segunda-feira, abril 30, 2007

Notícias caricatas
Segundo uma sondagem (notem bem!) levada a cabo recentemente, os dinamarqueses estão a ficar mais do que fartos de sondagens (e esta, hein?). Isto porque nos últimos anos se têm levado a cabo sondagens em quantidades industriais devido a um novo tipo de jornalismo em que a sondagem é o ponto de partida de uma qualquer notícia. Não é fora do habitual haver 2 ou 3 notícias deste tipo no jornal, onde se medem as opiniões da população sobre isto ou aquilo. Esta exposição mostruosa às sondagens tem para além disso causado cepticismo gradual em relação às suas conclusões: 46% dos inquiridos na sondagem em questão estão “de acordo” ou “muito de acordo” em como não se devem levar a sério as sondagens nem o seu uso nos meios de comunicação, enquanto que 26% “discordam” ou “discordam bastante”.
Se mesmo assim se continua a participar em sondagens é possivelmente devido ao facto de que 43% dos inquiridos estão “de acordo” ou “muito de acordo” em como as sondagens dão a possibilidade de influir no debate do dia, enquanto que somente 13% “discordam” ou “discordam bastante” com este ponto de vista.
O engraçado e curioso, ou talvez o trágico da questão é que me inspirei em duas versões desta notícia de dois jornais diferentes: os números que referi vinham no Destak (cá Urban), enquanto que já o MetroXpress citava a Ritzau não sobre 40 e tal procento mas “mais de 50%”. Estão a ver o que isto faz a credibilidade?... Já para não falar na importância de como é formulada a pergunta...

domingo, abril 29, 2007


Batizado
Daqui a pouco tenho que me ir vestir e aperaltar para irmos ao batizado do bebé de uma amiga (na igreja muito típica dinamarquesa na foto). Como o tempo passa: parece que ainda ontem tinha vindo ao mundo e já está com idade para ser batizado – uma cerimónia cujo significado, é claro, ainda não percebe, mas que espero que venha a entender e a valorizar pessoalmente um dia.
Parabéns, ervilhinha!

sábado, abril 28, 2007


Is it a bird? Is it a plane? It’s - Superman!
Todos precisamos de super-heróis quando somos pequenos. Uns gostam particularmente do Homem-Aranha ou do Batman. Mas o mais popular dos super-heróis de todos os tempos é talvez o Super-Homem, que conhecemos de inúmeros desenhos animados, bandas desenhadas e filmatizações inesquecíveis.
Os fãs do Super-Homem talvez achem curioso o facto de que, segundo a Ritzau, um grupo de geólogos recentemente encontrou criptonite, a única substância com o poder de neutralizar os poderes do nosso super-herói. A sério: existe na Sérvia e como a criptonite dos filmes consiste de nátrio, lítio, boro, sal com quísel e hidróxido. Se também é verde radioactivo é que já não sei.
Por isso, põe-te a pau, Super-Homem, porque já não é ficção!

sexta-feira, abril 27, 2007

Vai um, cocktail?
Boas notícias, pessoal: um grupo de cientistas americanos concluiu recentemente, depois de vastos estudos, num artigo no Journal of Science of Food and Agriculture, que é mais saudável beber um cocktail de morango do que comer morangos. Isto porque o álcool faz sobressair as boas qualidades do morango, tornando-o ainda mais saudável. Quando o morango é misturado com álcool, o etanol ajuda a optimar o nível de antioxidantes no morango, e por sua vez estes previnem os efeitos nocivos dos radicais livres e protegem por conseguinte contra o cancro, doenças nervosas e Alzheimer. O mesmo se aplica aos mirtilos, amoras e groselhas.
São ou não são boas notícias?
Para celebrar aqui vai uma receita rápida:

Daiquiri de morango
1 porção de rum branco
½ porção de créme de fraises
½ porção de sumo de limão
4 morangos maduros
gelo partido
1 morango às fatias para decoração
1 raminho de menta para decoração

Misturar o rum, o créme de fraises, o sumo de limão, os morangos e o gelo na batedora durante 5 segundos a baixa velocidade e depois 20 segundos a alta velocidade. Deitar a bebida num copo gelado e decorar com as fatias de morango e o raminho de menta.
Bom fim-de-semana! : )
(fotos abaixo: TulipFleurs @flickr.com)

quinta-feira, abril 26, 2007

O melhor!
(e a propósito de prémios)
Quem é que há dias foi galardoado como o melhor jogador (e ao mesmo tempo o melhor jovem jogador) da Premier League em Inglaterra?... Quem foi, quem foi?...
Meu senhores e minhas senhoras:
nada inesperado,
nem mais nem menos do que the one
- and only -
Cristiano Ronaldo!!!
Parabéns!

