sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Para quê forrá-los? Para quê?!...
Hoje vou falar-vos de um ódiozinho de estimação – o plástico autocolante para forrar livros. É um produto que activamente boicoto desde que saí de casa dos meus pais; pura e simplesmente não entra cá em casa!
Porquê esta abominação por um inocente produto de papelaria? Aí é que estão enganados: eu de produtos de papelaria na sua generalidade gosto muito, mas não há NADA de inocente no plástico para forrar livros. E digo isto com ponto de partida em anos e anos de experiência. É que quando era miúda, desde que comecei na primária e até aos meus últimos anos de liceu, em que enveredei pela revolta juvenil e me neguei a submeter-me à forragem compulsiva dos livros escolares, que lá em casa era considerada obrigatória, tinha de os entregar à matriarca e vê-los envolvidos na película aderente tema deste post.
A alegria de ter livros novinhos em folha era portanto de pouca dura: assim que eram sujeitos a ser forrados, que acabava sempre por haver pelo menos uma irritante bolhinha de ar que lhes estragava a aparência, o que nunca se coadunou em nada com o meu espírito perfeccionista.
E para vos dizer a verdade, nunca percebi sequer a ideia desta mania de forrar os livros escolares: como o currículo mudava por completo de um ano para o outro, ninguém iria de qualquer forma a tempo de herdá-los, por isso em princípio só era suposto e necessário durarem um ano lectivo – o meu!...
Criei portanto este trauma, esta aversão ao plástico de forrar livros, que pelos vistos ainda se vende até nas papelarias de renome. E ainda hoje não posso nem vêlo. E quantas vezes não estive à beira de fazer uma cena na papelaria local, quando passo pela secção de papel para forrar livros e no inicio de mais um ano lectivo vejo uma mãe a pôr uns quantos rolos no cesto. Só me apetece perguntar-lhe: “mas porquê? Porquê?!...
E para quem ainda insista em forrar os livros, umas dicas que de certeza não resolvem nada, clicar aqui. Más notícias: é impossível evitar as bolhinhas de ar!... Ha!

quinta-feira, fevereiro 28, 2008


O móvel mais feio do mundo
Como destesto coisas feiosas, não percebo quem as tenha e guarde. Ok, já sei que os gostos não se discutem bla bla bla e que quando se herdam coisas, estas podem adquirir um valor sentimental não imediatamente compreensível em termos de estética, que nos impedem de nos vermos livres delas.
E como parece ser um mal geral, alguém – mais precisamente a BoConcept que tem uns móveis muito giros; foi lá que comprei o sofá lá para casa - se lembrou de criar uma competição atribuindo o prémio do móvel mais feio do mundo. Decorre até 20 de Abril e pode-se votar no site (clicar aqui). O vencedor absoluto recebe um vale de compras da BoConcept no valor de €5.000 e os próximos 15 concorrentes em número de votos ganham segundos prémios no valor de 1.000 €. E quem vote abilita-se a ganhar um vale de €200.
Portanto se tens um móvel ou bibelô bastante horrível aí em casa, o mínimo que podes fazer – antes de eventualmente o deitares fora – é mandar uma fotografia do mesmo para o site para te candidateres aos prémios excepcionais. E despacha-te, que os espanhóis, aparentemente detentores da mobília mais horrível do mundo, estão a invadir o site de participantes prometedores.
Eu já votei.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Mas para o telemóvel há sempre
Sempre me fascinou aquele fenómeno próprio das favelas e dos países mais pobres, onde apesar da mais extrema pobreza de fazer impressão – de passarem fome, de andarem vestidos com farrapos e nem terem sapatos, de não poderem pagar os custos de necessidades básicas de saúde, escolaridade, etc e de viverem em condições psicosocialmente precárias – há sempre uma televisão. E, pelo que li, também há pelo menos um telemóvel por família.
Segundo li num artigo no jornal Metroxpress há dias, um relatório da ONU afirma, que mais de metade dos utentes (mais precisamente 58%) de telemóveis encontram-se nos ditos países em desenvolvimento. Segundo dizem, só no Uganda nos últimos 10 anos o número de telemóveis cresceu de nenhum para 1.5 milhões (!). E quando por lá passam europeus, ou por qualquer outro sítio mais remoto, o que o pessoal quer são telemóveis.
No tal artigo, afirmavam que o preço das chamadas era bastante baixo nesses países, mas sempre devem custar qualquer coisa. E nem é para ser preconceituosa, pois sei perfeitamente que em muitos desses países a população até é bastante carenciada. E até compreendo que tenham necessidade de comunicar com os amigos e ligações de negócios a longa distância e tal. Mas alguém me explica, como é que há dinheiro para carregar o telemóvel e não o há para comprar pão e leite ou tapioca?

