segunda-feira, março 31, 2008

Os génios do caos
Ainda há dias vim para aqui falar do caos na minha secretária e as consequências que poderia ter a curto e longo prazo. Mas, mas... como em tudo não há coerência nas opiniões acerca deste assunto. Segundo Eric Abrahamson, professor de Management na Columbia Business School e coautor do livro “A Perfect Mess”, parece que o caos na secretária estimula e ajuda a estabelecer acesso à criatividade, isto porque uma pessoa dá de caras com outra coisa do que o que estava à procura e isto envia os pensamentos noutra direcção completamente diferente. No livro concluiu até que é mais arriscado para uma firma organizar excessivamente do que “afogar-se” em desarrumação. E dão exemplos de como detentores de prémio Nobel chegaram às invenções pelas quais foram galardoados precisamente ao acaso, ao inesperadamente encontrarem qualquer coisa nas suas secretárias tudo menos exemplares no campo da arrumação. Enquanto que ordem supostamente dá azo a controle e regras que acabam por travar o processo criativo.
Eis então o meu dilema: dar uma arrumação geral à minha secretária, alimentando assim uma esperançazinha de ser levada a sério pela chefia, ou deixar tudo como está e esperar que o caos me inspire a arranjar uma desculpa perfeita para o mesmo, he he he?

domingo, março 30, 2008


Caretas
Lembro-me que uma das ameaças predilectas dos adultos quando eu era miúda era a do “não faças caretas (ou entortes os olhos), senão um dia ficas permanentemente com essa expressão”. Claro, que nunca me assustou ou impediu de fazer caretas nem de entortar os olhos quando necessário, pois pensava que era mais uma daquelas ameaças veladas como a do papão ou a do ser mandada para o colégio interno se não fosse bem-comportada.
Felizmente mesmo assim nunca fui muito dada às caretas, senão... então não é que este fenómeno da cara ficar com uma expressão permanentemente veio a mostrar-se como sendo real? Pois é: no Japão muitos trabalhadores do sector dos serviços (lojas etc.) aprenderam durante a formação que era essencial ser sorridentes para com a clientela. E como os japoneses já de si são extremamente bem-educados, há muita gente, particularmente mulheres, agora a sofrer do que apelidaram de “permasorriso”, uma expressão facial do estilo do sorriso amarelo que não conseguem mais fazer desaparecer da cara. Esta permanente máscara sorridente é segundo Makoto Natsume, um psiquiatra de renome ligado à universidade de Osaka, prejudicial para o bem-estar psicológico, uma vez que serve para reprimir muitos sentimentos que nunca chegam a ser exprimidos directamente, criando o risco de que se desenvolvam depressões e outras maleitas que tais.
E esta, hein?...
(foto abaixo: Robin)

sábado, março 29, 2008


Trocas
Não há dúvida que apesar de ainda haver necessidade de celebrar o Dia Internacional da Mulher e de lutar pela igualdade de direitos, muita coisa mudou desde os anos 60. Pelo menos é o que afirma um estudo americano, que revelou que o homem moderno trata de 30% das tarefas domésticas, em comparação com os 15% de há 40 anos atrás, enquanto que as mulheres no mesmo príodo reduziram em média 2 horas de tarefas domésticas por semana. O estudo demonstrou também que de 1965 até 2003 o tempo que os homens passam com os filhos triplicou.
Como e porquê?... Se adivinharam que se deve ao facto de quase toda a mulher ser trabalhadora e por conseguinte ter menos tempo em casa, ou devido à luta dos movimentos de emanecipação feminina, não acertaram. A resposta correcta é... sexo. (E não é só por este estudo ter sido levado a cabo por um grupo de psicólogos – é um mito que os psicólogos vêm sexo em todo o lado. A sério!) Sigam por favor o raciocínio: é atraente à mulher que o homem seja útil e prestável, certo? E quanto mais ele faz lá em casa, mais atraente se torna aos olhos dela e por conseguinte, mais ela tem vontade de ter sexo com ele.
Ou seja: um sistema simples de recompensas. São espertos os gajos... :-)

