Mamma Mia!
Ontem fui ao cinema com um grupo de amigas. Fomos ver um musical que estreou recentemente: o “Mamma Mia”, inspirado na peça com o mesmo nome que foi um sucesso em Londres. Nunca fui muito de musicais, à excepção da ”Música no Coração” e só fui por três razões:
1) Era uma boa oportunidade de fazermos qualquer coisa juntas numa noite de semana.
2) O elenco era fenomenal: a Meryl Streep, o Colin Firth (que eu ADORO!), o Pierce Brosnan (de quem também não desgosto) e o Stellan Skarsgard.
3) Prometia muita música dos Abba de que sempre gostei imenso.
Diverti-me tanto! O filme é incrível! Romântico, sofrido, cheio de humor, as paisagens gregas lindíssimas com o mar profundamente azul como só o Mediterrâneo a perder de vista e aquela malta toda a cantar êxitos dos Abba. Uma delícia!
Vale absolutamente a pena ir ver (e eu nem me importava nada de repetir a dose)!... E prometo que reserva uma ou outra surpresa se aguentarem até ao fim, he he :-)

Mamma Mia
Here I go again
Mamma
How can I resist you?

Conselhos práticos (?)

Com a chegada do Verão houve ali uma temporada em que os jornais vinham repletos de conselhos: sobre como evitar escaldões, como manter-se hidratado, como passar umas férias em conta, sobre actividades divertidas para miúdos e graúdos e tal. E, claro, sobre destinos de férias a recomendar. Entre as muitas dicas utéis e lógicas lá vinha uma ou outra mais absurda, pelo menos na minha opinião...

... como a do que fazer se uma pessoa foi passar férias para o Mediterrâneo e se depara com um tubarão (agora tapa os olhos e os ouvidos, jaime, que é capaz de vir daí material ofensivo :-P): começavam por tentar acalmar o pessoal com estatísticas – “ah, os ataques de tubarões brancos são raríssimos, excepto na Austrália e África do Sul e é quase impensável que venha a ser vítima disso no Mediterrâneo, onde só se registaram 23 destes ataques nos últimos 100 anos” e tal.

Mas... e se entretanto acontecesse o impensável e uma pessoa inesperadamente se visse na companhia indesejada de uma destas possantes criaturas, de um destes assassinos das profundezas? Bem, propunha-se no artigo que li que não há nada como o elemento da surpresa (se eu me apanhasse numa situação destas, quem era apanhada de surpresa era eu, mas enfim… adiante!): como os tubarões supostamente não estão habituados a que as focas e os pinguins lhes enfiem o dedo nos olhos, o melhor a fazer era portanto enfiar-lhe o dedo no olho (tipo: “ha, suuuuurpresa!... Tomaaaa!...”) e pontapeá-los no”focinho” ou nas guelras, onde são mais sensíveis; mas claro que a melhor defesa de todas seria não nadar ao seu encontro (Ai sim???? Duh!)

...
MAS QUEM É QUE MANTÉM A CABEÇA FRIA NUMA SITUAÇÃO DESTAS A PONTO DE PLANEAR UMA ESTRATÉGIA DE CONTRA-ATAQUE??? MEUS SENHORES: ESTAMOS A FALAR DE TUBARÕES BRANCOS, AQUELAS CRIATURAS FEROZES, VORAZES E RÁPIDAS COM UMA DENTUÇA ENORME!…

***
Uma curiosidade: os tubarões mantêm os dentes afiados mudando-os sistematicamente cada 8-10 dias!...

Criatividade atrás de barras
E por falar em coisas absurdas, li há dias uma que quase me fez cair da cadeira: então não é que os prisioneiros de uma instituição penal brasileira tinham ensinado alguns pombos a trazer-lhes contrabando? Pois é: bem que os guardas se admiravam da quantidade de drogas e telemóveis que circulavam entre os seus detidos, mas não conseguiam perceber como; isto é, até alguém obviamente se ter avantajado e deve ter pensado que pombo é mula de carga, sobrecarregando as aves, que começaram a ter dificuldade em manter-se no ar, acabando por ser apanhadas.
...
Quem que disse que pombo é que é estúpido?…

Mais hobbies dos tais…

Hobbies sui generis/estranhos/doidos/ já aqui deram panos para mangas muitas vezes. Mas eles não cessam de aparecer e de me surpreender na sua estranhez e cada vez que penso que já ouvi tudo, lá vem mais um dos tais.