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Paparazzis: iu-huuu… aqui!...
O que fazer se não se é suficientemente célebre ou interessante para as colunas sociais, mas a toda a força se quer aparecer nestas e sentir a luz da ribalta? Até recentemente tratava-se de um problema difícil de resolver, já que a fama muitas vezes exige talento e/ ou um estilo de vida chocante – ou aparecer uma vez num programa da dita “reality tv”. Ou um namoro rápido com quem tenha o suficiente talento e/ ou um estilo de vida chocante – ou tenha aparecido uma vez num programa da dita “reality tv”.
Mas para quem tenha este tipo de dificuldade, ou sinta a falta de atenção mediática, agora já há solução: nomeadamente o próprio ou a própria contratar um paparazzo para o/a perseguir. E adivinhem lá de onde é que vem este conceito ridículo… adivinharam: dos Estados Unidos (!), onde já há firmas especializadas em mandar “paparazzis” atrás de comuns mortais, tirando-lhes fotografias e aparentemente chagando-lhes a paciência pondo-lhes questões demasiado privadas. Pela módica quantida de entre 500 e 2.500 dólares pode-se por exemplo contratar uma mão-cheia de “paparazzis” através da firma Celeb 4 A Day, criando assim a ilusão de ser-se famoso por uma noite.E se ainda não vos convenci das vantagens fantásticas deste método, vejam-me só este episódio da vida real: Philip Barker, um habitante de 29 anos de Chicago contratou por ocasião do seu aniversário uma destas firmas de “paparazzis”, que passaram, tal como o acordado, toda a noite a persegui-lo e aos amigos e supostamente a tirar-lhes fotografias. Resultado: toda a gente pensava que Philip e os amigos eram pessoal do jet-set, deixando-os passar à frente de toda a gente à entrada dos clubes nocturnos. E o Philip adorou a experiência!
Isto parece um bocado como a do nunca se estar satisfeito com o que se tem: as loiras querem ser morenas, e as de cabelo encaracolado alisam-no e vice-versa; ou seja: quem tem os paparazzi constantemente à perna só quer ver-se livre deles (ou?…) e quem não tem qualquer ambição realista de os ter, encomenda-os?…

É o que eu digo: mas anda tudo doido ou quê?!…

segunda-feira, fevereiro 25, 2008


Status quo
E se não acreditam, vejam só (as fotos foram tiradas há minutos atrás à chegada ao emprego)!
(fotos: vida de praia)

12... horas... – PÁRA!
Nestes dias quem passe pelo hospital onde trabalho arrisca-se no mínimo a ficar confuso, porque os relogios, que supostamente marcam o tempo, não andam todos à mesma hora. Uns ainda andam e outros pararam ao meio-dia.
Explicaram-me há dias a razão de ser para a paragem compulsiva dos relógios àquela hora: como uns andavam uns minutos atrasados e outros adiantados, o “génio” (NOT!) controlador dos relógios lá do sítio, que pelos vistos não tem um botãozinho central para os acertar em simultâneo – e parece não estar disposto a acertá-los individualmente – tem um plano: vai deixá-los todos parar ao meio-dia – uma operação que levará pelo menos duas semanas e tal – para depois os activar simultaneamente apartir dessa hora-chave.
Isto na Suiça, onde a constante precisão é alfa e ómega, seria uma solução inaceitável; mais: um crime punível por lei!... :-)
(foto no topo: Bubbels © stock.xchange)