sexta-feira, março 28, 2008

De pequenina
Algumas coisas pode-se dizer que são relativas – por exemplo qual é a melhor música do mundo (para mim há-de ser sempre a música pop), a melhor cozinha (sem dúvida a italiana, nham nham, mas há quem prefira outras), a melhor equipa de futebol (uuui, se digo o Sporting, “massacram-me” aqui, por isso o melhor é ficar calada…), a melhor roupa ou acessórios, etc. etc. Mas noutras o juízo é simples e não deixa qualquer margem para dúvidas.
Por exemplo o francês Nicholas Jacquard, criador do jogo onlineMiss Bimbo” (traduzido à letra “MissPimbaReles”) é sem sombra de dúvida um idiota! Por ter criado um jogo que abre a possibilidade de miúdas entre os 9 e os 16 anos lidarem com assuntos como dietas extremas e operações plásticas. Quando a miúda se regista para jogar é-lhe atribuida uma dita bimbo virtual só sua e a tarefa de a manter escanzelada e lhe proporcionar seios maiores. As participantes competem entre si, tentando criar a bimbo mais cool, famosa e abastada e quanto melhor se sairem, mais “bimbo-dólares” ganham. E com os dólares acumulados ganham a possibilidade de os investir em operações plásticas virtuais, comprimidos virtuais para emagrecer, lingeri e vestidinhos decotados para melhorar ainda mais o visual da sua boneca virtual.O jogo tornou-se de tal modo popular, que só em Inglaterra já há 200.000 bonecas virtuais. Os pais e organizações ligadas aos distúrbios alimentares protestam e avisam contra os efeitos nocivos do jogo, numa era em que raparigas cada vez mais novas lutam com a anorexia, mas o sr. Nicholas Jacquard diz que não e afirmou à Timesonline.co.uk que o jogo só traz efeitos positivos – que as miúdas aprendem imenso tendo de cuidar da bimbo virtual e que aprendem outras lições importantes, como por exemplo que o chocolate engorda e é mau para o corpinho da bimbo, enquanto que comer fruta e vegetais a deixam toda contente.
Era como eu dizia: o sr. Nicholas Jacquard é sem sombra de dúvida um idiota!...
(foto no topo: Thomas Freitag)

quinta-feira, março 27, 2008

Como a tua secretária
Li há dias uma notícia com um título deveras perturbante: nomeadamente que uma pessoa é como a sua secretária, no sentido de a secretária reflectir o seu dono. Porque se pensar no aspecto da minha secretária actualmente... ui!: aquilo é papelada por todo o lado, bilhetinhos para mim própria, meses de relatórios e notas ainda por arquivar, algum pó e migalhas. Uma foto do meu cara-metade e montes de recortes de jornal sobre o Cristiano Ronaldo cuidadosamente organizados debaixo de uma base A3 de plástico transparente – mas aí não há problema, que é a parte mais bonita e arrumada da secretária.
Os entendidos têm a teoria de que o estado de espírito do empregado depende crucialmente do estado da secretária e a decoração que uma pessoa escolhe para ela (neste caso: caos). E que ao mesmo tempo forma a opinião dos colegas e do chefe (oooops: caótica e desorganizada).
Segundo a revista Forbes, Meredith Wells, uma cientista da University of Eastern Kentucky chegou à conclusão de que quem dá um tom mais pessoal à sua secretária geralmente tem mais satisfação laboral (ah, ao menos isso: pode-se dizer que uma foto do cara-metade e a colagem do Cristiano Ronaldo – mais uma foto do craque no ecrã do computador – são toques pessoais – logo é satisfação garantida :-D). Em contrapartida dois estudos levados a cabo por Jeffrey Sanchez-Burks da Ross School of Business da University of Michigan e referidos num artigo na revista Fortune apontam para o perigo de uma pessoa ser vista como pouco séria e profissional, se dá um toque mais pessoal ao seu “pouso” de trabalho (ai, bye bye promoção) ou o faz numa entrevista para um emprego – isto entre os inquiridos de ascendência norte-americana; porque pelo menos os inquiridos brasileiros, como já era de esperar, não pareceram levar a coisa tanto a peito ;-)
(foto: Bax Lindhardt)

quarta-feira, março 26, 2008

Os primogénitos
Lembram-se de eu em tempos ter dito que os primogénitos geralmente são os mais inteligentes (claro! Vê-se logo! E não é só por ser primogénita e infundadamente que venho para aqui afirmar estas coisas) do grupo de irmãos? Li recentemente referência a mais um estudo, desta vez levado a cabo por cientistas da Brigham Young University entre 21.000 pais, que comprova este facto e que o explica com ponto de partida em que em média os filhos mais velhos recebem mais 3.000 horas de atenção dos pais, sem que estes necessariamente se dêem conta da diferença, do que os irmão que vêm a seguir – ou seja mais 20-30 minutos por dia particularmente entre os 4 e os 13 anos de idade. Daí desenvolverem um QI mais alto que lhes possibilita terem altas notas na escola e virem a ganhar mais dinheiro em adultos do que os irmãos mais novos.
Um consolo para os filhos mais novos: olhem, pelo menos não estão constantemente debaixo de olho e têm portanto vidinhas mais divertidas e descansadas do que os mais velhos. Acreditem, que se eu pudesse até trocava!...