quarta-feira, abril 25, 2007

Boletim de última hora
Não tenho sorte no jogo, só no amor : ) E nunca costumo ganhar nada. Mas hoje fui galardoada pela Dulce com um prémio, o Thinking Blogger Award, que segundo percebi é um prémio que promove a transmissão de memes, ou seja de ideias, pensamentos e informação, de uma mente para a outra. Depois de muito ponderar elegi os blogues que se seguem, porque gosto muito de os ler e me fazem pensar:

Triplicado, um blogue que joga com palavras e imagens de forma soberana.
Escrevo porque não consigo dizer (ex-a blogar é que a gente se entende), porque a blogar é que a gente se entende : ) Gosto da franqueza das confissões quotidianas.
Positivamente, um blogue de conteúdo positivo e bem-disposto.
O cantinho da lena, escreve bem mas pouco e quero ver se lhe curo a preguicite.
Mimo e maresia, é contra as regras retornar ao mesmo, mas teve de ser : ) Gosto dos pequenos pensamentos e reflexões honestas.

Agora é a vossa vez, meus honrados contemplados, de passarem o prémio a outros!

O amor – 6 (o amor ecologicamente correcto)
De há uns anos para cá tornou-se uma prioridade, pelo menos no mundo ocidental, onde geralmente não se passa fome, tentar salvar o ambiente. Fala-se em e pratica-se a ecologia, produzem-se colheitas biodinâmicas, tenta-se reduzir o efeito de estufa desenvolvendo outros tipos de combustíveis, recicla-se vidro, papel, etc., etc.
A onda ecológica até já chegou à esfera amorosa. Pelo menos em Inglaterra, onde cada vez é mais habitual organizar casamentos biodinâmicos: desde os convites em papel reciclado até ao ir a pé até à igreja para evitar o carro; os convidados podem investir em projectos “verdes” em vez de oferecer prendas. O vestido de noiva é num tecido ecologicamente produzido e biodegradável. As flores são silvestres e a festa tem lugar num parque ou na praia.
Caso estejam a pensar em planear um casamento e precisem de ideias biodinâmicas, aqui vai um dos muitos sites: http://www.favorideas.com/wedding-themes/unique-themes/green-or-environmental-wedding-favors/.

terça-feira, abril 24, 2007

O amor – 5
Correndo o risco de soar como uma velha antiquada bota de elástico (ou na gíria da minha irmã mais nova, uma “cota”), diria que o amor nos dias que correm já não é o que era dantes e que o romance atravessa uma fase difícil com muitos e grandes desafios. Não me refiro à minha vida amorosa, que está óptima, muito obrigada, mas a quem esteja para se apaixonar em breve.
Esta minha atitude pessimista é recente e é-me extraordinária, pois sempre fui uma romântica inveterada. Advem de por acaso me ter apercebido de que se tornou do uso corrente ir pesquisar sobre um pretendente ao Google, antes de se ir a um primeiro encontro amoroso. Pelo menos nos Estados Unidos. É supostamente uma maneira excelente de descobrir previamente os fetiches e interesses estranhos do outro, ou o que têm em comum. Mas não dissipará de antemão a magia do primeiro encontro saber demais sobre o outro?
Imagino para além disso que deve requerer disciplina não vir a descair-se por distracção, tipo:
- ele: “Eu gosto de andar de barco e observar aves nos meus tempos livres”.
- ela: “Já sabia...ooops, quer-se dizer... ai sim?”
E quem é que honestamente escreve na net sobre os seus interesses ou tendências mais bizarras? “Sou psicopata e gosto de flagelar pequenos animais”... não, pois não?!
Por curiosidade quando pensei em escrever este post fui-me pesquisar no Google. Quem me pesquisasse só encontraria 3 entradas, todas elas relacionadas à minha vida profissional, o que não é nada de exótico ou deveras interessante. O que diria isso sobre mim em termos de potencial amoroso? Criaria uma ideia de tédio logo à partida? Ou seria um aperitivo interessante?
Ainda assim continuo a preferir os romances “à moda antiga”, em que as informações prévias eram mínimas e tudo estava aberto à fantasia.