domingo, fevereiro 24, 2008

Entre amigos
Conhecem aquele ditado sobre como o tempo passa depressa se se está bem, ou uma pessoa se está a divertir? É um fenómeno raro, mas que sabe tremendamente bem quando se proporciona.
Sexta-feira estive num desses maravilhosos vortexes temporais: um casal amigo deu um jantar lá em casa. Três nações representadas, duas delas ibéricas, e entre a companhia fenomenal, conversa animada – que passou por memórias de juventude de tardes passadas a ver o Verão Azul, a Abelha Maia e a Heidi – boa comida, bons vinhos, uma mousse de chocolate (só seis ovos e duzentos (!) gramas de chocolate) e um pão-de-ló caseiros divinais e muita risota, de repente quando dei por mim era meia-noite.
No melhor estilo de Cinderela, antes da uma da matina estávamos a caminho de casa com aquela sensação de ”para onde é que foram aquelas horas todas?!”. Obrigada, amigos, por uma brilhante jantarada a repetir em breve cá em casa! :-)
(foto: vida de praia)

sábado, fevereiro 23, 2008

O ultimativo carro desportivo
Eis aqui um post em honra do meu irmão, que gosta de carros e faz anos hoje :-) E da bloguista d. Marta, também ela aniversariante (o prometido é devido, e como te tinha prometido fanfarra, olha...) que por enquanto conduz um carro que não é dela ;-)
Retiro o que disse há meses atrás: eu é que sou uma igorante, não sei das coisas e depois venho para aqui injustamente descreditar a tecnologia. É que afinal já há um carro anfíbio: o “sQuba” da firma de automóveis desportivos suiça Rinspeed vai ser oficialmente apresentado ao público na exposição automóvel de Geneva de 6 a 16 de Março. Quando está em terra, este sonho de veículo automóvel de qualquer homem tem a capacidade de conduzir sózinho, porque tem auto-piloto. E mesmo pesando aproximadamente 920 quilos (quase uma tonelada, portanto!) o “sQuba” pode facilmente mergulhar até aos 10 metros de profundidade, com os seus 33 litros de ar a bordo (não sei quanto tempo é que isso dará debaixo de água... alguém de vocês sabe?... Esse seria o meu maior receio com ele...). Mas como só tem lugar para duas pessoas, esquece levar a cambada toda para te gabares; terás de te contentar com impressionar a namorada. Isto é, se fores milionário, uma vez que o “sQuba” é um carrão de luxo com L maiúsculo.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Piadas ao Lada – ou “sometimes it’s better to chew than talk – 2”
Há uns anos atrás um amigo meu norueguês, na altura ainda estudante ou no seu primeiro emprego, não me recordo bem agora, comprou um Lada – o seu primeiro carro. E tinha muito brio no seu automóvel. O que desencadeou durante anos imensas piadas entre os amigos. A minha favorita era quando ele de repente se punha a falar do carro e eu ou outro engraçadinho do grupo, que sabia muito bem da existência do seu Lada, exclamava:

- ”carro? Mas quando é que compraste um carro?”

Ainda bem que o meu amigo não era russo, porque parece que os russos levam esse tipo de piada muito, mas muito a mal, uma vez que o Lada é considerado um tesouro nacional. Li há dias que a Noruega até se arrisca a entrar em crise diplomática com a Rússia por causa de uma piada relativamente inofensiva sobre os Lada: um homem de negócios e membro do Partido Trabalhista de Vadsø, uma pequena cidade no norte da Noruega (muitíssimo perto de território russo!), meteu-se num sarilho dos grandes quando durante uma visita oficial de uma delegação de 200 e tal homens de negócios e diplomatas russos, depois de lhes elogiar a economia russa, de repente se lembrou de ser menos formal e contou a seguinte piada: que na cidade dele às vezes há competições em que o primeiro prémio é um cesto de fruta e o segundo prémio um Lada. Fez-se silêncio total. E agora sabe-se lá se vão haver repercussões da parte dos russos (eu cá não me atreveria a pôr-me à bulha com países com gangsters tão bem organizados, mas enfim… cada um é como cada qual…).
Bem, pelo menos o sr. norueguês teve o bom senso de não escolher uma piada ainda mais clássica sobre os Lada: a do

- “Quantas pessoas é que achas que estão empregadas nas fábricas dos Ladas?”
- “Sei lá… 10.000?”
- Não, duas. Uma para cortar e uma para colar“.