terça-feira, março 25, 2008

Coitados dos cães suecos
Isto não é uma piada sobre os suecos. Conheço muitas, mas não vêm para aqui chamadas, uma vez que vamos falar de coisas sérias. Nomeadamente de ao que tudo indica, os cães suecos estarem muito mal. Mas muito mal mesmo. Tão mal que entre 2.000 e 2.500 cães andam a tomar medicamentos antidepressivos. Possivelmente porque têm autênticas vidas de cão – não no bom sentido de serem mimados até dizer basta, mas no sentido de terem donos tão ocupados, que não lhes dão a atenção de que necessitam, nem lhes proporcionam longos passeios e brincadeira ao ar livre, mas deixam-nos passar os dias encafuados em casa sózinhos.
‘tadinhos dos caninos.
Bóbi, vai atrás da bola!
(foto: jaredswafford)

segunda-feira, março 24, 2008

Também nem oito nem oitenta
Há vários aspectos em que o sector público é bastante diferente do privado. E eu que o diga que sou empregada no primeiro: mas quais prendas de Natal? Ou qual salário chorudo? Ou mesmo quais prémios e tal para aliciar uma pessoa qualificada a que se candidate a um emprego? No sector público não há computadores portáteis para uso privado para ninguém, nem telemóveis com todas as despesas pagas, nem massagens na hora do expediente, nem almoçaradas todos os dias, nem passagens de avião para ir a conferências ou cursos de manutenção mais longínquos, nem fins-de-semana em resorts de luxo, nem férias exóticas com tudo pago nas Caraíbas. Mas digo-vos mais: eu nem preciso destas coisas (bem, talvez excepto das férias nas Caraíbas), porque se ali estou não é por falta de ofertas na privada; é simplesmente porque gosto de lá estar. Também porque não me sinto perseguida pelos Recursos Humanos com ofertas irrecusáveis.
Li porém há dias, que o pessoal do sector privado anda a ficar tão farto das tais ofertas sucessivas e cada vez mais luxuriosas, que de futuro a única coisa que os aliciará a candidatar-se a ou ficar num emprego será pura e simplesmente paz e sossego. Ou seja: daqui a uns anos acabam-se as prendas de Natal, os salários chorudos, os prémios, os computadores portáteis para uso privado, os telemóveis com todas as despesas pagas, as massagens na hora do expediente, as almoçaradas todos os dias, as passagens de avião para ir a conferências ou cursos de manutenção mais longínquos, os fins-de-semana em resorts de luxo e as férias exóticas com tudo pago nas Caraíbas. Por outras palavras: mais lhes vai valer vir logo para o sector público, onde sempre foram peritos em deixar os empregados em paz com essas ofertas irrecusáveis ;-)

domingo, março 23, 2008

PÁSCOA FELIZ!
(na Dinamarca os narcisos chamam-se “lírios de Páscoa”)
(foto: osloann @flickr.com)

sábado, março 22, 2008

Começar de novo
Não sei se alguma vez ouviram alguém dizer que nunca é tarde para começar de novo. Até aqui achava apenas bonita a frase e o ideal que implica, mas sem substância, já que nunca tinha ouvido falar de nenhum caso em que tinha sido praticado com sucesso.
Mas há dias li sobre um senhor britânico que, segundo o jornal Telegraph, agora aos 102 anos de idade (!) resolveu emigrar para a Nova Zelândia para começar uma nova vida. Chama-se Eric King-Turner e mudou-se com a sua esposa Doris de 88 anos e nativa deste, ao que dizem, belo país. Fê-lo por altruismo, por pensar que a esposa tinha saudades do país natal, depois de 12-13 anos de coabitação no Reino Unido.
Claro que tem a vantagem da língua comum - e decididamente do melhor clima - mas de qualquer forma não deixo de achar uma iniciativa corajosa – o senhor deve ser frescaço. Olhem-me só esta carinha laroca ;-)

sexta-feira, março 21, 2008

PRIMAVERA
É Primavera! Tra la la la! Finalmenteeeeeeeeeee :-D
(mas os metereólogos, para estragar a festa, já anunciaram que iria cair um nevão daqui a nada... desmancha-prazeres, pá!... Espero que estejam enganados, como é hábito...)(fotos: wantoh1 @flickr.com e strikke jane @flickr.com)