Agora alguém inventou raptos virtuais. Não tem graça nenhuma, penso, e acho-o até de bastante mau gosto, mas é verdade: uma companhia de teatro de Barcelona resolveu encenar sequestros, o chamados projecto Simuladores: pela “mera” quantia de €400 pagos pelo próprio e depois de assinado um contrato em que a falsa vítima se responsabiliza por tudo o que vai sofrer e pelos sustos que vai apanhar sem que denuncie a empresa que lhe vai proporcionar este “serviço”, os falsos sequestradores seguem-te e vão-te conhecendo os hábitos e a certa altura pumba!... raptam-te - isto com o intuito de te proporcionarem a oportunidade de ter sensações fortes - e mantêm-te em cativeiro até não aguentares mais...

... ou até eles não aguentarem mais?...

De qualquer das formas só espero que este hobby não se torne moda... até aqui felizmente que no espaço de 2 anos só 12 malucos é que se sujeitaram a este tratamento de choque...

Parabéns a você!

Tra la la la la la
Tra la la la la la
Tra la la la la la la la
Tra la la la la la

Hoje esta sacola faz precisamente 2 aninhos de vida! Dois anos bastante divertidos e extremamente variados.

Um grande beijinho e obrigada a toda a malta bacana que me tem acompanhado aqui nas parvoíces, notícias bizarras e deambulações peudo-científicas, nas celebrações de todas a espécie, nas viagens, nos concertos, nas idas à praia e banhos de sol na minha varandinha, nas sondagens insólitas, no futebol, nos passeios de bicicleta, nos conselhos de beleza e sobre dietas mais ou menos eficazes, nas alturas em que vou “aos arames” com qualquer tema mais polémico e que têm seguido o meu amor por tudo quanto é bicho fofinho, pela boa vida – e pelo Cristiano Ronaldo, é claro.

Bom Domingo! E voltem sempre que queiram!

Como em Hollywood
Todos temos certas músicas que por um motivo ou outro nos marcaram e por conseguinte associamos a momentos especiais. Por exemplo nos nossos primeiros meses de namoro o cara-metade e eu não nos fartámos de ouvir o Michael Bolton (é verdade…) e até hoje as músicas dele são as “nossas” músicas.
E às vezes quando vou ao cinema ponho-me a pensar em como seria se todas as cenas da nossa vida tivessem direito a banda sonora, como é o caso nos filmes: harpas e violinos para os momentos tristes, música macabra para os momentos de mais perigo, música romântica para os encontros amorosos, música pop para os momentos alegres, etc e tal.
Entretanto a filha de Nicole Kidman e Keith Urban, que nasceu a 7 de Julho, já sabe como é: precisamente por ocasião do seu nascimento a mãe compôs-lhe uma banda sonora para acompanhar o parto. Nesta incluiu, entre outras, músicas do seu marido (claro), que é cantor country, e do flautista irlandês James Galway de quem é grande fã…
… um parto digno de Hollywood, portanto…

À francesa
E para além dos conselhos simples de beleza também me agradam os conselhos simples referentes à saúde.
Recentemente ouvi falar de um que me surpreendeu: que segundo Brian Wansink, um perito em alimentação, comer como os franceses ajuda a manter a linha. Claro que imaginei logo croissants e brioches, patés e vinhaça, o que me fez logo um pouco céptica até ler o resto do artigo. É que não se tratava de uma pesquisa sobre o que comer mas como comer: nela comparavam os hábitos alimentares de um grupo de franceses e um grupo de americanos com o foco em quando paravam de comer; enquanto que os franceses terminavam a refeição quando se sentiam cheios e saciados, como qualquer pessoa normal, os americanos fiavam-se mais em sinais exteriores como o prato estar vazio, ou se os outros em redor da mesa já tinham acabado de comer, ou (típico americano!) se o programa de televisão que estavam a ver enquanto comiam tinha chegado ao fim, acabando por comer mais – e por conseguinte por pesar mais que quem pare de comer quando se sinta saciado.
É por isso talvez que intuitivamente sempre me chateou ver pais insistirem com os filhos para que comessem tudo o que tinham no prato, até à última migalha. Porque cada um é que sabe se ainda tem fome, não?…

O tomate
Adoro daqueles conselhos de beleza que são tão fáceis de seguir que até eu sou capaz. Como o clássico das rodelas de pepino debaixo dos olhos contra as olheiras.
Há dias li outro, que até me deixou contente porque até já o seguia sem saber: sabiam que comer tomate previne o desenvolvimento de rugas e as queimaduras solares? Isto segundo um estudo da University of Manchester referido no jornal The Independent em que concluiram, que ingerir puré de tomate diariamente parece reduzir o risco de apanhar um escaldão 33%.
Os cientistas afiliados ao projecto pensam que é o lycopen, um antioxidante que se encontra em abundância no tomate e que lhe dá a sua característica cor avermelhada, que tem a propriedade de proteger a pele. E que o que ajuda a proteger contra as rugas é um péptido (corrente de aminoácidos) do tomate chamado prokollagen, que mantém a pele jovem e cheia de vida.

