos esqueléticas, roupa transparente ou de outra forma provocante, que ninguém usaria na rua por parecer obra de ficção. Entretanto escolheram o sítio ideal mesmo a condizer para um desfile em Paris: vai ser pela primeira vez na Disneyland Paris a 1 de Outubro. É a marca francesa Coperni que se vai estrear. E a colecção vai-se inspirar nas princesas da Disney, claro. Ou seja: mais roupa  que ninguém usaria na rua.

Casa
Deixando a China, vamos para o Alentejo com a sua paisagem rural e e vamos ver uma casa muito especial na costa. A casa X (ou X House, como a chamam os locais mais snobes) é branca, como é costumário na zona, paredes de taipa (argila misturada com cascalho) em linhas rectas idem, mas tem as janelas redondas e uma oliveira mesmo no centro da casa, onde não poderia estar melhor preservada.

Cão-guia
E permanecendo na China, onde pelos vistos têm muitos cães de estimação e companhia mas poucos cães-guia, apresento-vos uma invenção para fazer as vezes dos cães-guia: o cão-guia robô, que tem menos pelo do que um cão (nenhum), mais patas idem (6) para mais estabilidade e que, ao contrário de um cão e pele e osso, através de Inteligência Artificial consegue falar com o dono e planear rotas. Está de momento em fase de testes na universidade de Jiao Tong, em Xangai, com a ajuda do casal Li Fei, que é completamente cego, e Zhu Sibin, que é parcialmente invisual e usa bengala, quando tem que se deslocar.

Isto tem um potencial enorme: quem diz cães, diz cavalos.

Mais casamentos
E a propósito de casamentos, não sei se na China os de humanos já começam a aborrecer – tudo tão extravagantemente normal e curriqueiro, o vestido de noiva, o ramo de flores, o bolo, a carruagem – mas parece que agora se viraram para os casamentos entre animais de estimação, que lá são mais de 100 milhões, com cerimónia e festa perfeitas, bolo de pastelaria para animais de estimação e vestidos de renda e sei lá que mais.
...
São loucos os chineses.

Casamentos de sonho

Cada vez mais as noivas em particular tentam planear as suas cerimónias de casamento até à perfeição para ser um dia inesquecível de sonho. Amy Rose que casou com Matthew e agora é a sra. Perry não foi diferente nas suas ambições românticas para o recente casamento.
Para ela as borboletas são muito especiais desde miúda, porque no primeiro aniversário do falecimento do seu pai, tinha ela 8 anos, uma borboleta-monarca pousou nela e desde aí que as vê como um símbolo do pai. Diz que vê borboletas sempre que é uma data importante como o aniversário do falecido pai. E logo quis incluir a sua memória no seu casamento. A ideia que teve foi libertar borboletas-monarcas. Mas no dia, quando abriu uma jarra com 50 borboletas, em vez de voarem para a liberdade, ficaram pousadas nela, no noivo e na irmã durante bastante tempo, o que trouxe as lágrimas aos olhos dos noivos e de vários convidados e a convicção de que era um sinal de que o pai ali estava.   
Não estou convicta disso, mas o gesto foi bonito.

Aplicação às cegas
Eis uma aplicação que não faz o meu género, mas pode ser fantástica para malta com outro temperamento: a Timeleft não sendo uma aplicação de encontros, ainda assim junta desconhecidos em Lisboa e mais 160 cidades em 33 países da Europa, das Américas, da Ásia e da Austrália e Nova Zelândia. A ideia não é portanto combinar jantares românticos entre estranhos mas apenas combinar jantares entre estranhos todas as Quartas. Basta que respondas a um questionário e o algoritmo determina onde e com quem vais jantar às cegas. É mais uma iniciativa para combater a crescente solidão. E como tal talvez se alastre a ainda mais países com o mesmo problema.

Moeda lisboeta
Já viram alguma das novas 30.000 moedas de 5€ que o Banco de Portugal lançou a 15 de Julho? Chama-se Ulisses e é uma homenagem à figura da mitologia romana e grega que, segundo dizem e a não sei que propósito, terá sido o fundador de Lisboa, já o rezava os Lusíadas, do grande Luiz Vaz de Camões (Olissípo vem nomeadamente de Ulisses). Faz parte da série “Heróis e Criaturas da Mitologia” e é adornada por vários elementos mitológicos, claro: de um lado Ulisses amarrado ao mastro de uma embarcação, como na história, e com 7 sereias com corpo de ave e do outro lado Ulisses de arco e flecha e no círculo exterior da moeda vê-se uma serpente a fazer 7 curvas com o corpo, que simbolizam as 7 colinas de Lisboa, o sítio e ano de edição (Casa da Moeda, Portugal, 2024) e o nome do nosso herói.
Vale tanto como a nota de 5€, mas também por motivos que me iludem, só pode ser usada em Portugal.