quinta-feira, março 20, 2008


Gelados em tributo
Cada vez que sai um novo filme da Walt Disney já é normal a Olá ou as outras firmas de produção de gelados criarem um gelado especial para a ocasião: o gelado do Shrek, o gelado dos Piratas das Caraíbas ou o gelado do Homem-Aranha; só a fantasia é que define o limite.
Mas há firmas de gelados ainda mais criativas, pelos vistos: a Ben & Jerry’s há já algum tempo que lançou uma gama de gelados inspirados no mundo da música. Os mais conhecidos são possivelmente o gelado de cereja e chocolate chamado ”Cherry Garcia”, o ”Phish Food” ou talvez o “Willie Nelson’s Country Peach Cobbler”.
E agora é a vez de se deixarem inspirar na música de John Lennon. O gelado em si inspirado vai-se chamar “Imagine Whirled Peace”, tem um símbolo da paz em caramelo e a embalagem tem a assinatura do legendário músico.
E não pensem já, seus cínicos (como eu pensei, LOL), que criaram este novo gelado com o intuito de ganhar dinheiro – nada disso: o intuito principal da firma é alegadamente espalhar a mensagem de paz e amor através do estômago do pessoal :-)
Give peace a chance!

quarta-feira, março 19, 2008

Gatos
Tenho boas notícias para quem tenha gato. E não é para irritar ninguém nem ser preconceituosa, mas mesmo não tendo animais de estimação, sempre tive preferência pelos gatos – por serem bonitos, elegantes e independentes. E agora que descobri que só fazem bem à saúde, ainda mais deles gosto. É verdade: um estudo levado a cabo por um grupo de cientistas da universidade do Minnesota entre 4.300 pessoas entre os 30 e os 75 anos demonstrou recentemente, que quem não seja dono de gato corre 30-40% maior risco de vir a desenvolver problemas cardiovasculares graves do quem tenha gatos. Os donos de gatos tinham pura e simplesmente muito menos stress e ansiedade, factores que possivelmente diminuem o risco de vir a ter um infarte. Em contrapartida ter cão não parece ter este efeito vital em reduzir o risco de um ataque cardíaco.
O resultado desta pesquisa espantou os cientistas, cujo propósito era estudar o efeito positivo dos animais de estimação em geral no combate ao stress. E não estão ainda numa posição de explicar esta diferença inesperada.E é realmente estranho: se pensarmos bem, os cães têm de ir à rua duas vezes por dia e convidam portanto a mais exercício físico da parte dos donos do que os gatos, que se sabem virar sózinhos.
Algumas sugestões?(fotos: gunhild)

terça-feira, março 18, 2008

Contrastes (e mais neve! :-S)
Aaaaaaaaaai! Mas eu já não tinha
dito o que tinha a dizer em relação a nevões em Março? Então isto é que é altura para se pôr a cair neve a dar com um pau?... Não é! Ainda anteontem fez tanto calor que almoçámos na varanda de manga curta e óculos de sol. E ontem não é que caiu um bruto nevão – possivelmente o maior até deste Inverno?
Cá dentro já estamos mais do que preparados para a Primavera... aliás, qual Primavera? Para o Verão até, do que testemunha a nossa bougainvillea maluca já em flor à janela.
Bem, hoje ainda vá, vamos aproveitar o estarmos de férias para dar um passeio pela neve, já que cá está. Mas amanhã espero bem que já tenhamos mudado de estação de vez – para diante e não para trás!…

(fotos: vida de praia)

segunda-feira, março 17, 2008

Runaway Bride
Ainda em Hollywood, lembram-se daquele filme de 1999 com a Julia Roberts no papel principal, em que ela vez após vez foge do noivo mesmo à beira do altar por ter receio de estar a cometer um erro ou de se prender para o resto da vida? Claro que o bonzão do Richard Gere eventualmente lhe dá a volta :-)
Pois li há dias que esse tipo de tendências “noivo-fugitivas” acabou no México. Ou pelo menos é essa a ideia por detrás de uma proposta de lei recente, que segundo The Associated Press possibilita que o casal de noivos faça um contrato em que acordam que na eventualidade de que um dos dois se arrependa à última da hora, o que se arrepende é que paga as contas da boda e/ ou a que compensação monetária é que quem dos dois que for abandonado tem direito, dependendo da altura do noivado em que isto eventualmente acontecer.
E porque não?...
Esta proposta de lei no mínimo interessante vem de Jose Zepeda, actualmente político, mas anteriormente advogado de divórcios...

domingo, março 16, 2008

”Roubaram-me a alma – outra vez!…”
A Keira Knightley é actual com o filme “Atonement” baseado na novela do mesmo nome de Ian McEwan, que por acaso até li, e em que contracena com o excelente actor James McAvoy, que seria a única razão que me arrastaria a ver o filme em questão. Isso e o filme ter ganho um Óscar.
Não é segredo nenhum que não vou nada à bola com a Keira Knightley. Não desgostei de a ver em “Bend It Like Beckham”, mas ainda era miúda e não tinha adquirido manias de estrela. Entretanto degenerou – tornou-se uma actriz concorrida e famosa sem que se desenvolvesse o seu talento; e se há coisa que detesto é quando uma actriz para camuflar a falta de naturalidade segue nas pisadas da Angelina Jolie e se põe a fazer boquinhas para mostrar sexappeal e cativar pelo menos o público masculino, o que ao mesmo tempo lhe dá um ar pouco inteligente.