…

Adivinhem o que vai ser o meu almoço… ;-)

Anti-climax

Juro que desta vez nem fui eu que inventei nada sobre o tema supostamente científico que vou referir aqui hoje. Li-o num jornal... mas achei tanta piada e tão bizarro, que bem podia ter sido eu a inventar.

Parece que um grupo de físicos se resolveu a desafiar a teoria da relatividade do Einstein, tentando investigar se a anti-matéria não segue as leis da gravidade e se comporta de forma oposta à matéria que cai para o chão quando se larga. Dizem que tudo no universo tem o seu oposto e que no caso da matéria, composta de partículas e átomos, deve haver para aí anti-matéria algures. Ou seja, os físicos esperam que esta dita anti-matéria suba para o ar em vez de cair para o chão, o que a seu ver seria revolucionário.Bem, a certa altura no artigo começaram a falar de anti-átomos para aqui e anti-partículas para ali e anti-universo com anti-estrelas, anti-sol, anti-terra e anti-pessoas para acolá e perderam-me, confesso. De modo que não cheguei sequer a apanhar o raciocínio em de repente me virem com uma conversa sobre o anti-ego e se eu tivesse o azar de encontrar o meu anti-ego na rua, puf, evaporava-me e tornávamo-nos energia por sermos os opostos um do outro.

Já parecia a conversa dos smurfs, lembram-se? ”Não me smurfes o smurfo, senão fica tudo smurfado”.

Para além do mais, as bolas de sabão sobem, não caiem, por isso qual é mesmo a novidade?

O emprego de sonho de qualquer mulher

Como dito (e nem sequer estou a procrastinar) adoro o que faço e nunca pensei mudar de ramo; mas se um dia por acaso mudar de ideias, já sei o que escolher: vou trabalhar para uma chocolataria.

Inspirei-me quando há dias li um anúncio no jornal – procuravam empregados a tempo integral para uma das mais conceituadas chocolatarias de Copenhaga, a Peter Beier, que tem várias lojas, secção de cafetaria e fabrico próprio de chocolate de alta qualidade – e uma fonte de chocolate derretido que é de arregalar o olho. E eu até acho que me qualificaria: pediam nomeadamente pessoas que gostassem de prestar serviço ao público e de usar as mãos – em que sentido não percebi bem, mas imagino que seja para decorar as montras e fazer embrulhos bonitos e tal e aos poucos ir aprendendo a fazer chocolates, já que proporcionam formação de chocolateiro e tudo – que tivesse sentido de responsabilidade, capacidade de cooperação mas também de trabalhar de forma independente. Sentido de humor e bom astral era essencial bem como uma paixão pelo chocolate.

Bem..., se chocolate negro, eventualmente com uma pitadinha de sumo de laranja, também contar talvez me candidate um dia... nham nham :-P

(foto mais abaixo: Erik Refner)

Primeiro dia de bules
Buááááááááá!... Acabaram-se as férias e hoje já vou trabalhar!... :-S Não me entendam mal: eu adoro o meu trabalho, mas já estou como uma colega minha amiga, que costuma dizer que o trabalho sofre de publicidade enganosa, sendo valorizado em demasia – ou seja: por muita satisfação que me dê o meu emprego, prefiro férias, é claro ;-) Ai, mas onde é que foram parar 3 semanas de lazer? Eu só pergunto…
Felizmente que conto com um dia relativamente calminho para começar – como é costume vai haver tantos mails e mensagens à minha espera e pessoas para cumprimentar e novos casos em que me orientar, que nem vou ter cabeça para mais nada.
Adeus fériazinhas bacanas! Até daqui a bastante tempo… e agora força e há que aproveitar o voltar com as energias renovadas.
E ainda tenho possibilidade de fazer uns bons dias de praia depois do trabalho, se entretanto estiver tempo para isso, portanto as férias ainda não terminaram por completo.
...
... se eu continuar a repetir isto muitas vezes durante mais umas horitas - ou alguns dias - talvez até me venha a mentalizar ;-)