Senão aí é que a Noruega se tinha metido num belo sarilho!…
E amanhã falaremos de um automóvel a sério. Até amanhã ;-)

(foto: Asterion)

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Ultimativos Manolo Blahniks
Esqueçam tudo o que aprenderam até hoje sobre o que estimula a vida sexual do casal. Mas quais afrodisíacos, qual lingerie picante ou quais técnicas criativas de sedução? A única coisa que está a dar são os sapatos de saltos altos – os Manolos, os Jimmy Choos.
Já aqui falámos no efeito derradeiro que um bom par de pernas pode ter num homem; mas nem sequer é a isso, ao óbvio dos óbvios, que me refiro agora. O que quero realçar neste momento são os efeitos ergonómicos de um bom par de sapatos de altos altos; pelo menos segundo uma médica italiana (italiana? O quê? Da terra de confecção de sapatos por excelência? Hmmm... isto cheira-me a esturro!... E ainda por cima vindo de Itália.)
Ok, mantendo-nos no sério, a dra. Maria Cerutti, especialista em urologia da universidade de Verona, estudou cuidadosamente os músculos da zona uterina de várias mulheres, descobrindo assim os benefícios do salto alto, que pelos vistos graças ao ângulo de mais ou menos 15 graus a que submetem o pé, forçam a mulher automaticamente a usar os músculos do abdomen e do útero para se manter erecta, tornando ou mantendo-os em forma. E estes músculos quando bem torneados melhoram a vida sexual consideravelmente sem o esforço de se ter de ir ao ginásio.
Claro que se tivesse problemas nesta área, esta solução não seria nada para mim que detesto andar de saltos altos.
E para mais, é invenção minha, ou os saltos altos contribuem para dores nas costas? Pergunto isto, porque dores de costas não devem funcionar lá muito bem como afrodisíaco natural…

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Mas o chocolate ajuda e só faz bem á saúde!…
É o que eu digo: é tudo de uma incoerência tremenda! Precisamente no mesmo dia em que li sobre a proposta de lei totalmente discriminativa dos cidadãos mississipianos mais para o corpulento, vinha também no jornal que era a recomendar a ingestão de 45 gramas diários de chocolate negro. Porque o chocolate negro, segundo os peritos, ajuda a combater a exaustão. O dr. Steve Atkin (que espero não ser o autor daquela dieta maluca das proteínas que numa vezada foi seguida por todas as estrelas de cinema...) da Hull York Medical School, que abordou a questão, não veio por certo afirmar isso de ânimo leve - nem por ter acções numa firma chocolateira. Ok, estava a referir-se a um estudo que provavelmente só se aplica aos pacientes com Sindroma de Fadiga Crónica (CFS) e Encefalomielite Miálgica (ME) que observou antes e depois da ingestão de chocolate rico em cacau. Com o chocolate melhoravam consideravelmente e sem ele voltavam a piorar os seus sintomas de tremendo cansaço, que era tal que os impedia de ter um dia-a-dia normal.Já aqui falei da serotonina, um transmissor neurológico responsável pela regulação do humor e que desempenha um papel central por exemplo na depressão, em que se dá um défice desta substância no cérebro. Pois, o dr. Atkin põe a hipótese de que o chocolate influencia a produção de serotonina de forma positiva, activando o sistema nervoso e o corpo em geral. O chocolate negro tem um conteúdo elevado de polifenóis, que estimulam a produção de serotonina e que ao mesmo tempo têm um efeito positivo em relação à tensão alta.
Normalmente não sou grande fã de chocolates, mas chocolate negro daquele bem amargo até aprecio de vez em quando. A única coisa porém que me faria atrever-me a tentar seguir a recomendação do senhor, é que garante que nenhum dos seus pacientes engordou com a “dieta” ;-)

