Há pessoas, que passam a vida a pôr imagens de crias nas redes sociais e recebem montes de “likes” e comentários positivos. Porque toda a gente gosta de crias. Porquê? É mais forte do que nós: aqueles traços fofinhos dos bebés – a cabeça desproporcionalmente maior que o corpo, a testa larga, os olhos enormes, o corpo opulento, os passos e movimentos incertos, etc., estimulam instintos primordiais ligados à sobrevivência da espécie e fazem-nos imediatamente sentir bem. E os traços que vemos nos bebés, vemos também nas crias de outros mamíferos. Os japoneses até têm um termo para isto: “kawaii”, definido pela simplicidade, pequenês, inocência juvenil e adorabilidade. Em 1/7 de um segundo de se ver uma cria, as áreas orbitofrontais do cortex cerebral, que é a área do cérebro ligada às recompensas e ao prazer, ficam activas, promovendo uns comportamentos, como os de cuidado e protecção, compaixão, empatia e brincadeira, e diminuindo outros, como a agressão.
Talvez seja também este fenómenos que contribui para nos motivar a conservar espécies que achamos fofinhas e estarmo-nos mais nas tintas para com bichos feiosos 😊