
Hoje vou falar-vos de um ódiozinho de estimação – o plástico autocolante para forrar livros. É um produto que activamente boicoto desde que saí de casa dos meus pais; pura e simplesmente não entra cá em casa!
Porquê esta abominação por um inocente produto de papelaria? Aí é que estão enganados: eu de produtos de papelaria na sua generalidade gosto muito, mas não há NADA de inocente no plástico para forrar livros. E digo isto com ponto de partida em anos e anos de experiência. É que quando era miúda, desde que comecei na primária e até aos meus últimos anos de liceu, em que enveredei pela revolta juvenil e me neguei a submeter-me à forragem compulsiva dos livros escolares, que lá em casa era considerada obrigatória, tinha de os entregar à matriarca e vê-los envolvidos na película aderente tema deste post.
A alegria de ter livros novinhos em folha era portanto de pouca dura: assim que eram sujeitos a ser forrados, que acabava sempre por haver pelo menos uma irritante bolhinha de ar que lhes estragava a aparência, o que nunca se coadunou em nada com o meu espírito perfeccionista.

E para vos dizer a verdade, nunca percebi sequer a ideia desta mania de forrar os livros escolares: como o currículo mudava por completo de um ano para o outro, ninguém iria de qualquer forma a tempo de herdá-los, por isso em princípio só era suposto e necessário durarem um ano lectivo – o meu!...
Criei portanto este trauma, esta aversão ao plástico de forrar livros, que pelos vistos ainda se vende até nas papelarias de renome. E ainda hoje não posso nem vêlo. E quantas vezes não estive à beira de fazer uma cena na papelaria local, quando passo pela secção de papel para forrar livros e no inicio de mais um ano lectivo vejo uma mãe a pôr uns quantos rolos no cesto. Só me apetece perguntar-lhe: “mas porquê? Porquê?!...”
E para quem ainda insista em forrar os livros, umas dicas que de certeza não resolvem nada, clicar aqui. Más notícias: é impossível evitar as bolhinhas de ar!... Ha!