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Medidas drásticas
Nos Estados Unido são, como é do conhecimento do público em geral, de exageros e extremos; têm sempre de ter o maior do mundo e o mais espalhafatoso de tudo; mas é que é de tudo!: os maiores carros que mais consomem gasolina e mais poluem o ar, os maiores supermercados em que se podem comprar as maiores quantidades de qualquer produto, as maiores operações militares que mais m.... dão pelo mundo fora – e foi da única vez que por lá passei que me dei conta, que eu não sabia o que é ser gordo, porque nos Estados Unidos é-se gordo a valer, obeso mesmo e não se contentam com uma mão-cheia deles; são logo às dezenas.Enfim, para tendências extremas, medidas extremas (é como aquela de para perguntas parvas, respostas parvas, mas diferente): agora houve um deputado republicano do estado do Mississipi, onde mantêm o recorde da obesidade nacional, com 30% da população desafiando consideravelmente qualquer balança, que fez uma proposta de lei interessante: proibir - e até tornar punível - que se sirva comida a pessoas obesas em estabelecimentos públicos (restaurantes, snack-bares, cantinas, casas de pasto, tabernas, roulottes de venda ao público na Feira Popular, tascas, tendinhas de gelados, cafés, you name it...).
Impressões...?
Sendo os americanos de extremos e imprevistos, já agora se passarem a tal lei, qual será o limite estabelecido para se poder entrar num restaurante? E, se esta lei for restrita ao estado em questão, é só vê-los a peregrinar até ao estado vizinho e fazer fila à porta de tudo quanto seja estabelecimento de comes e bebes... porque se uma pessoa tem fome, desenrasca-se, é ou não é? Ou como dizia o outro: o que tem de ser tem muita força.

(foto da junkfood - que desde já deveria ser também sujeita a proibição, para não andar a tentar indevida- e desnecessariamente as almas mais fracas com tanta cor garrida e apelativa: Scanpix)

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Ver televisão demais é no que dá...
Segundo o jornal Daily Mail, um inquérito levado a cabo recentemente entre 3.000 adolescentes britânicos pela estação televisiva UKTV Gold revelou dados deveras assustadores: que uma grande parte destes não sabe distinguir a fantasia da realidade. Imagine-se que 25% dos inquiridos pensavam que Charles Dickens, Winston Churchill e Mahatma Ghandi eram figuras de ficção, enquanto que mais de 50% assumiam que Robinson Crusoe, o Rei Artur, Robin dos Bosques e Sherlock Holmes eram figuras históricas.
É no que dá passarem a vida à frente da televisão e nunca abrirem um livro...
Já agora uma pergunta de rasteira: e o Pato Donald é uma figura histórica ou de ficção?… Ao contrário do que é costume nas revistas do tio Patinhas, não vão encontrar a resposta correcta em letras microscópicas de pernas para o ar no fundo da página. Nem pensar.

domingo, fevereiro 17, 2008

Abaixo os burocratas!
Imaginem como seria acordarem um dia e de repente darem-se conta de que estavam mortos!... Ok, não mortos no sentido literal da palavra, pois creio que não é nada que uma pessoa se dê conta, mas falecida para todos os efeitos jurídicos e administrativos. Bizarro? Assustador? Irónico talvez?
Foi exactamente o que aconteceu a um cidadão polaco, Piotr Kucy de 38 anos de idade e vivinho da silva: um dia em Agosto do ano passado foi declarado defunto em todos os registos oficiais; a propósito não de sabe bem do quê… do famoso erro humano, talvez, foi identificado como um homem que foi encontrado afogado.
Apesar de diversas tentativas de que as autoridades o “ressuscitem” oficialmente, a burocracia tem-no impedido e o sr. continua oficialmente mais para lá do que para cá, o que deve ser tremendamente chato e complicado no dia-a-dia. Portanto por enquanto, 6 meses depois, o sr. Piotr Kucy pode continuar a descansar em paz (RIP). E se nunca se tornar conhecido por nada, pelo menos pode tornar-se famoso por ser um dos poucos a regressar do além, cheio de saúde e tudo... eventualmente...
Algumas pessoas têm todas as hipóteses e sobrevivem a qualquer coisa, pá... menos à burocracia!…

sábado, fevereiro 16, 2008

Males de coração
Com o Europeu a aproximar-se a passos largos (e mal posso esperar por isso! Vai ser um Verão tão bom!!!), apercebi-me de um facto da máxima urgência: segundo um novo estudo alemão publicado no periódico científico New England Journal of Medicine, o risco de ter um ataque cardíaco aumenta para o triplo nos homens, desde que o árbitro apita para o início de uma partida de futebol importante, até que volta a apitar para que termine – 90 minutos de alta exaltação. Portanto cuidadinho, meus senhores!…
Uma vez que como mulher eu pelos vistos me posso exaltar à vontade sem correr qualquer perigo de vida, vou já começar a praticar para o Europeu: ”O árbitro é um PALERMA! O árbitro é um PILANTRA! Roubou-nos! Portu-gal! Portu-gal! Cris-ti-ano! Vá lá meu menino, faz lá daquelas coisas lindas que tu sabes fazer, vá lá! Cris-ti-ano! Cris-ti-ano! Cris-ti-ano!... Ó, ó Tiago: vai-te à bola, pá… sim, essa coisa esférica (daí chamarem-lhe o esférico, pá!), que rebola pelo relvado… ali, pá! ALI!