segunda-feira, abril 23, 2007

O amor – 4
De certeza que já ouviram falar no fenómeno nova-iorquino a que chamam “speeddating”- encontros amorosos consecutivos em contra-relógio com diferentes potenciais parceiros, em que o que fica é uma primeira impressão, que futuramente poderá dar azo a mais com um deles.
Ora bem, ainda mais recente é o fenómeno do “speedhating”, originado em Inglaterra; e em Londres é o que está a dar de momento: este tipo de encontros, também potencialmente amorosos e igualmente cornometrados, consiste num consecutivo “lavar de roupa suja” e “cortar na casaca“ sobre tudo o que se odeia durante um minuto cada um com o maior número possível de pessoas do sexo oposto durante uma noite. E o terceiro minuto de cada um destes encontros é passado a dar ou não razão às queixas do outro. A ideia é que as coisas que nós odiamos em comum acabam por nos aproximar. Estão a ver a ideia?
Se bem que é um facto que fofocas soubre outrém costumam aproximar quem as partilha, esta deve ser uma maneira altamente negativa e modestamente romântica de se conhecer outra pessoa.
O que acham?

domingo, abril 22, 2007

O amor – 3
Há dois tipos de homens: os que se sentem à vontade e têm facilidade em contactar pessoas do sexo oposto para fins amorosos; e os que se sentem acanhados e não sabem o que dizer nesse tipo de situação.
Foi para ajudar os últimos que Niel e Max (na foto da esq.), dois jovens seguros de si no campo do amor (não se vê logo?), tiveram a ideia de organizar cursos de fim-de-semana. Pela módica quantia de € 700 ajudam-te a aprender na teoria e na prática como compreender e conquistar a mulher dos teus sonhos. Como usar a linguagem corporal, o que dizer para estabelecer contacto e criar interesse (duvido porém que “gostas de panquecas?” seja uma linha tão eficaz como afirmam…), como conseguir o número de telefone dela. E por €1600 também te ajudam a melhorar o visual e o guarda-roupa.
Caso não fiques satisfeito com o curso (o que quer que isso queira dizer…) estás garantido a refusão total da quantia investida.
(Para mais informações ver: http://www.puacademy.com/)
(foto dir.: scanpix)

sábado, abril 21, 2007

O amor – 2
E por falar em amor – Maureen O’Sullivan, uma psicóloga comportamental da University of San Francisco expressou recentemente à revista New Scientist que mentir é moeda corrente e valorizada entre pretendentes e amantes. Enquanto que os homens geralmente mentem sobre os seus ordenados e perspectivas de carreira e sobre promessas de amor eterno e noivado em breve, as mulheres fazem-no não menos mas sobre outros temas, como por exemplo um menor número de parceiros anteriores do que na realidade e sobre a excelente qualidade da sua vida sexual com o novo parceiro.
E apesar de ambos saberem que não é tudo totalmente verdade, parece que resulta: o homem com aparente estabilidade económica e interesse numa relação duradoura cria a imagem de um melhor potencial pai; e uma mulher com poucos parceiros a de uma melhor potencial mãe.
As ilusões também se aplicam ao próprio: um sorriso ambíguo interpreta-se como sinal de interesse. E deitar abaixo o/a ex-namorado/a e idealisar o/a actual alimenta a paixão e satisfação com a relação do momento.
O amor é cego mesmo – que bom! : )

sexta-feira, abril 20, 2007

O amor – 1
Cada vez mais pessoas encontram o amor em sites de netdating na Internet. Como descrevi há meses atrás, nos meses de Inverno até se fazia fila, tal era o desespero para encontrar parceiro(a).
E não sei se há certos grupos que têm particular dificuldade em arranjar namorado(a), ou se estes mesmo grupos, pelo contrário, são particularmente atraentes. O certo porém é que há cada vez mais sites amorosos para grupos específicos: reclusos a cumprir penas de prisão, camionistas (truckdating.dk), carteiros (postdating.dk), lavradores (farmerdating.dk), pessoas bonitas (beautiful-people.dk), pessoas fisicamente activas (fitnessdating.dk), cristãos (kristendating.dk), pessoas com animais de estimação (petdating.dk) e tarados sexuais (engansknald.dk).
Por este andar, não tarda haverá sites amorosos para professores frustrados, pessoas com verrugas no nariz, agnósticos semi-crentes, fetichistas de pés e sapatos e outras pessoas com hobbies estranhos.