Desculpas esfarrapadas e histórias mal contadas
Há certas pessoas que não sabem inventar desculpas e são tão mázinhas a mentir, que são logo apanhadas, porque cada explicação parece uma telenovela venezuelana com actores sem pinga de naturalidade.
Há dias li uma mas piorzinhas vinda de Los Angeles: supostamente um larápio foi apanhado em flagrante pelos donos da casa em que entrou. Confrontado com o que ali estava a fazer, o gatuno veio com uma história de que era uma caça ao tesouro e que lhe tinha sido dada uma tarefa a desempenhar na casa deles – nomeadamente dançar para os donos da casa. Claro que o tipo estava em péssima forma e nem sequer tinha feito a barba e portanto não foi nada convincente com os seus passos de dança. E ainda teve a lata de lhes pedir o número de telefone supostamente para provar aos supostos amigos que lá tinha ido dançar e portanto completado a sua tarefa (claro que não ganhou nada com isso, porque o único parvo presente era mesmo ele) e já a caminho da porta ainda deu um apalpão à dona da casa.
Este é o segundo “crime” deste género em Los Angeles este ano. Mas a polícia ainda está sem quaisquer pistas no caso. Partem da teoria que o gajo ou é ladrão, ou é um tarado sexual qualquer.
Cá para mim provavelmente é um ladrão com uma tara qualquer, mas sei lá...

Métodos bélicos

Sou absolutamente contra o uso de tortura como método de guerra – e já agora sou contra a guerra também – mas há dias não pude deixar de me rir à gargalhada com a criatividade dos americanos neste campo. Esqueçam a pancada, o arrancar de unhas e o waterboard; já passaram de moda. Agora utilizam métodos mais fortes, nomeadamente o hard rock...

... passo a explicar: desde 1989 durante a invasão do Panamá que usam um método infalível – bombardear o inimigo com êxitos irritantes da música pop e hard rock, até que este se renda. Imagino que aquilo seja Modern Talking, Sabrina, AC/DC, Mötley Crüe, Judas Priest e Twisted Sister a toda a hora.

Coitados dos prisioneiros de guerra: depois de horas e horas daquilo de certeza que já preferiam um enxerto de porrada.

Mmmm...

E será que a Convenção de Genebra permite o uso deste método tremendamente doloroso de tortura musical? É que há limites...

Enfim, manias…

Continuando numa de manias volto a abordar um tema que já me exaltou anteriormente, nomeadamente as ideias fixas de certos pais de darem nomes sui generis (ou seja: idiotas) às crianças – e nem me estou a referir a “Katia Vanessa”: ainda há nomes que não são permitidos pôr aos filhos como “penico” ou “camião”. Mas podem apelidá-los de Europa, Maçã, e sei lá que mais.

Recentemente um casal dinamarquês, obviamente amantes da botânica, ficaram muito revoltados por não poderem dar à filha o nome de “rododendro” apesar da sua insistência…

… francamente!... Mais valia mandarem a criança para a escola com um cartaz nas costas a dizer ”batam-me”… :-S

Cuidado com os autocolantes!…
Há certas pessoas que têm a mania de pôr um autocolante no vidro traseiro do automóvel; dão nas vistas pelas mensagens que ali escolhem afixar, que são dos mais variados tipos, desde o ”crianças a bordo” até ”não é vergonha nenhuma ir atrás de um benfiquista”, passando pelo estilo mais agressivo e competitivo, por exemplo: ”pode ser que o meu carro seja pequeno, mas ultrapassou o teu”.
Até aqui pensava que eram manifestações inocentes, mas parece que não: li recentemente que cientistas da Colorado State University depois de muitas pesquisas tinham chegado à conclusão que condutores com autocolantes no vidro de trás têm 16% maior potencial para mostrar agressividade ao volante do que condutores sem estes autocolantes.
O mesmo se aplica àqueles que personalizam o popó com matrículas especiais, vários tubos de escape, rodas especiais e aparelhagens enormes; isto supostamente porque dar um toque pessoal ao veículo supostamente se compara a demarcar o seu território e as pessoas por isso se esquecem que a estrada não é só deles.
Da próxima vez que me deparar com cenas destas mudo logo de faixa para evitar sarilhos.