Se até aqui era só uma sensação baseada na minha intuição, agora tenho a certeza de que a Keira Knightley de pouco inteligente não tem só o ar. Então não é que agora lhe deu a mania de que não gosta de ser fotografada. E nem é tanto pelo facto em si de ser constantemente perseguida pelos paparazzi. Não: deve ter ouvido dizer algures, que os Aborígenes na Austrália acreditam que cada vez que lhes tiram uma fotografia lhes roubam um bocadinho da alma; então ela uma vez por outra também tem esta superstição, segundo disse recentemente numa entrevista ao Daily Express (porquê só de vez em quando não reza a história entretanto). O que faz imediatamente uma pessoa pensar que a menina escolheu a profissão errada, uma vez que horas e horas de filmagens potencialmente também porá a alma em risco. Mas não há crise: ela diz que resolveu o problema fingindo que é outra pessoa, quando se encontra à frente de uma câmera...
... e quando se esquece? Aí é que dá sarilho, não?... Agora não me venham para cá dizer que a Keira Knightley é loira e burra!... ;-)
(fotos das boquinhas: Solarpix/PR Photos at Exposay.com)

sábado, março 15, 2008

Acabaram-se os cães de pé descalço
As actividades de protecção aos direitos dos animais são fenomenais e nunca deixam de surpreender – o quanto não mais, porque por vezes ou em certos assuntos os animais parecem ter adquirido mais direitos do que muito ser humano.
Querem um exemplo? Ainda há muita criança e muito adulto por esse mundo fora com tanta dificuldade em sustentar-se financeiramente, que nem sequer sapatos tem. Mas em contrapartida alguém pensou e deu prioridade à necessidade que os cães de polícia têm de não andar de pata descalça. Isto porque ser cão de polícia é um trabalho duro, em que se está exposto a muitos perigos e situações desagradáveis, como ficar com um vidro de garrafa enfiado na patinha. Segundo a BBC, dentro de poucos dias entra em vigor em Düsseldorf na Alemanha uma medida que assegura que todos os cães-polícia andem de sapatinhos especialmente feitos para as suas patinhas delicadas.
Nunca estive em Düsseldorf e não sei portanto se é um sítio com tendência a mais garrafas escavacadas do que noutros sítios. Ou isso, ou têm lá uma sensibilidade extraordinária em relação às necessidades e conforto dos bichinhos.
Alguém sabe?…
(foto: AP)

sexta-feira, março 14, 2008

Está quase!
Hoje acordei toda bem disposta. E mentiria se vos dissesse que tinha sido por nenhuma razão em especial. É que hoje é o último dia de trabalho antes de umas grandemente antecipadas e belíssimas férias de Páscoa. Já não tenho férias desde o Natal e estava mesmo a precisar de uns diazinhos para descansar e não fazer nenhum.
Ainda não temos planos definidos – mas temos dois convites para festas de família, por isso daremos um saltinho até ao norte da Dinamarca também para visitar os meus sogros. E talvez improvisemos um fim-de-semana prolongado fora algures só nós dois. De uma maneira ou de outra, o certo porém é que vou ter 10 diazinhos só para mim – só para nós – em que conto “desforrar-me”: vou aproveitar para pôr os sonos em dia, dar longas caminhadas de preferência pela praia de mão dada com o meu amor, ler um dos livros completamente superficiais escritos por alguma autora da minha idade sobre a vida quotidiana de alguma mulher da nossa idade e com um fim feliz e inesperadamente glamoroso (do famoso género literário “chicklit”, portanto, que é o meu favorito) e preocupar-me com coisa nenhuma.
Entretanto vou tentar passar pela Sacola todos os dias, porque isto já é um vício e tem de ser, mas não contem com a minha presença às 7 da matina, como é costume – afinal de contas férias são férias :-)
(foto da “nossa” praia: vida de praia)

quinta-feira, março 13, 2008

“Ah, isso não é comigo…!”
Há quem seja bem sucedido no seu projecto de fazer carreira professional e há quem não seja. Porquê esta diferença? Mais ou menos empenho? Mais ou menos cunhas? Mais ou menos talento?