quinta-feira, abril 19, 2007


Digital
A minha máquina fotográfica velhota, que me deu inúmeros problemas durante os últimos anos – e pelos vistos segundo os peritos afinal nunca foi grande coisa (bem me parecia!...) – pregou-me a última partida em Itália: no fim das férias já se recusava a receber e rebobinar os rolos. Fartei-me de vez dos seus amuos e “fitas“ e despedi-me dela lá. Caixote do lixo!
Se bem que tenha uma máquina fotográfica de reserva baratucha, quem me conhece deve imaginar que desde então tenho andado “em pulgas” para adquirir uma máquina de jeito. E anteontem finalmente encontrámos a máquina fotográfica dos nossos sonhos, com bastante desconto (isto a propósito daquela conversa dos saldos): pequenina, maneirinha, avançadíssima e – finalmente – digital!
Agora ando entretida a ler manuais minuciosamente e a descobrir funções que jamais tinha imaginado; e a tentar habituar-me àquilo de tirar uma fotografia apartir da imagem no ecrãzinho, em vez de olhar pela janelinha (creio que também é possível, mas ainda não cheguei a essa parte…).
Não tarda nada estarei de volta em força, armada de máquina fotográfica. Por isso preparem-se : )

quarta-feira, abril 18, 2007

Modas
… e por falar em modas, li há dias algo de surpreendente mas ao mesmo tempo tão lógico, que foi de estranhar ninguém ter pensado nisso antes: sabiam que roupa de marca para crianças pode ser uma das razões para a obesidade infantil? Especialmente nas raparigas, segundo um grupo de cientistas da University of London, que concluiu que a roupa da moda, para além de impedir que as raparigas se movimentem, corram e saltem livremente, as inspira a ficarem sentadas para parecerem mais femininas. As mulheres, pá!...
Há quem comece a ser apologista da reintrodução de uniformes escolares. Por todas as razões e mais uma começo a dar-lhes razão...
(foto: dã @ flickr.com)

terça-feira, abril 17, 2007


Para ser gozado tudo serve (e de pequenino é que se torce o pepino)
O recreio sempre foi arena de pequenos e grandes dramas, palco da criação de hierarquias sem dó, de gozos e maus tratos dignos da atenção dos graúdos, mas que muitas vezes passam despercebidos, invísiveis a olho nu. As vítimas são sempre as que se destacam por serem diferentes: a miúda fanzina, o rapaz ruivo com sardas, o de óculos, o gordinho, quem se sai mal e tem más notas, ou quem tem as melhores notas. A mais alta, o mais baixo da turma. Quem não tem o brinquedo da moda ou a roupa das marcas certas.
Sei-o de primeira mão: nunca tive o aspecto certo nem a roupa ideal, era envergonhada e calada, boa aluna e nunca aprendi a defender-me – uma combinação péssima para quem queira ser popular ou aceite, ou pelo menos não queira dar muito nas vistas.
Mas parece que hoje já nem as cuecas podem ser anónimas. Quem não apareça nos balneários com a roupa interior que esteja em voga corre o risco de ser gozado, estigmatizado, de passar o resto do ano lectivo à parte – ou por vezes o resto da vida num ostracismo irremediável.
Mas onde é que já chegámos nesta nossa sociedade de abastança, em que quem não se conforme da cabeça aos pés sofre as consequências da nossa mente já desde o berço infinitamente obtusa?
Os meus heróis costumam ser os indivíduos que não se subjugam nem sujeitam ninguém a esta visão das coisas, que não se deixam ditar por modas, cuja auto-estima é indomável. Sempre quis ser um deles...

segunda-feira, abril 16, 2007


Saldos
Os saldos já lá vão, e não tarda começam os próximos.
Talvez a memória me falhe, mas quando era miúda só me lembro de haver saldos duas vezes por ano e em alturas bem demarcadas. Agora parecem ser constantes, intermináveis. E metade do globo, mais precisamente a metade feminina (e nem vou mencionar um ou outro caso extremo que conheço...), parece ser menos imune a deixar-se levar por uma boa oferta na loja favorita – as calças que sempre desejei ter, ou os sapatos dos meus sonhos à metade do preço!... Para tornar a situação ainda mais irresistível e aliciante contribui um tipo especial de lógica ou mentalidade económica: voltando ao par de sapatos, costumam custar €300, mas agora e supostamente durante um período limitadíssimo de saldos só custam €200. Se eu os comprar não gasto €200; não: eu poupo €100! E quem não gosta de poupar uns cobres, ou até mesmo ter a sensação de praticamente ter ganho dinheiro?
Por essa ordem de ideias mais valia uma pessoa despedir-se e ganhar dinheiro comprando autênticas pechinchas – se não fosse o mínimo detalhe do financiamento inicial... : )

