A saúde – 2
Claro que uma boa e simples sobremesa com chocolate preto também ajuda à festa 😉

A saúde

E continuando na senda da saúde mental, li há dias que segundo a ciência há várias coisas simples que podemos fazer para a melhorar. Por exemplo, como já aqui falámos, passar mais tempo na natureza, o que reduz o stress consideravelmente; e enquanto se lá está, escutar o chilreado da passarada. Ou para lá chegar dar uma volta de bicicleta. A luz do dia também ajuda, ou em falta dela, por exemplo no Inverno, daqueles candeeiros terapêuticos. Arrumar e deitar fora para conseguir mais espaço em casa e no escritório também desanuvia a mente. Também aconselham, a que se coma menos comida ultraprocessada (cheia de açúcar, que pode provocar ansiedade) e se escolha uma dieta mais à base de produtos básicos e naturais ricos em vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos e gorduras boas. Há actividades que desencadeiam as hormonas que dão azo ao bem-estar, como a serotonina, a dopamina, as endorfinas e a oxytocina. Alguns exemplos são dançar, abraçar alguém ou revceber um abraço, ver uma comédia ou ouvir uma boa piada, brincar com um animal de estimação, ou meditar. Planear uma viagem é quase tão gratificante como viajar. E ter um hobby, da jardinagem ao bordado traz satisfação.

Longevidade
E quem diz florescer e a boa vida, diz longevidade e regressamos assim a um dos temas que gosto tanto de abordar. Muito se pode dizer sobre os segredos da longevidade, e alguns parecem excluir-se mutuamente, mas parece haver consenso científico sobre o seguinte:

- A genética só decide 20% em termos da longevidade; os restantes 80% fazem-se através de escolhas, circunstâncias e factores ambientais.

- O exercício físico é essencial e a melhor defesa contra as doenças que vêm com a idade. Sete minutos por dia de treino com intensidade, como uma caminhada ou dançar, pode acrescenter 4,5 anos de vida. Treino que fortalece os ossos e músculos também é importante, por exemplo levantar pesos. O treino não precisa de ser extremo; até o yoga ajuda a prevenir o envelhecimento das células e o declínio cognitivo, melhora o equilíbrio, a saúde mental e a mobilidade, todos estes aspectos essenciais a uma boa 3ª. idade.

- É preferível seguir a dieta mediterrânica: fruta, legumes e vegetais, cereais integrais, proteínas magras e gorsuras saudáveis. Ajuda a prevenir inflamações, contribui para um colesterol baixo e uma tensão arterial igualmente baixa, mantém os níveis de glicémia sob controlo e previne doenças como o cancro, problemas cardiovasculares, diabetes e demência.

- Há que evitar o tabaco e o uso exagerado de álcool, a poluição do ar, os pesticidas e outros tipos de químicos. Escolher produtos alimentares biodinâmicos ajuda

- O sono é essencial, uma vez que é enquanto dormimos que há mais regeneração biológica e cerebral, limpando o corpo de toxinas perniciosas. Um mínimo de 7 horas sempre no mesmo intervalo é o aconselhado.

- As actividades sociais são cruciais. Há evidência de que isolamento social é tão perigoso para a saúde como fumar meio maço de tabaco por dia e aumenta o risco quer de doenças cardiovasculares quer de depressões, ansiedade e demência.

Claro que a tecnologia vai evoluindo e pode contribuir para aumentar a longevidade. Mas já sabemos bastante para poder mais anos de forma mais saudável.

Florescer
O ser humano é muito complexo e para se sentir verdadeiramente realizado não basta o básico, nem riqueza, nem sequer felicidade mas a oportunidade de florescer. E o que é isto de florescer? O professor Tyler VanderWeele de Harvard, que investiga o assunto há décadas, diz que para se ter satisfação plena, é necessário ter um sentido de propósito e significado e ter a noção de que todas as áreas da vida são boas ao ponto de se sentir que se está a viver uma vida bem vivida. Não involve não ter problemas em algumas áreas, desde que haja soluções à vista e aceitação de algumas condições adversas. Involve os contextos em que vivemos, as nossas escolhas como indíviduos e comunidades em sintonia com os nossos valores mais profundos e tem muito poucoa ver com bens materiais. Actividades em grupo ajudam-nos a florescer.
Num estudo levados a cabo em 22 países e com 200.000 participantes recentemente publicado, descobriram que na camadas mais jovem dos adultos (18-29 anos) não estão a florescer, talvez por terem que lutar com o custo de vida, a incerteza em relação ao futuro profissional, e o enfraquecimento de instituições sociais como o governo e a religião, ao contrário da faixa etária dos 49 anos para cima. E parece que países com menos poder de compra (excluindo os países mesmo pobres, claro) estão a passar a perna a países de melhor economia no que diz respeito a florescer. Por exemplo na Indonésia florescem mais do que nos Esdados Unidos. Dá que pensar, não dá?

As freiras - segundo episódio
Lembram-se de vos ter falado em três freiras idosas, a irmã Bernadette, a irmã Regina e a irmã Rita, de 88, 86 e 82 anos de idade, que em Setembro se tinham escapulido de um lar católico e forçado o seu regresso ao convento onde tinham morado durante décadas, que tinha sido fechado? Entretanto têm tido cada vez mais seguidores no Instagram, onde publicam cenas do seu dia-a-dia no convento – já vão nuns 99.000, estas influencers religiosas.
Pois, o bispo não percebe, porque não quiseram ficar no lar de idosos, mas foi decidido pelas autoridades da Ordem dos Augustinos, que podem ficar lá no Schloss Goldenstein perto de Salzburgo, na Áustria, e ter acesso a médico e a um padre. Com a condição de desistirem das redes sociais e de deixarem estranhos entrar no convento. Porque clausura é clausura.