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Sai correio ou não sai?
Uma pessoa a pensar que na Alemanha é tudo muito “Ordnung muss sein” (trad.: só ordem) e de vez em quando fica surpreendida com a falta de ordem que por lá há.
Li há dias sobre um acontecimento que para mim, que gosto tanto de receber correspondência, é um verdadeiro pesadelo. Se há greve de carteiros, uma pessoa até se conforma a que o correio chegue com um ou dois dias de atraso. Mas e se o carteiro se lembrasse de boicotar a entrega? Foi precisamente isso que aconteceu na cidade de Straubing na Bavária. Deu a preguiça a uma sra. carteira de 21 anos, que para evitar ter de distribuir o correio, o levou para casa. Dez mil cartas desapareceram desta forma de circulação e 150 já iam pelo mesmo caminho, quando por acaso foi apanhada em flagrante pela polícia, quando já ia a pô-las no carro depois de um dia de “trabalho”.
Bem, o meu carteiro que não fique com ideias!... Ouviu?!...
(foto: caixas do correio na ilha de Fanøy, na Noruega)

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Não aprecio…
Se vos perguntasse o que é que apreciam mais num parceiro, de certeza que salientariam aspectos diferentes. E se vos inquirisse o que menos vos atrai ou o que mais vos desagrada ou até repugna num potencial parceiro, de certeza também que apontariam para algumas das qualidades, que foram mais mencionadas num estudo dinamarquês recente levado a cabo pela Parship.dk.
Aqui outra religião atingiu um primeiro lugar – 22,6% responderam que estava fora da questão ter um(a) namorado(a) de uma religião diferente. Outras aversões favoritas são supostamente a falta de sentido de humor, a avareza, maus dentes e mau hálito, a obesidade, no caso dos homens as gajas tipo “pimba”, em inglês as ditas “bimbos” (ai, que mentira!...) e no caso das mulheres os homens peludos (especialmente no que é referente às costas) e os mulherengos. He he, dizem que até ressonar se aceita mais facilmente.
Bom Dia dos Namorados!
(fotos: frkhimmelblaa)