domingo, abril 15, 2007

Rir é o melhor remédio 2
Para além das qualificações profissionais, nos últimos anos tem cada vez mais ficado em voga apostar no recrutamento de empregados com as qualificações pessoais certas para o perfil da empresa. Raro é o anúncio que não traz uma lista de qualidades desejáveis: flexibilidade, empenho, lealdade, maturidade, motivação, empatia, espírito de equipa, etc. etc. etc.
Para além destas óptimas características, recentemente também já se começou a dar valor ao sentido de humor, uma vez que é importante para um bom ambiente laboral. Muitas firmas até já começaram a aplicar um teste (chamado KP Explorer e desenvolvido por uma firma de consultores de psicologia do trabalho) para avaliar o de sentido de humor dos candidatos durante as entrevistas. O teste em questão, como tantos outros testes demasiado óbvios ditos de personalidade, consiste em várias perguntas tipo “numa escala entre o muito humorístico e o muito sério, onde me encontro?” Ou quem conduz a entrevista descreve uma situação hipotética e pergunta ao candidato se consegue ver a parte humorística da questão. Ou pede-lhe para dizer se concorda ou discorda com frases como: “uma gargalhada pode salvar um mau dia de trabalho”, “ eu consigo encontrar o humor até nas tarefas mais aborrecidas”, “eu não gosto que os meus colegas ‘entrem’ comigo”, “pessoas que se riem demasiado no emprego normalmente não fazem nenhum”, “eu gosto de fazer brincadeiras com os meus colegas”, “tenho demasiado que fazer para vir com chalaças” ou “piadas distraem demasiado”.
Tenho a sorte de ter colegas com excelente sentido de humor e com quem posso estar na galhofa de vez em quando, o que torna o dia-a-dia laboral mais leve e motivante. Mas isso nota-se logo, não foi preciso fazer-lhes perguntas parvas.

sábado, abril 14, 2007

Rir é o melhor remédio 1
Há certas situações tão incómodas que só uma boa gargalhada ajuda a aliviar os ânimos e a descongestionar o sistema nervoso. Há outras situações porém em que o efeito positivo de uma gargalhada já é mais imprevisto e surpreendente.
Como há dias em que um assaltante entrou de faca em punho num 7-Eleven em Copenhaga e tentou ameaçar a empregada a entregar-lhe o dinheiro que tinha na caixa. Em falta de melhor o gatuno, para encobrir a cara, tinha-a envolvido em tecido, o que lhe deve ter dado o aspecto de múmia. Perante um disfarce tão sui generis, a empregada em vez de se assustar começou a rir à gargalhada, o que deve ter deixado o larápio tão confuso, que este recuou e se esquivou da loja sem qualquer fruto da tentativa de roubo.
Ficar imóvel, desatar a chorar ou, como neste caso, a rir são reacções nervosas normais sob choque, se bem que deve ser a primeira vez na história que alguém se ri quando vítima de um assalto à mão armada. Por outro lado deve ser também a primeira vez na história que um ladrão com aquele aspecto espera ser levado a sério.

sexta-feira, abril 13, 2007


Sem fumo
Quem não experimentou já estar a tentar apreciar uma bela jantarada num restaurante a uma mesa de não fumadores e ser incomodado profundamente pelo fumo de outrém já no fim da sua refeição a poucas mesas de distância?
Aliás nunca percebi o conceito de haver mesas para fumadores e não fumadores no mesmo estabelecimento. Alguém imagina que o fumo chega a uma barreira invisível e pára ou volta para onde veio, “ai, perdão, apartir daqui é a area de não fumadores”?! Não, pois não?
Como não fumadora alegro-me pelo facto de cada vez mais estabelecimentos introduzirem uma política e prática antitabagistas – quem quer fumar abandona o local para que chateie e prejudique o menor número possível de pessoas nas suas imediações. Na Dinamarca já há mais de 190 cafés e restaurantes totalmente sem fumo (excepto se o cozinheiro deixar queimar o guisado…).
O desafio mais difícil é levá-lo a cabo em bares; alguns começaram a título de experiência a ter certos dias sem fumo, o que por um lado tem desencadeado protestos e por outro expressões de agrado, se bem que seja uma semi-solução, já que as particulas nocivas do tabaco do dia anterior permanecem no ar, nas cortinas, nas mais pequenas frinchas.
Na Dinamarca ¼ da população é fumadora – insurgem-se, acham-se discriminados. Mas porque haveriam de continuar a ter direito de infestar o ar dos restantes ¾ ?
Prontos para sair?
Bom fim-de-semana!