Segundo o ph.d. Bill Lampton, autor do livro “The Complete Communicator: Change Your Communication, Change Your Life!” e um homem com 23 anos de experiência do mundo dos negócios, uma das coisas que de um momento para o outro afecta a credibilidade de um empregado negativamente é o que o mesmo abre a boca e diz sem pensar – por outras palavras: as bacoradas que se dizem de consciência leve. E dá alguns exemplos no site Careerbuilder.com:

- „Ah, isso não é comigo, não faz parte das minhas funções.
(porque se alguém te encarrega de uma tarefa, deve haver uma boa razão para isso; ou pelo menos é uma boa oportunidade para mostrares o que sabes e demonstrares espírito de equipa)
- „Não há problema, dá cá que eu faço.
(pelo menos se o dizes a sorrir, o que levaria alguém a pensar que parece fácil e se afinal o não fôr, isso vai lixar-te a credibilidade)
- „Não digas a ninguém que eu disse isto, mas…
(se decididamente se trata de um segredo, mais vale ficares calado; e se o não é, vem-se sempre a descobrir de quem veio este ou aquele rumour. E para a próxima podes ser tu o visado)
- „Há 4 anos que não me dão um aumento.
(aumentos dão-se geralmente por causa de produtividade e não pelo número de anos de casa. Trazer isso à baila só vai lembrar o teu chefe de que não te fizeste merecedor de um aumento durante esse tempo todo)
- „A culpa não é minha.
(a não ser que sejas juiz, o teu posto de trabalho não é um tribunal. Se o teu chefe se dirige a ti com um problema, está-se a marimbar para quem tem a culpa, quer é vê-lo resolvido. E apontar o dedo aos colegas também não é uma atitude nada bonita)
- „Para ser honesto...
(a introdução perfeita para uma frase que só pode sair negativa. E se agora estás a ser honesto, pode-se deduzir que não o és normalmente, ou quê?..)
- „Votas em quem?
(já devias saber que de política – e religião – não se fala)
- „Tive a noite mais louca ontem...
(pois, mas isso de ires para os copos e apareceres no trabalho apesar da ressaca não te torna necessariamente a pessoa mais credível do mundo)
- „Se não... então...

(vir com ultimatos em relação a um colega ou ao teu chefe também não é a melhor estratégia do mundo – a não ser que queiras ter a fama de ser um tipo chato e difícil; se entretanto é isso que queres, tudo bem...)

Hmmm.... dá que pensar...

quarta-feira, março 12, 2008

Acabaram-se os doces
E enquanto que promover nudismo não me agrada nada, mas teve de ser, vejo o salientar o rídiculo americano como uma das minhas missões mais honrosas :-)
Só pelo título deste post vocês não vão lá. E digo desde já que não se trata de mais uma das minhas dietas malucas. Não: hoje vou falar-vos de penalidades, de castigos.
?...
Pois, há quem veja uma pena de prisão como um fenómeno essencial à reinserção social, etc. e tal. Mas não deixa de ser uma maneira de punir os erros e crimes de outrém, na esperança de se lhes ensinar alguns princípios morais (o que, segundo dizem, acontece em raros casos e de resto antes pelo contrário...) e para o bem da sociedade em geral (ou seja: enquanto estão “dentro”, não fazem asneiras). Mas como se não bastasse irem de cana, pelo menos em Nova Iorque, proibiram os produtos alimentares menos saudáveis: quem ali esteja encarcerado perde o direito a ingerir doces, coca-cola e produtos gordos como hambúrgeres e batatas fritas durante o tempo em que está cumprir pena. Se querem qualquer coisa mais doce, terão de usar adoçantes artificiais – que também não são nada saudáveis, mas enfim. Por outras palavras: castigo duplo.
Meus amigos, há que pensar duas vezes antes de cometer um crime em Nova Iorque!...