quarta-feira, fevereiro 13, 2008


Males de amor
E voltamos à fascinante sociedade japonesa para falar de um assunto que toda a gente conhece, nomeadamente os males de amor. Quem não sabe o quanto custa e dói, quando um namorado acaba o namoro assim sem mais nem menos? O mundo pára literalmente e não há concentração que resista. E uma pessoa sente-se doente. Mas o dia-a-dia exige a nossa atenção imediata, como se nada tivesse acontecido, e não há como escapar a ter de prosseguir com as tarefas do costume, levantar-se para ir para o trabalho etc. e tal.
Mas no Japão não! Ou pelo menos não na firma de produtos cosméticos Hime & Company, onde a direcção (feminina talvez?) é compreensiva e já sabe que empregados infelizes não dão o seu melhor ou arranjam desculpas para ficar em casa. Foi portanto introduzido na firma um sistema parecido com dar parte de doente para quem tenha o coração dorido de ter terminado uma relação: os empregados até aos 25 anos têm direito a um dia de “baixa”, aqueles entre os 25-30 anos têm dois dias e aqueles acima dos 30 anos têm três dias para “lamber” as feridas. A ideia de dividir os empregados em escalões é simples (e dói!): quem tem 20 aninhos tem mais facilidade em arranjar namorados e por conseguinte supostamente não sofre tanto como quem tem 30 e mais dificuldade em partir para outra.
Outra medida inovadora também para prevenir faltas injustificadas foi criar 2 manhãs livres por ano, na altura do início dos saldos (I kid you not!).
Pois eu adorava poder tirar o dia livre quando está bom tempo, ou quando de repente estou com vontade de fazer outra coisa e a perspectiva de ter de ir trabalhar não parece propriamente aliciante.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Tens mais olhos do que barriga!…
Um dos dizeres mais comuns lá em casa quando eu era miúda era o do “tens mais olhos do que barriga”, uma recriminação habitual, se punhamos muito no prato por parecer delicioso, acabando por não ter fome suficiente para comer tudo.Entretanto só recentemente é que compreendi a razão do desdém que tal comportamento desencadeava nos adultos – e, ao contrário do que eu pensava, não tem nada a ver com o mito moral do “que vergonha: nós a deitarmos comida fora e tanta gente a passar fome”, mas com as consequências ainda mais sérias que deixar comida no prato pode ter.
Como um gatuno na Alemanha teve oportunidade de verificar por si próprio, quando finalmente foi apanhado na cidade de Darmstadt, por ter deixado uma salsicha meia comida num escritório onde tinha arrombado o cofre.Foi a salsicha que não acabou de comer e teve o desleixo de deixar para trás que deu as provas de adn necessárias – e para isso hoje em dia basta um amostra mínima de saliva - para o ligar a n assaltos nos últimos tempos.
O crime não compensa – e ter mais olhos do que barriga pelos vistos também não.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Última chamada...
Eu sou um bocado neurótica quando vou viajar: gosto de chegar ao aeroporto com bastante antecedência, faço logo o check-in, mantenho-me atenta nos monitores a que gate tenho de me dirigir e dirijo-me logo ao gate assim que abre, para evitar stress e confusões.
Uma pessoa está ali sentada a ler e a olhar para o relógio e a certa altura começa o embarque. E termina o embarque. E por estranho que pareça falta sempre algum passageiro para podermos levantar vôo à hora marcada e esta (ou estas) pessoa(s), que se devem ter despistado algures nas secções de perfumaria ou bebidas duty free é finalmente chamada no altifalante “mr. Fujimura, flight bla bla bla to bla bla bla, please go to the gate”… “last call for mr. Fujimura, flight bla bla bla to bla bla bla”.
Segundo fontes no aeroporto de Copenhaga (nas fotos) isto acontece (sentem-se bem, para não cairem) 340 vezes por dia!
Mas – felizmente, para quem, como eu, detesta esperar pelos mais despassarados - acabou-se isso: dentre em breve o avançadíssimo aeroporto de Copenhaga vai introduzir microchips – ou RFID-tags, que é o nome técnico destas maravilhas - nos boardings cards, para evitar que os passageiros andem por aí perdidos. O chip possibilita localizar os passageiros automaticamente e se for detectado que perto da hora do vôo ainda andam por aí às voltas, recebem uma sms ou telefonema de aviso.
Genial! Simplesmente genial!

domingo, fevereiro 10, 2008

Sometimes it’s better to chew than talk
Lembram-se daquele anúncio da Stimorol que passou na televisão e salas de cinema há uns anos atrás em que um tipo diz um disparate qualquer a outro sobre o que traz vestido e só se apercebe depois da gafe que cometeu? Eu como sou apologista de que pense bem antes de se abrir a boca admiro-me sempre quando alguém diz uma “bacorada” imperdoável.
Como foi o caso do sr. Lenny Kravitz, que recentemente se tornou todo “purinho” e veio dizer para a imprensa, que apartir de agora vai ser mais exigente, pois chegou a uma altura na vida em que as mulheres terão de lhe oferecer mais cérebro e personalidade e não só boa aparência. E propos-se a viver em celibato durante pelo menos os próximos 3 anos – ou até que lhe apareça esta mulher ideal com um QI de 150 com quem casar?…
Ora deixa cá ver se me lembro do rol de antigas namoradas do sr. Kravitz: a Madonna, a Lisa Bonet, a Natalie Imbruglia, a Penelope Cruz… hmmm… decididamente só corpo. Ou?… :-)Ora mais valia ter ficado calado… ou concentrar-se a fazer o que faz melhor que é cantar.