quinta-feira, abril 12, 2007

Apetrechos indispensáveis
Já lá vai o tempo em que o leitor de CDs (ou, para os mais “idosos”, de cassetes) era um apetrecho avançado e essencial para longas distâncias na viagem de automóvel. Mas com os novos computadores de bordo é cada vez mais possível tornar o automóvel no que se quiser: uma sala de cinema, um palco de concertos ou um escritório. Qualquer condutor com respeito por si próprio já tem pelo menos leitor de DVD, sistema de navegação (por exemplo GPS), ar condicionado e aparelhagem com mp3 (ou seja: não tenho o mínimo respeito por mim própria...). E no futuro será possível mandar e receber emails e ter acesso constante à internet, ver canais de TV digitais e apanhar estações de rádio por satélite. Enfim, viver ao volante como se estivesse em casa.
Amante da boa cozinha e da boa vida como sou, também não me importava que os novos automóveis viessem com um restaurante de 5 estrelas com adega própria, uma rede para passar horas esticada a dormitar e a apanhar sol através da clarabóia, ou um pacote de massagens ad libitum.

quarta-feira, abril 11, 2007

Que é que explora o melhor amigo?
Às vezes o ser humano é tão insensato e egoísta – e quando mete cifrões pior ainda – que uma pessoa até fica estupefacta, sem palavras, perante certas situações…
... como a do cão em Chengdu, na China, que foi parar ao hospital por fatiga extrema. Não por ter corrido de lés a lés atrás de um osso ou uma bola saltitona. Não: o coitado do bicho foi vítima da ganância da dona, uma tal de sra. Wang, que, dada a popularidade e beleza do canino, resolveu explorar o filão e acasala-lo com o maior número possível de cadelas a troco de uma quantia relativamente elevada. Para ajudar à festa e acelerar os ganhos deu-lhe Viagra. Só que o pobre do cão depois de três “visitas” já estava tão arrasado que teve de ser levado de urgência para ser tratado.
Vida de cão tem muitas facetas, algumas delas bastante sofridas!...

terça-feira, abril 10, 2007

Acabou-se a salmonela
Boas notícias para o consumidor: já existe a tecnologia que de futuro permitirá escolhas reais para cada um de nós na ida ao supermercado. Prefiro produtos produzidos biologicamente? E são suficientemente saudáveis? E os outros que níveis têm de restos de pesticidas e outras substâncias tóxicas? Este frango é tão isento de salmonela e outras bactérias nocivas como diz a embalagem?
Daqui a 2 anos qualquer supermercado terá a possibilidade de ter à disposição do público um scanner que numa questão de segundos revela todo este tipo de informação directamente apartir da superfície de cada produto.
E que mais revelará esta autêntica “bola de cristal”? Como foram tratados os animais antes de chegarem ao matadouro? A que tipo de manipulação genética foram sujeitos estes tomates de cor e sabor perfeitos à vista e ao paladar? Ou que tipo de cera à base de excrementos de besoiros é que torna aquelas maçãs tão luzidias e com aspecto tão irresistivelmente apetitoso?...
... Duvido!...
As garantias ao consumidor têm limites.
(foto: Christina Langpap)