terça-feira, março 11, 2008

Mais nudismo. Ponto final.
Prometo que depois desta não volto a falar de nudismo nos próximos tempos. Mas teve de ser, porque me parece bizarro de repente ouvir quase diariamente falar de nudismo isto e nudismo aquilo. Parece que se tornou popular manifestar-se como se veio ao mundo e que só é preciso arranjar uma desculpa para o fazer: já houve por exemplo manifestações nudistas em Londres várias vezes e por vários motivos, em várias cidades norte-americanas pela paz, na Tailândia pelo vegetarianismo, em Pamplona contra as corridas de touros, em Zaragoza pelo ambiente e na Alemanha, Holanda e Dinamarca, está claro, a última pelo direito ao nudismo nas praias e mais recentemente nas piscinas públicas.Agora foi uma manifestação em pêlo na Austrália este fim-de-semana que passou, a chamada World Naked Bike Ride de Sydney. Trinta activistas em Sydney despiram-se todos e toca a andar de bicicleta pela King Street para se manifestar pela causa ambientalista, mais precisamente em relação à poluição automóvel, com slogans apropriados à ocasião escritos na pele.
É pá, não me conformo: dar nas vistas tudo bem, é necessário para transmitir uma mensagem; mas como é que qualquer pessoa que queira ser levada a sério se apresenta completamente descascado e ao natural? Pelo menos a mim creio que me distrairia tanto ver um grupo de ciclistas nus, que nem teria ouvidos para o que estavam a expor ... verbalmente ;-)
(fotos: Zimbio)

segunda-feira, março 10, 2008


O que é mais absurdo…?
Não é para fazer publicidade ao nudismo, mas vou ter de voltar a tocar no tema (e só toco no tema mesmo, ouviram?!…). É que li há dias que um tal de Robert Burck está a fazer carreira a tocar viola practicamente nú no Time Square em Nova Iorque. O facto de só envergar um chapéu e botas de cowboy e umas cuecas mínimas ganhou-lhe o nome artístico de “o Cowboy Nu”. Imagino que ainda vá ganhando uns cobres pela originalidade - e uma bruta pneumonia. Mas, sendo ele um fenómeno americano, está a fazer-se a uma indemnização de 6 milhões de dólares da gigante firma de chocolates Mars, que processou por esta ter tido o desplante de pôr a figurinha azul dos M&M recentemente a fazer de cowboy nu num dos anúncios.
Mas isto alguma vez faz sentido?! Que eu saiba ainda ninguém tirou a patente da nudez, nem a dos trajes de cowboy, nem sequer a de dar um número na viola. E se fosse eu francamente não me gabaria de me parecer com um M&M!...
(E aliás se notarem bem, nem sequer a viola é igual...)
(foto do cowboy: Scanpix)

domingo, março 09, 2008

Voar… em pêlo
E voltando a falar de hobbies mais exóticos, que já não o fazia há algum tempo, quem não tenha nada que fazer este Domingo – e adore andar nú entre estranhos a 10.000 metros de altitude - talvez ainda consiga arranjar bilhetes para o aviãozinho de 50 lugares do alemão Enrico Hess, dono da firma ossiurlaub.de. Neste os passageiros, pela módica quantia de 499 €, viajam nús, sentadinhos em assentos extremamente higiénicos, de Erfurt na antiga DDR até à ilha de Usedom, no mar Báltico. Dizem que é proibído qualquer contacto físico e que não é suposto o vôo funcionar como agência de contactos amorosos. Mas mais espantoso é o facto de, por razões que desconheço nem consigo imaginar, os passageiros não terem direito a um cafézinho quente, apesar de haver hospedeiras (vestidas com as habituais fardas) a bordo.... Ah, não espera lá, deve ser por causa da turbulência...: deve doer imenso apanhar com café quente em cima directamente na pele. Bem pensado, no meio de um conceito de resto tão bizarro!
Tal como as hospedeiras, os pilotos também vão vestidos, por razões de segurança (?).

Já aqui disse e volto a dizer que confesso que nunca percebi os nudistas. Ok, quando chego a casa do trabalho gosto de me pôr mais à vontade, mas para mim isso significa mudar para uma roupa mais larga e confortável e andar descalça ou de pantufas. E na praia não prescindo do meu fato de banho ou biquíni. Porque aliás há muito poucas coisas que gosto de fazer como vim ao mundo.
Qual será o gozo de andar com tudo ao léu assim sem mais nem menos?...

sábado, março 08, 2008

Igualdade de direitos
Fala-se sempre daqueles homens que trocam a mulher por um ”modelo” mais novo. Mas estamos em 2008 e portanto acabou-se este monopólio masculino chauvinista. Pelo menos em Nova Iorque, onde se tornou moderno para mulheres mais maduras, digamos, e ricas sair com homens bastante mais novos. É uma firma de speed-dating que se especializou em arranjar encontros entre mulheres com mais de 35 anos e homens com menos de 35 anos (muito menos!). Só há um pre-requisito: que estas mulheraças abastadas ganhem mais de 500.000 dólares por ano ou tenham 4 milhões de dólares na conta bancária.
O mais recente encontro realizou-se no 230 Fifth Club em Manhatan a 7 de Fevereiro e foi apelidado de “Natural Selection Speed Date II: Sugar Mamas & Boy Toys”. 5.000 jovens concorreram e só 20 é que foram “sorteados”, o que demonstra um certo interesse da parte dos rapazolas.
E porque não? Ok, não sei se me agrada a ideia dos tipos serem aliciados pela riqueza das mulheres em questão, mas segundo li, elas dizem que de qualquer das maneiras os homens mais jovens preferem mulheres mais velhas pela inteligência que as mulheres mais novas não possuem.
...
Enquanto que os homens de mais idade pelos vistos gostam delas é burras?...
Bom Dia Internacional da Mulher, meninas!
(foto: Colourbox.com)