sábado, fevereiro 09, 2008

A passo de caracol
Ora aqui vai um desafio para aqueles leitores mais inclinados para a matemática, que desde já confesso não ser o meu forte.
Li há dias que um caracol por vezes é mais rápido do que um carteiro. Isto a propósito de um caso na Polónia em que um tipo de informática se pôs a fazer contas ao receber uma carta recomendada datada de 20 de Dezembro só a 3 de Janeiro. Calculando o número de horas que levou (294) e a distância a percorrer (11,1 quilómetros entre o remetente e o receptor da missiva), chegou à conclusão de que a carta foi transportada a uma velocidade de 0,03775 quilómetros por hora. Um caracol comum em contrapartida segundo o tal tipo move-se em média 0,048 quilómetros por hora.
Mas a conta estará bem feita? Como dito, a mim é-me impossível verificar o resultado a que o tipo chegou. Mas se está correcto, parece-me que isto é uma péssima publicidade para os Correios.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

À vontade
À primeira vista pode por vezes não parecer, mas eu sou – e sempre fui – uma pessoa extremamente reservada. Em miúda ficava no meu canto sem dizer uma palavra ou “levantar cabelo” para com estranhos. Por isso sempre admirei quem se sentisse mais à vontade e parecesse ter confiança na aceitação dos demais.
Como um casal amigo que nos veio visitar na semana passada. Vemo-nos 1-2 vezes por ano, o que dá sempre azo a um constrangimento inicial, que se vai dissipando aos poucos ao longo de horas de convívio.
Desta vez os primeiros a dar sinal do à vontade acrescido foram os filhos deles de 5 e 10 anos de idade: foram os primeiros a terminar a refeição e como não estavam para ouvir conversas de adultos, perguntaram se podiam ir ver desenhos animados. Tudo bem: sentei-os à frente do ecrã; e antes de ter tempo de lhes preparar uns snacks, o mais novo veio atrás de mim e perguntou: “não tens doces para nós?” – é que Sexta-feira é dia de doces e lá porque estavam fora, não acharam que havia necessidade de prescindir do que é bom :-)
Os pais também ficaram mais à vontade à medida que os minutos passavam. A mãe dos putos foi a certa altura ao escritório, onde os putos estavam a ver desenhos animados, para verificar se estava tudo nos conformes; e voltou de livro debaixo do braço: tinha encontrado na minha estante um de que tinha ouvido falar e que pediu que lhe emprestasse. E para completar uma noite descontraída, com as crianças já a dormir no sofá e na cama de hóspedes, o pai de repente levantou-se e, literalmente como se estivesse em casa, dirigiu-se ao escritório e por auto-recreação ligou o computador para nos mostar uma referência qualquer na Internet.
Confesso que a minha primeira reacção foi um misto de confusão e espanto, mas quem me dera conseguir vir um dia a sentir-me tão descontraída fora de casa!

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Maravilhas da natureza
Descobri há dias um facto anatómico extraordinário... ou seja... a descoberta não foi bem minha mas de um grupo de cientistas – eu só li um artigo sobre isso. Estes mediram os crânios de 3.000 pessoas e chegaram à conclusão num artigo publicado na revista Inderscience International Journal of Vehicle Safety de que o crânio feminino em média é mais espesso do que o masculino, nomeadamente 7,1 mm em relação aos 6,5 mm do dos homens.
Porque será? Vocês têm algumas propostas? É que a mim só me vêm à ideia hipóteses pouco construtivas como para estar preparadas para qualquer eventualidade como sobreviver à violência doméstica...
(foto: Thomas Borberg)

quarta-feira, fevereiro 06, 2008


E o prémio vai para...
Não, isto não é um ensaio para a festa anual dos Oscares, que afinal sempre vai escapar à greve de guionistas de Hollywood e se vai realizar em breve. É uma prega na Sacola de Praia para anunciar, que, sem estar nada à espera de prémios, de repente fui premiada - duas vezes até – pela Marta.
Desde já agradeço – e termino já aqui o discurso, porque afinal de contas não sou estrela de cinema – e despacho-me a reatribuir os prémios a um blogue que nunca premiei antes, mas que merece referência pela simples razão do seu autor se esforçar ainda mais do que eu (ou se calhar nem precisa de se esforçar muito, he he he) para descrever cenas absurdas do quotidiano... dele: meus senhores e minhas senhoras uma salva de palmas
para o Jaime!