segunda-feira, abril 09, 2007

Novas tarefas (para quem já tem mais do que fazer)
É uma triste realidade que na maioria dos acidentes mais graves de viação estão envolvidos jovens do sexo masculino entre os 18 e os 25 anos. Cabeças de vento irresponsáveis com gasolina no sangue, gosto pelas velocidades extremas e um mínimo de raciocínio sobre os potenciais riscos e consequências.
Para prevenir o mais possível a repetição deste tipo de situações foi sugerido que no futuro os jovens automobilistas, que vez após vez cometam infracções gravosas de trânsito, sejam submetidos a uma análise psicológica para tentar descobrir o que os motiva a comportar-se de tal forma. Se o psicólogo chegar à conclusão de que o rapaz não é suficientemente maduro, este pode ter a carta de condução suspensa durante vários anos, até conseguir demonstrar que é capaz de exibir a consideração e maturidade necessárias.
Uma maneira relevante mas sui generis de empregar psicólogos em situações do dia-a-dia. Parará por aqui? Ou trará o futuro outros tipos de avaliações de maturidade, integridade e capacidade de raciocínio?...
(foto: Scanpix)

domingo, abril 08, 2007

PÁSCOA FELIZ! (fotos: <...Paty...> @flickr.com e Craftmania @flickr.com)

sábado, abril 07, 2007

Malabarismos sincrónicos
É um facto estabelecido, que o cérebro permite e o dia-a-dia feminino exige a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo: por exemplo atender o telefone enquanto se está a mexer a comida ao lume e a dar direcções à família sobre onde está isto ou aquilo que procuram. E é também um facto estabelecido que as mulheres são superiores aos homens neste aspecto, no que em inglês se chama “multitasking”.
Entretanto os cientistas andam sempre a lixar-nos a vida e desta vez descobriram, que isto de fazer muitas coisas ao mesmo tempo talvez não seja tão bom ou aconselhável assim. Que pôr o cérebro a “fazer horas extraordinárias” desta forma o torna mais vagaroso, uma vez que a nossa atenção é mais limitada do que pensávamos.
Visualmente só conseguimos concentrar-nos em 3-4 objectos simultaneamente e mentalmente menos ainda; o que por exemplo tem consequências quando estamos ao volante. Um estudo concluiu que falar ao telemóvel mesmo sem o ter na mão e até mesmo o consultar o GPS para se orientar rouba tempo precioso de reacção quando se conduz.
E já agora vai daqui um apelo: se conduzir, desligue o telemóvel!

sexta-feira, abril 06, 2007


Dar à cauda
Quem, como eu, não tem cão, tem uma ideia muito generalizada e talvez até superficial e errónea sobre o significado dos seus comportamentos. Sempre imaginei que gostassem de correr atrás de bolas que lhes foram atiradas pelos donos ou qualquer outra pessoa com vontade para a brincadeira, de ser coçados na barriga e atrás das orelhas e que dar à cauda fosse sinal de alegria e entusiasmo.
Mas afinal parece que não. Ou melhor: que depende e tem mais nuances: segundo um grupo de cientistas italianos da universidade de Trieste (que comunicaram os seus resultados ao resto do mundo não sei bem como, já que em Itália não se fala senão o italiano, mas isso já é outra história…) há diferença no significado do dar à cauda, dependendo de ser para a esquerda ou para a direita; depois de terem estudado o comportamento de 30 cães em condições de laboratório, sugerem que dão à cauda para a esquerda se é algo de que se querem distanciar e para a direita se é algo de que se querem aproximar. Isto supostamente devido à diferença das funções emocionais do hemisfério esquerdo e direito do cérebro do melhor amigo do homem.
Porém o professor Giorgio Vallortigara, chefe da equipa de cientistas em questão, parece ser um homem realista: para a revista Nature disse que depois da descoberta começou a reparar em todos os cães por que passa na rua, mas que acha difícil registar a direcção em que dão à cauda fora de um laboratório. Ufa, fiquei aliviada por afinal não me faltar assim tanto a perspicácia: porque a mim sempre me pareceu que os cães estão sempre a dar à cauda para ambos os lados: para a esquerda, para a direita, para a esquerda, para a direita, para a esquerda, para a direita.