sexta-feira, março 07, 2008

Home alone
Este fim-de-semana vou estar sózinha em casa. O meu cara-metade vai andar de ski com o irmão no país vizinho – alugaram uma casinha tipicamente sueca e contam passar 3 dias tremendamente activos.
Eu, dependendo do tempo e vontade, vou aproveitar para:
~ dar uma volta de bicicleta
~ fazer uma manicura – e já agora que tenho vagar porque não uma pedicura também?
~ dar uma arrumação à papelada
~ ler
~ dar os parabéns à alecrim (pelo aniversário que calha precisamente no Dia Internacional da Mulher)
~ talvez ir beber um café com uma amiga
~ dar um ou vários passeios pela praia
~ deixar-me inspirar pelo mais recente dvd do Jamie Oliver

~ fazer uma bruta maratona das ultimativas comédias românticas
~ e blogar, obviamente.
E já fico satisfeita se conseguir alcançar a metade – e se nenhum dos ”aventureiros” dos desportos de Inverno chegar a casa com uma perna partida ;-)

(foto: vida de praia)

quinta-feira, março 06, 2008

Tesourinhos deprimentes
Mas mudando de assunto, os russos são completamente doidos… ou isso, ou têm uma fixação anal qualquer (não sou psicoanalista, por isso nem sequer vou desenvolver mais sobre esta hipótese): não é que numa exposição de luxo (claro!) de decoração de interiores para novos-ricos (só pode ser!…) em Moscovo em Novembro foi apresentada uma sanita e correspondente bidé forrados a ouro e com tampo de mármore no valor de €250.000?! Para os interessados, este primor de modelo sanitário chama-se “Moscow”.
Para quem tenha um orçamento mais modesto a alternativa é por exemplo uma sanita da firma Kohler com luz azul, aquecimento incorporado no assento, removedor de cheiros e uma ventoinha de ar quente e com controlo remoto, claro, “somente” por €2.000-2.500.
Ambos os modelos portanto autênticos tesouros dignos de cofre-forte - e de algum Prozac.

quarta-feira, março 05, 2008

Inverno :-(
Está … a … nevar!
Depois do Inverno mais ameno de sempre e de já estarmos em pleno Março e eu ter já partido para a Primavera graças à constante chilreada da passarada (eu sei, eu sei, a Primavera só começa oficialmente a 21 de Março e é isso que eu costumo dizer a estes gajos, mas na Dinamarca insistem em que o início da Primavera é a 1 de Março, o que é que querem que eu faça? If you can’t beat them, join them...), então agora é que se lembra de cair um nevão?!!! Mas é que francamente! Não há direito.Não me interpretem mal – eu até gosto muito de neve, torna a paisagem muito bonita e tal; mas fora de época e a tarde e mais horas é que não :-S
... Vá-se já embora! Vá lá!...
(fotos: gert.medom @flickr.com og L.J.M. Byrne @flickr.com)

terça-feira, março 04, 2008

Mais cusquice
E a cusquice não só nos assegura a sobrevivência física, como pelos vistos também a sobrevivência social, por exemplo no local de trabalho. Tenho a palavra de uma antropóloga que recentemente se manifestou muito claramente em relação a este assunto. Segundo a perita, se uma pessoa não fofoca activamente no local de trabalho, perde bastante influência, uma vez que é através da fofoca que se dá 90% da troca de informação importante e relevante para a tomada de decisões, aumentando a produtividade laboral.
Mas atenção estamos a falar de inocente dar à lingua, não de mal-falar – imagino eu de experiência própria, já que no artigo que li não se fazia explicitamente distinção entre um tipo e outro. Enquanto que falar de coisas tremendamente interessantes mas benignas fortalece o sentimento de grupo no emprego, mal-falar acaba sempre por criar mau ambiente e eventualmente uma pessoa começa a ficar um tanto ou quanto paranoica: ”hm… se falamos tão mal de fulano quando aqui não está, como falarão de mim, quando virar costas?” Portanto: há que fofocar com peso e medida e atenção acentuada.