Moradia alternativa
Volta não volta temos de voltar ao Japão, onde os costumes são tão sui generis e se passam as coisas mais bizarras e insólitas. Mas mesmo assim, uma pessoa ainda fica surpreendida. Li por exemplo há dias que segundo a Yahoo News uma mulher japonesa sem abrigo de 58 anos foi descoberta na casa de um homem que não conhecia – aparentemente tinha morado num dos seus armários um ano inteiro sem ele dar por nada. Comia-lhe a comida, quando ele não estava em casa e tinha instalado um colchão dentro do armário. Mas a certa altura não sei se lhe esvaziou por completo a despensa se quê, mas o facto é que ele ficou desconfiado de que ali havia gato (neste caso era mulher, mas pronto…) e montou câmaras de segurança em casa, o que a apanhou em flagrante.
Claro que ela foi presa por trespassar em propriedade alheia.
Mas eu só pergunto a quem é que passa pela cabeça instalar-se num armário de um estranho?!… Só mesmo no Japão, pá!…
...
Bem, e o que vale é que os meus armários estão tão cheios, que não cabe lá mais nada, evitando assim de certeza a moradia de intrusos malucos :-)

Vivo num país tropical
Mesmo apesar das mudanças climatéricas que têm vindo a aumentar as temperaturas médias, nunca passaria pela cabeça de ninguém pensar na Dinamarca como sendo um país tropical. Pois não? E hoje nem é. Mas acreditam que já foi?...
Pois é: há uns tempos atrás encontraram cá fósseis de manguezal vivípara, também chamada mangue-vermelho (Rhizophora mangle da família das Rhizophoraceae), uma planta que hoje se encontra por exemplo ao longo das costas tropicais brasileiras e da África Ocidental e América do Sul.
E mais recentemente foram encontrados esqueletos fossilizados de papagaio supostamente datados de 55 milhões de anos numa pedreira em Mors, uma localidadezinha insular no norte da Dinamarca. Que não só é uma surpresa, pois a Escandinávia não é propriamente conhecida pela sua população de passarada tropical selvagem, mas também o mais antigo vestígio conhecido de vida papagaia a nível mundial e como tal vai ter direito a artigo a publicar no número mais recente da revista britânica Palaentology. Ao que tudo indica talvez os papagaios se tenham desenvolvido primeiro no hemisfério norte, tendo-se espalhado daqui até ao hemisfério sul, onde hoje são predominantes – já que os mais antigos vestígios no hemisfério sul não passam dos 15 milhões de anos.
O papagaio dinamarquês já tem nome: foi apelidado não de Louro ou Pepito, mas quase: chamaram-lhe Mopsitta Tanta – ou Danish Blue, para os amigos, inspirado no famoso sketch dos Monty Python de 1969 sobre o papagaio defunto em que o John Cleese é um cliente que tenta convencer o vendedor na loja de animais, protagonizado por Michael Palin, de que lhe vendeu um papagaio já morto e em que este último e não se deixa convencer e vem com uma desculpa esfarrapada sobre uma tal raça de papagaios norueguesa chamada ”Norwegian Blue”, que tem comportamentos sui generis.
Segundo David Waterhouse o paleontólogo irlandês que fez esta extraordinária descoberta o Mopsitta Tanta seria do tamanho de uma catatua amarela.
Que mais irão descobrir de revolucionário? Pinguins no deserto do Sahara? Ou camelos no Polo Norte?…
(fotos: scanpix, NF)

Já quase de regresso

Hoje já nos vamos. É pá, 15 dias passam tão depressa!...

Vou ter imensas saudades dos nossos amigos e família. E de Portugal, o nosso jardim à beira-mar plantado, a terra:

~ da boa pinga e boa sardinha assada (ontem ainda deu direito a sardinhada com pimento assado, nham nham)

~ onde os carros estacionam no passeio e os peões têm de andar pelo meio da estrada (lá isso não deixa saudades…)

~ onde se atira lixo ao lado do contentor e os cães andam ao abandono (idem…)

~ onde o futebol ocupa mais de metade do Telejornal e o único sítio do mundo em que um homem tem de ser do Benfica para ser bom chefe de família (??? :-D)

~ dos passeios artisticamente calcetados por nenhuma razão em especial, dos patamares quase sempre de mármore e dos painéis de azulejo nos sítios mais inesperados

~ onde o sol de Verão não tira férias – está sempre a aquecer!

~ do bom temperamento e informalidade

~ dos infinitos cafés, das pastelarias e dos restaurantes sem pretenções – não é preciso, quando a comida é de categoria

~ onde ainda se põe orgulho no serviço ao público (na Dinamarca, pelo contrário, é praticamente tudo self-service e não têm a mínima mentalidade de serviço, por isso quando venho para aqui fico tão mal habituada, he he he).

(fotos: vida de praia)