quinta-feira, abril 05, 2007

Discussões astronómicas
Ontem fomos dar um passeio à beira-mar. Estava maré baixa. E como crianças perguntámo-nos: “porque estará maré baixa uns dias e maré alta outros?” Dos nossos dias de escola lembravamo-nos vagamente de ter uma relação qualquer com a gravidade ou o poder de sucção da lua ou coisa do género.
Mesmo com umas bases de conhecimentos bastante frágeis, gerou-se um debate aceso:
- (eu) “Está maré baixa, porque está lua cheia.”
- (ele) “Não é nada disso.”
- (eu) “Mas a lua parece estar mais perto da Terra do que é costume. Deve por isso sugar a água do mar tipo aspirador e deitá-la noutro sítio. Daí a maré baixa.”
- (ele) “Que disparate. A maré fica alta, porque a lua puxa a água e a faz subir de nível em certos sítios.”
- (eu) “Não, não, acho que a lua não está sempre no mesmo sítio; talvez tenha órbitas diferentes que seguem a passagem dos meses e a órbita da Terra à volta do sol. Por vezes está numa órbita mais próxima e afecta as marés.”
- (ele) “Nada disso, bla bla bla.”
- (eu) “Soa absurdo” etc. e tal.
Concluimos depois de várias trocas assim que talvez fosse melhor consultar uma enciclopédia ou a internet quando chegássemos a casa.
A curiosidade estava porém desperta. De modo que o meu cara metade me perguntou de seguida:
- “Estás a ver aquelas nuvens? Vê lá em que direcção se movem!”.
- (eu) “Movem? Não as estou a ver mover-se.”
- (ele) “Movem-se, movem-se – olha com atenção…”
- (eu) “Ah, sim, de norte para sul.”
- (ele) “Qual de norte para sul?! De oeste para este. Mas o vento vem da direcção oposta, já reparaste?”
- (eu) “Pois, mas em contrapartida a explicação é fácil: a milhares de quilómetros de altura a pressão não é necessariamente a mesma que ao rés da terra.”
- (ele) “Milhares de quilómetros? Então quando vais de avião não chegas às nuvens num ápice?”
- (eu) “Hmmm... nunca cornometrei...”
- (ele) “Que amoroso. As nuvens não devem estar a mais de dez quilómetros de altura.”
Rimo-nos os dois – da nossa ignorância e dos mitos e ideias que se criam e estabelecem, quando não se sabe o suficiente ou não se percebem todos os factos, apesar de dezenas de anos de escolaridade e livre acesso à informação.
Lembrei-me dos mitos com que os povos antigos explicavam fenómenos naturais – como a carruagem que diariamente puxava o sol através dos céus; trovoadas como a manifestação rancorosa dos deuses e as colheitas como um exemplo das suas benesses.
E porque não? Na falta de melhor pelo menos traria um compreensão aceitável a coisas de outro modo imcompreensíveis e por vezes assustadoras.

A título de curiosidade, segundo a Wikipédia, o termo maré refere-se aos fenómenos sentidos num corpo devido à perturbação do campo gravítico causado pela interferência de um ou mais corpos externos. No caso deste artigo, maré é identificado com o fenómeno da alteração da altura dos mares e oceanos, causado pela interferência da Lua e do Sol sobre o campo gravítico da Terra.
Num campo gravitacional terrestre ideal, ou seja, sem interferências, as águas à superfície da Terra sofreriam uma aceleração idêntica na direcção do centro de massa terrestre, encontrando-se assim numa situação isopotencial (situação A na imagem). Mas devido à existência de corpos com campos gravitacionais significativos a interferirem com o da Terra (Lua e Sol), estes provocam acelerações que actuam na massa terrestre com intensidades diferentes. Como os campos gravitacionais actuam com uma intensidade inversamente proporcional à distância, as acelerações sentidas nos diversos pontos da Terra não são as mesmas. Assim (situação B e C na imagem) a aceleração provocada pela Lua têm intensidades significativamente diferentes entre os pontos mais próximos e mais afastados da Lua. Desta forma as massas oceânicas que estão mais próximas da Lua sofrem uma aceleração de intensidade significativamente superior às massas oceânicas mais afastadas da Lua. É este diferencial que provoca as alterações da altura das massas de água à superficie da Terra.
Quando a maré está em seu ápice chama-se maré alta, maré cheia ou preamar; quando está no seu menor nível chama-se maré baixa ou baixa-mar. Em média, as marés oscilam em um período de 12 horas e 24 minutos. Doze horas devido à rotação da terra e 24 minutos devido à órbita lunar.
A altura das marés alta e baixa (relativa ao nível do mar médio) também varia. Nas luas nova e cheia, as forças gravitacionais do Sol estão na mesma direcção das da Lua, produzindo marés mais altas, chamadas marés de sizígia. Nas luas minguante e crescente as forças gravitacionais do Sol estão em direcções diferentes das da Lua, anulando parte delas, produzindo marés mais baixas chamadas marés de quadratura.

Mais iluminados? Pessoalmente vou ter de ler isto muitas vezes e com muita calma para perceber uma terça parte…