Cromossomas antigos
É pá, parece que estive de férias durante milénios: li que enquanto estive ausente do mundo das notícias tinha sido pela primeira vez reconstituido um mamute-lanudo de 52 mil anos por intermédio de cromossomas fossilizados. Uma equipa internacional de investigadores dos EUA, Dinamarca e Espanha dizem ter reconstituido o genoma e estruturas cromossómicas do bicho em 3D. Não reza a história se conseguirão fazer um mamute inteiro e se conseguirão fazer outras reconstituições de outras espécies extintas como o tigre-sabre ou um dinossauro.

Último
E aqui vos deixo o último postal destas óptimas férias, que não posso dizer terem sido poucas, mas que ficam sempre a saber a mais. Fez-nos bem o descanso, o passar tempo juntos a passear e a fazer nenhum, a comer e beber bem, a pôr os sonos em dia. Para o ano há mais.
(foto: vida de praia)

Sushi
Para eu não passar muito tempo as férias na cozinha e variar mais o cardápio, uma vez por outra encomendamos comida de fora. Como este delicioso sushi 🍣 😋
(foto: vida de praia)

Observações

É precisamente quando temos mais vagar e estamos em casa durante períodos longos do dia, como nas férias, que podemos observar o que se passa e imaginar o que passa quando estamos ausentes. Este é um dos gatos lá na vizinhança e é curioso que só ele.
(foto e vídeo: vida de praia)

Passeios citadinos
Nos dias em que não apetece praia nem outras excursões para mais longe, vale um passeio pela cidade, que também tem muito para oferecer, até lagos e famílias de cisnes.
(foto: vida de praia)

Nuvens
Se o Verão é quente, não me importo nada que um dia ou outro esteja mais nublado, ou até que venha uma bátega de água para regar a relva e tudo o mais.
(foto: vida de praia)

Jardins
A não menosprezar também durante a época estival são os jardins, que apresentam uma riqueza de flores, que atraem os ditos insectos.
(foto: vida de praia)

Borboletas
E olhem o que se vê no campo a dar com um pau: insectos como as borboletas.
(foto: vida de praia)

Campo
As férias não são só ilhas, mar, praia; o campo também é bonito com os cereais prontos a apanhar e as flores silvestres à sua beira.
(foto: vida de praia)

Ilhas
É praticamente só de Verão que visitamos outras ilhas, o que requer marcar passagens de ferry e desfrutar das viagens com o mesmo.
(foto: vida de praia)

Risotto
De férias o mais conveniente e saboroso são os pratos simples, como este risotto de cogumelos.
(foto: vida de praia)

Pipocas
Se nos apetece ver um filme, até há vagar para fazer uma boa dose de pipocas.
(foto: vida de praia)

Espreguiçadeiras
Passear é bom, descansar idem. E as espreguiçadeiras são usadas todos os dias.
(foto: vida de praia)

Passeios
E a propósito de passeios à beira-mar... aqui vamos nós.
(foto: vida de praia)

Dia de praia
Não há nada como um dia passado na praia, a ir ao banho, a apanhar sol, a dar passeios pela areia. E uma vez por outra encontra-se arte 😊
(foto: vida de praia)

Leitura
Leio bastante durante todo o ano, mas nas férias ponho a leitura ainda mais em dia.
(foto: vida de praia)

Saladas
Ainda sobre a arte do copianço, quando gosto de uma salada também tento copiá-la. Esta veio de umas férias nas ilhas gregas em tempos.
(foto: vida de praia)

Rede
Uma das actividades predilectas durante as férias é das tais que requer o menos de actividade possível: um dia passado deitada na rede, de preferência com boa vista.
(foto: vida de praia)

Refrescos
Já conhecem o meu refresco de framboesa, lima e hortelã, não conhecem? Copiei a receita de um café na cidade.
(foto: vida de praia)