
Depois do Street Kiss, a França volta a inspirar com outro fenómeno urbano, nomeadamente o Parkour, ou Le Parkour (frequentemente abreviado PK), que significa percurso ou trajecto (e que até rima com “amour”, mas isso é outra história...). Esta disciplina física e mental, cuja essência parece ser o ser-se útil e eficiente com o movimento, consiste no participante — chamado de traceur, ou traceuse no feminino— passar por obstáculos da maneira mais rápida e directa possível, utilizando somente o que está ao alcance do corpo na forma de várias técnicas como pulo, rolamento e a escalada.
Diz-se que o Parkour é acessível a todos, mas duvido que seja aconselhável a pessoas com casos graves de vertigens (ou com o mínimo senso, mas isto já é a minha opinião preconceituosa...). Os obstáculos podem ser em qualquer ambiente, mas é mais praticado especialmente em áreas urbanas por causa das muitas apropriadas estruturas públicas como prédios e muros. Requer absoluta concentração, avaliação de distância, avaliação de capacidade e avaliação de risco.
Para além do desenvolvimento da força física, resistência e coordenação motora, o Parkour encoraja a que o praticante venha a conhecer os seus próprios limites e os ultrapasse, não se deixando impedir pelos obstáculos à sua frente mas vendo-os como desafios e continuando a desenvolver constantemente a sua força de vontade, determinação e coragem e assim favorecendo o bem estar e a qualidade de vida e educando jovens ávidos por novas experiências. É portando para os seus praticantes não somente um desporto mas um estilo de vida, o caminho para “se encontrar a si mesmo”, aprender a controlar seu próprio corpo e sua mente, tornando-se cada vez mais apto a enfrentar obstáculos físicos e mentais. O traceur é por isso potencialmente um óptimo praticante de outras actividades que requiram auto-controle, agilidade, força e observação.
É comum a praticantes da disciplina que avaliam exageradamente a sua capacidade que se submetam a riscos desnecessários, envolvendo-se em acidentes de diversas gravidades. Mas os seus praticantes costumam adoptar a seguinte frase para descrever parte da sua filosofia: “É ridículo procurar liberdade e acabar quebrado numa cadeira de rodas“. Mesmo assim o Parkour é uma disciplina de duros treinos, em que usando a mente concentrada e o bom-senso, e respeitando os seus limites, acidentes podem ser amenizados ou até evitados. O mais importante é treinar e evitar irresponsabilidades, por isso acidentes relacionados a Parkour são supostamente raros, mas podem ser incrivelmente graves devido a se subestimarem os riscos da prática e a excitação levar jovens a fazer algo de que não se tem certeza de que farão correctamente.
(fonte: Wikipedia)
Portanto, se de repente um dia virem uma criatura a saltar de um prédio para outro, não assumam automaticamente que é um esquilo, pois poderia muito bem ser um praticante destemido de Parkour.
Para mais informações vejam os sites: http://www.parkour.net/ ou http://www.urbanfreeflow.com/.